INFORMATIVO
Ano IV - FEVEREIRO
DE 2013 - Nº 09
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
A CRIANÇA
Isabel, filha do rei
André II da Hungria e da rainha-consorte Gertrudes, irmã
de Santa Hedwiges, nasceu no ano de 1207 em Pressburgo, capital da Hungria.
Batizada com o nome
de Isabel (palavra hebraica significando Deus é plenitude repleta ou
saturada de Deus tornou-se, na verdade, templo do Espírito Santo. E este
pôs, em sua alma, qual semente, a graça divina.
O amor de Deus e do
próximo, virtudes que primaram em toda a vida de Santa Isabel, davam já
indícios de sua existência quando ela apenas começava a falar. Como, na idade
de cinco anos, mais ou menos, não soubesse ainda ler o saltério, segurava o
livro nas mãos e punha-se em atitude de rezar. E o que lhe faltava quanto aos
anos e hábitos, supria-lhe a graça do Espírito Santo, que a ensinava a amar a
Deus e lhe governava todas as obras e intenções.
Era mansa e branda de
coração.
No intuito de ver se
obtinha alguma coisa para os pobres, ia à cozinha, recebendo zangas e queixas
dos cozinheiros.
Um dia, quando deixava
a cozinha com o avental cheio de restos da mesa, para distribuí-los entre os
pobres, veio-lhe ao encontro o pai e perguntou:
— "Minha filha, que levas aí no avental"?
Movida pelo Espírito
Santo, respondeu Isabel:
— "Rosas, meu pai".
— "Então, abre o avental" insistiu o
rei, "e deixa-me ver as rosas".
A criança obedeceu,
e, embora fosse tempo de inverno, apresentou ao pai as mais lindas rosas!
Diante desse milagre,
o rei permitiu à filha dar esmolas aos pobres, quantas vezes quisesse; pois
conheceu, que Deus se serviria de sua filha para fazer grandes maravilhas.
A menina tinha apenas
quatro anos de idade, quando um acontecimento marcou sua vida (de santa) e
também o seu destino.
Isabel foi pedida em
casamento, para Luís, filho do Conde Hermann da Turíngia. E qual seria o motivo
desse pedido tão insistente? Por que queria Herrnann da Turíngia trazer o
mais breve possível e sem demora, a pequenina princesa para seu filho Luís,
tendo ela quatro anos de idade, apenas?!
Conta uma crônica
antiga: certo homem chamado Klingsohr, célebre por seus conhecimentos
extraordinários, dedicava-se particularmente à astronomia e necromancia.
Convidado pelo Conde Hermann para vir dar-lhe sua opinião e conselho numa
questão de tão grande importância, Klingsohr fixou, uns minutos, o céu
estrelado e disse, então: Povo da cidade de Eisenach, tenho uma alegre nova,
pois vejo uma belíssima estrela que se ergue na Hungria; e, de lá, sua luz se
irradia por sobre o mundo inteiro. Esta noite, nasceu a meu Senhor, rei da
Hungria, uma filha que terá o nome de Isabel e será esposa do filho do vosso
soberano. Sua vida santa e louvável, agradará e servirá de consolo a toda a
Cristandade, e especialmente a este país".
Eis aí a razão porque
o Conde Hermann, desejando ardentemente ter, antes de morrer, a certeza do
futuro enlace da princesa com seu filho Luís, solicitava com tanto ardor, e tão
solenemente, a mão da pequenina Isabel.
Para esse dia tão singular,
o dia do pedido Isabel trajou um vestido de seda, bordado a ouro e prata, mas
não tinha idade para avaliar e apreciar esse luxo mundano.
Veremos na vida de Isabel, que ela conservou pura e sem mancha, até a morte, a
simplicidade infantil, tão do agrado de Deus.
E assim, a menina
assaz pequenina, e inocente, sem saber, na verdade, o que significava a sua
partida, deixava pai e mãe, e a terra natal, para sempre!
Em tempos antigos, os
pais, exclusivamente eles, decidiam da vida dos filhos, pois com certeza, só
queriam vê-los felizes, escolhendo para eles o melhor que a experiência e a
vida lhes havia ensinado.
Foi por esse motivo,
que a união entre Isabel e o Conde Luís, se tornou tão cristão, tão boa e
bela!
Três anos depois que
Isabel chegaria a Turíngia, sua mãe, a rainha Gertrudes, foi barbaramente
assassinada. E, foi nessa hora tão amarga de sua vida, que a jovem encontrou,
estímulo e consolo, na pessoa de sua tia, Santa Edwiges, que lhe apontava a
senda estreita que conduz ao céu. Mas que, ao mesmo tempo, lhe serviu de
estímulo, pois a vida edificante de Santa Edwiges foi-lhe contínua advertência
e prova que também as princesas podem e devem chegar à santidade.
Isabel crescia em
idade e vigor, e, debaixo do carinho e cuidados do Conde Hermann, seu futuro
sogro, progredia também nas virtudes e graças.
Tinha sempre Deus no
seu coração e vivia cheia de amor em Sua presença, dirigindo para Ele todas os
sentimentos, pensamentos, ideias, todas as palavras e obras.
Nós cristãos cremos
na comunhão dos santos. Assim também, a jovem Isabel, além da Mãe de Deus, escolhera
um Santo, pelo qual, por causa de sua virgindade e ardente amor, tinha
extraordinária devoção: São João Evangelista.
Isabel prometeu-lhe
dar de boa mente quanto lhe pedissem em seu nome. Essa promessa, ela cumpriu-a
por toda a vida. Jamais recusou um pedido feito a ela em nome de São João!
Isabel contava apenas
nove anos, quando morreu o Conde Hermann, que sempre lhe devotara grande
amor e zelo.
O piedoso capuchinho
Martinho de Cochem escreve em sua lenda: — Depois da morte do piedoso Conde,
todos se levantaram contra o anjinho inocente, que era como uma tímida
ovelha no meio de carneiros, mordida, escarnecida e desprezada. À proporção
que nela se desenvolviam a devoção e a humildade, aumentavam também contra
ela o escárnio e a perseguição, e não havia a quem, fora de Deus, pudesse
confiar a sua dor. Assim o Senhor começou bem cedo a experimentar-lhe a
paciência.
"O minha Santa
Isabel, pela tua juventude virtuosa, extingue a minha malícia e, pela resignação
heróica com que aceitaste tudo da mão de Deus, consegue-me o perdão das minhas
culpas e impaciências".
Continua no informativo – Ano IV - MARÇO DE 2013 -
Nº 10
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE FEVEREIRO
1 — B. André dei
Conti, 1ª Ordem.
2 — B. Verdiana de Castelfiorentino, 3ª Ordem
3 — S. Joana de Valois, 3ª Ordem Regular,
Fundadora
das Irmãs da SS. Anunciada.
4 — S. José de Leonessa, 1ª Ordem.
5 — S. Tomás de Ize, 3ª Ordem, mártir
do Japão.
6 — S. Pedro Baptista Blasquez, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
7 — S. Coleta de Corbia, 2ª Ordem.
8 — B. João de Triora, 1ª Ordem, mártir.
9 — B. Antônio de Stroncone, 1ª Ordem.
10 —B. Egídio Maria de S. José, 1ª Ordem.
11— B. Clara de Rimini,
2ª Ordem.
12 —B. Rizzerio
de Muccia, 1ª Ordem.
13 — S.Francisco de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
14 — S.Tomás de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
15 — Trasladação do Corpo de S.Antônio de Lisboa
16 — B. Filipa Mareri, 2ª Ordem.
17 — B. Lucas
Belludi, 1ª Ordem.
18 — S. Joaquim Sakakibara, 3ª Ordem, mártir do Japão.
19 — S. Conrado de Placenza, 3ª Ordem.
20 — B. Pedro de Treia,
1ª Ordem.
21 — S. Leão
Karasuma, 3ª Ordem, mártir do Japão.
22 — S. Boaventura de Meaco, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
23 — B. Isabel de França, 2ª Ordem.
24 — S. Matias de Meaco, 3ª Ordem, mártir do Japão.
25 — B. Sebastião de Aparício, 1ª Ordem.
26 — S. Antônio de Nagasaki, 3ª Ordem, mártir do
Japão.
27 — S. Paulo Suzuki, 3ª Ordem, mártir do Japão
28 — B. Antonia de Florença, 2ª Ordem.
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