INFORMATIVO
Ano III - NOVEMBRO DE 2011 - Nº 07
CONHECENDO A NOSSA IGREJA
LEGENDA DOS TRÊS COMPANHEIROS
CAPÍTULO XIV - (continuação)
60. Quando não conseguiam hospedagem junto aos sacerdotes, buscavam-na entre homens mais religiosos e tementes a Deus, com os quais encontrassem alojamento mais conveniente, até que o Senhor inspirasse algumas pessoas tementes a Deus que lhes preparassem hospedagem em cada cidade e aldeia que pretendessem visitar, isso até o tempo em que se construíram moradas para eles nas cidades e aldeias.
O Senhor lhes acudia oportunamente com palavra e espírito que penetravam profundamente nos corações de jovens e velhos, que abandonando pai e mãe e tudo o que possuíam, seguiam os irmãos, tomando o hábito da ordem. Na verdade a espada que separa veio à terra fazendo os jovens acorrer à religião, abandonando seus parentes entre as fezes dos pecados. Conduziam então os que haviam admitido à ordem ao bem-aventurado Francisco, de quem recebiam o hábito religioso, com devoção e humildade. Não somente os homens se convertiam à ordem, mas também muitas virgens e viúvas, compungidas pelas suas pregações e, seguindo seu conselho, enclausuravam-se nos mosteiros espalhados pelas cidades e aldeias para fazer penitência. E constituiu-se para elas um dos irmãos como visitador e conselheiro. Da mesma forma, homens e mulheres casados, não podendo abandonar a lei do matrimônio, entregavam-se, pelo salutar conselho dos irmãos, a uma penitência mais rigorosa em suas próprias casas. E assim, por meio do bem-aventurado Francisco, adorador perfeito da Santíssima Trindade, a Igreja de Deus foi renovada com três ordens, conforme prefigurava a reforma das três igrejas. E cada uma destas ordens, em seu devido tempo, foi confirmada pelo Sumo Pontífice.CAPÍTULO XV
Da morte do cardeal João, primeiro protetor,
e da nomeação do cardeal Hugolino,bispo de
Óstia, como pai e protetor da Ordem
61. O venerável pai, cardeal João de São Paulo, que muitas vezes dava conselho e proteção ao bem-aventurado Francisco, recomendava a todos os outros cardeais a vida e os atos do santo e de seus irmãos. E os seus ânimos eram movidos amar o homem de Deus e a seus irmãos, a tal ponto que um desejava ter em sua cúria alguns deles, não para serem servidos por eles, mas pela santidade que neles admiravam e devoção que lhes tinham.
Morto o senhor cardeal João de São Paulo, Deus inspirou a um dos cardeais, chamado Hugolino, naquele tempo bispo de Óstia, a que nutrisse pelo bem-aventurado Francisco e seus irmãos profundo amor e lhes garantisse conselho e proteção. Na realidade tratou-os com muito afeto, como se fosse o pai de todos. Mais ainda: seu afeto por eles superava o amor carnal que une naturalmente pais e filhos. Era uma afeição espiritual que o levava a amar no Senhor e a amparar o homem de Deus e seus irmãos. Francisco conhecendo a fama desse cardeal, que a todos os mais sobressaía, apresentou-se a ele com seus irmãos. Este os recebeu com alegria e disse-lhes: "Ofereço-vos meu conselho e auxílio, e estou pronto a dar-vos a proteção conforme desejardes, e quero pelo amor de Deus que me recomendeis em vossas orações".Então o bem-aventurado Francisco, dando graças a Deus, disse ao senhor Cardeal: "De muito boa vontade desejo, Senhor, ter-vos como pai e protetor de nossa ordem, e quero que todos os irmãos vos recomendem em suas orações". Em seguida, pediu-lhe o bem-aventurado Francisco que se dignasse estar presente no capítulo de Pentecostes. Logo aceitou benignamente, e desde então esteve presente, todos os anos, ao capítulo.
Quando comparecia ao capítulo, todos os irmãos reunidos saíam em procissão ao seu encontro. E ao se aproximarem os irmãos, descia do cavalo e caminhava a pé com eles até à igreja de Santa Maria. Depois pregava-lhes o sermão e celebrava a missa, durante a qual o homem de Deus, Francisco, cantava o Evangelho.
CAPÍTULO XVI
Da eleição dos primeiros ministros e como foram enviados pelo mundo
62. Onze anos haviam decorrido desde o início da ordem. " E nesse tempo cresceram o número e o mérito dos irmãos. Então foram escolhidos ministros e enviados com alguns irmãos a quase todas as partes do mundo, nas quais se venerava e vivia a fé católica. Eram recebidos em algumas províncias, mas não se lhes permitia construir habitações; de outras eram expulsos como hereges, porque, embora o senhor papa Inocêncio III tivesse aprovado a ordem e a regra, não as havia ainda confirmado por carta; por isso os irmãos sofreram muitas tribulações de clérigos e leigos. Por este motivo, os irmãos foram obrigados a fugir de várias províncias, e assim, angustiados e aflitos, e também espoliados e espancados por ladrões, voltaram com grande amargura ao bem-aventurado Francisco. Sofreram isto em quase todas as regiões ultramontanas, como Grã Alemanha, na Hungria e em outras.
Ao saber desses fatos, o cardeal chamou a si o bem-aventurado Francisco e o levou ao senhor papa Honório, pois o papa Inocêncio havia morrido. O bem-aventurado Francisco redigiu uma outra regra sob a inspiração de Cristo e a fez confirmar solenemente em bula pelo mesmo senhor papa Honório. Nesta regra se prolongou o tempo do capítulo, para facilitar aos irmãos que habitavam em remotas regiões.
Continua no informativo – Ano III - DEZEMBRO DE 2011 - Nº 08
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE NOVEMBRO
1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 — COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUNTOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon,
3ª Ordem, mártires do Japão
6 — B. Paulo de S. Clara, 1ª Ordem, mártir
no Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato de Rodez, 1ª Ordem, mártir
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21 — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no
Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM
FRANCISCANA
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