FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII AGOSTO DE 2015 - Nº 02
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUFRA
CAPÍTULO XIV
UMA CIDADE SE
TRANSFORMA
"Firmou em Deus seu
coração e nos dias da
iniquidade fortaleceu a
piedade ao seu re-
dor" (Of. de Santa Rosa
de Viterbo — I
not. 3º responsório).
A luta
entre Inocêncio IV e Frederico II intensifica-se. O Papa adota medidas
sempre mais enérgicas contra seus adversários. Não lhe faltam aliados, numa
Europa que geme sob a tirania imperial. Guilherme da Holanda tinha em seus
planos arrancar a Frederico os reinos da Sicília e Nápoles, no momento em que
o excomungado mostrasse propósitos de transformar a Igreja da Sicília numa
igreja nacional, e suscitar um cisma. Não é sem razão que o Papa o acusa de
estar tentando solapar o trono de São Pedro e usurpar as funções sacerdotais.
A ambição do Imperador atin-ge o paroxismo. Designa sua cidade natal com o
título de "bendita terra de Belém da Marca de Ancona" e chama ao
filho Conrado "raça divina do sangue dos Césares", enquanto sua mãe
Constança é "diva mater nostra". E' saudado por seus cortesões como
"luz admirável do universo, espelho sem mácula". Nada o lisongeia
mais que o título: Frederico, o Santo.
Mas
somente Alberto de Beham, que ateara a
insurreição, lhe dava o verdadeiro nome: novo Lúcifer.
Em Nápoles, onde campeia a guerra, sua crueldade não
conhece limites. Concentra o seu furor contra o clero militante, os filhos de
São Domingos. Os que ousarem "difundir as cartas do Papa, falar ou agir
contra o Imperador, serão tratados como matreiros e queimados vivos".
O novo decreto chega
a Viterbo, que ora se encontra em fase de transição. A velha cidade que, pelos
vícios dos seus habitantes, podia comparar-se a Babilônia, poder-se-ia, agora,
chamá-la de cidade santa. Os templos eram pequenos para abrigar os fiéis e os
dias por demais breves para o trabalho dos sacerdotes e dos monges nos
confessionários. Acabava de ser pregada uma grande missão. Pode-se dizer que
era a resistência organizada contra Satanás, enquanto ao lado, sob os auspícios
dos franciscanos, um exército guelfo se preparava para sacudir o jugo alemão.
Havia
indecisos que titubeavam qual partido abraçar, pois ignoravam quem seria o
vencedor e quem o vencido. Mas, ouvindo a pregação da pequena terciária,
compreendiam que Deus Todo-Poderoso estava com o partido do Papa.
Os sucessos e as
conversões operadas por Rosa eram uma admoestação viva do Espírito Santo aos
sacerdotes que falavam, negligentemente, de um amor do qual tinham o coração
vazio. E os próprios servidores de Cristo pareciam despertar de seu torpor.
Numa
cidade de 60 mil habitantes, elevado era o número dos ouvintes de Rosa. Mas ela
não se contenta com apenas pregar. Penetra nas casas onde a chamam doentes e
enfermos, levando sempre sobre os lábios a saudação franciscana: .
— A paz
seja convosco.
Os convertidos não perdem ocasião de vê-la, ouvi-la,
acompanhá-la. Bem caberia aqui a lenda do monge, encontrado por um "anjo
metamorfoseado em passarinho" que
o reteve em êxtase, longe do mundo, pelo espaço de 300 anos. Esta menina lembra
a um tempo um passarinho e um anjo: sua voz delicada e suas palavras maviosas fazem
olvidar "todas as coisas passageiras". Ficariam a ouvi-la durante séculos.
Nas
horas destinadas à oração, ela lhes escapole. Mas, mesmo durante esse tempo,
permanecem na expectativa das mensagens divinas que ela lhes trará.
Nestes dias todos os
cristãos sonham com a Terra Santa e com a cruzada que o Rei da França empreendeu.
No decurso de um êxtase, no sábado, dia 6 de junho de 1249, Rosa assiste em
espírito ao desembarque das tropas francesas no porto de Damieta.
Vê o Rei
saltar à praia, "meter a lança em riste e o escudo a lhe cobrir o
peito", tão bem como o senhor de Joinville que o acompanhava. E' de causar
admiração que ela acompanhe, em espírito, as façanhas terrestres de uma alma em
perene estado de graça?
Não
demorou muito e o nome do santo Rei transpunha os Alpes. Rosa sabe como o Rei,
a exemplo de Francisco, assiste aos leprosos e lhes beija as chagas por amor
de Deus.
Com o
coração aos saltos assiste os preparativos para o cerco, prevendo os perigos
que os cruzados terão de enfrentar. Não lhes virão em auxílio os Anjos da
Guarda do Oriente e do Ocidente? Rosa ora, e é atendida. No dia imediato, Luís IX apodera-se de Damieta, abandonada
repentinamente pelos sarracenos.
Rosa
revelara as notícias, mostrando, pela brevidade do tempo, que só lhe podiam
ter chegado por intermédio de ondas esipirituais.
— Os
franceses tomaram Damieta!
Tão
estrondosa vitória também assumia as cores de milagre. Se os combatentes lutam
ajuda-dos por todos os cristãos, na batalha de 6 de Junho, o cruzado francês
venceu com o auxílio de uma menina. Maravilhosa colaboração entre o Irmão e a
Irmã da Ordem III de São
Francisco!
Ante a notícia de Rosa, os partidários do Imperador
sacudiam os ombros. Damieta tomada em tão breve tempo? Bem tinham eles
contempla-do com os próprios olhos as fortificações desta praça e rematavam:1
— Balelas e canções...
A cólera
se avolumava, mas não diminuía o medo, e era isso que os impedia de, na
presença de Rosa, pôr em prática os decretos de Frederico II. Aos olhos do povo é tida como Santa e
quem a injuria não escapa à punição. Um homem que a tratou com menos respeito
viu-se coberto de lepra. Detê-la?
Prendê-la? Encerrá-la numa prisão? Matá-la? seria provocar um levante. Urgia,
contudo, pôr fim a estas visões e sermões, a estes milagres e estranha
propaganda, que uma menina de 12 anos fazia contra o mais terrível dos
imperadores.
Continua no informativo – Ano VI - SETEMBRO DE 2015 -
Nº 03
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE AGOSTO
1 — B..Francisco Pinazzo, 1ª Ordem, mártir.
2 — JUBILEU DA PORCIUNCULA
3 — B.João Tiago
Fernandes, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. João Maria Vianey, 3ª Ordem.
5 — B. Francisco de Pesaro, 3ª Ordem.
6 — B. Agatângelo de Vendome, 1ª Ordem, Martir
7 — B. Cassiano de Nantes, 1ª Ordem, mártir.
8 — S. DOMINGOS
DE GUSMÃO
9 — B. Vicente de Áquila, 1ª Ordem.
10 — B. João
do Alverne, 1ª Ordem.
11 — SANTA CLARA DE ASSIS, 2ª Ordem.
12 — B. Ludovico Sotelo, 1ª Ordem, mártir no Japão.
13 — B. Sante de Montebaroccio, 1ª Ordem.
14 — S. Maximiliano Maria Kolbe, 1ª Ordem.
15 — ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
16 — S. Roque de Montpellier, 3ª Ordem.
17 — B.Paula
Montaldi, 2ª Ordem.
18 — S. Beatriz
da Silva, 2ª Ordem.
19 — S. Luís de Tolosa, 1ª Ordem.
20 — B. Francisco
Galvez, 1ª Ordem, mártir.
21— S. Pio X, 3ª
Ordem.
22 — B.Timóteo de Monticchio, 1ª Ordem.
23 — B. Bernardo de Offida, 1ª Ordem.
24 — B. Pedro da Assunção, 1ª Ordem, mártir.
25 — S. Luís, Rei da França, PATRONO DA TERCEIRA ORDEM.
26 — B. João de Santa Marta, 1ª Ordem, mártir
27 — B. Ricardo de Santa Ana, 1ª Ordem, mártir
28 — B. Vicente Ramirez,
1ª Ordem, mártir.
29 — B. João de Perusa, 1ª Ordem, mártir.
30 — B. Pedro de Sassoferrato, 1ª Ordem, mártir
31 — B. Pedro de Ávila, 1ª Ordem, mártir do Japão.
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