FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VII ABRIL DE 2016 - Nº 10
SANTA CLARA DE ASSIS
Frei Hugo
D. Baggio,OFM
O CASTELO
Entre os
palácios que ornamentavam a cidade de Assis destacava-se o palácio-fortaleza
dos Scifi, situado próximo à Praça de San Rufino. Erguia para o alto suas guaritas
e torres ameaçadoras, como guardas de pedra perpetuamente a pôsto, impondo
respeito e gritando o seu continuo: “Alto lá!” Os dois portões — um para o
tempo de trégua e outro para o tempo de guerra — estavam continuamente
guarnecidos por homens de armas, que vigiavam as entradas e saídas.
Os
fossos que corriam ao redor do castelo aumentavam a segurança dos seus habitantes,
afastando os intrusos e dificultando os assaltantes. Era uma autêntica
fortaleza.
Os
senhores deste nobre solar, o conde Faverone Scifi e sua esposa Hortolana,
tinham em suas veias o sangue da mais alta aristocracia de Assis e tinham um
nome emoldurado por nobres brasões, temido e respeitado por todos.
A ocupação principal dos
habitantes do castelo era a profissão das armas, instituição, então,
considerada como sagrada. Seu clamor favorito era o da guerra, sua música mais
suave o tilintar das espadas e o entrechoque dos escudos, sua ocupação
predileta a marcha ao som dos clarins, gonfalões ao vento, elmos
rebrilhando ao sol, ao galopar de fogosos corcéis. . .
Valentes e
cruéis, tenazes no ódio e no amor, ferozes na vingança, sequiosos de glória, de
pilhagens e aventuras, eis as virtudes que cultivavam.
As
muralhas deste castelo, como os corpos daqueles bravos, traziam em si as marcas
de violências e de fogo. Naquele findar do século XII e despontar do século XIII, não eram mui longos
os períodos de paz. De uma hora para outra, surgiam rusgas entre os mercadores,
que aspiravam às honras da cavalaria, e a nobreza, ou entre as várias corporações,
ou entre uma cidade e outra. E a solução era sempre procurada na espada.
A
fortaleza dos Scifi trazia visíveis as marcas dos ataques, onde o fogo
denegrira as paredes. Mas contra esta fortaleza em vão bateram as ondas dos
atacantes: ali, além da solidez, moravam o heroísmo e a bravura.
Por fora dominava a
solidez, por dentro o conforto. De que poderiam sentir falta os condes Scifi?
As arcas bem fornecidas, as adegas bem sortidas, permitiam nas salas,
principescamente ornamentadas, festins brilhantes e mesas lautas, onde, ao
som dos alaúdes, os trovadores cantavam madrigais às belas matronas e as
glórias dos valorosos cavaleiros.
Mas
estas muralhas seriam mais que um ninho de guerreiros, mais que um quartel,
seriam o berço de uma mensagem pacífica. Sobre este estrépito todo desceria a
calma. E daquelas portas, por onde tantas vezes saíra a guerra, espalhando-se
na planície, sairia a paz, propagando-se pelo mundo.
ACONTECIMENTO FELIZ
Os senhores do castelo eram o conde Faverone Scifi e a
condessa Hortolana, ambos rebentos ilustres da mais alta nobreza. Ele, valente
e temido por todos, abrigava em seu coração, junto com o cavalheirismo da
nobreza, o ódio e a vingança.
A condessa, ao invés,
piedosa e caritativa, dedicava-se às obras de misericórdia, cuidando dos
enfermos e distribuindo largas esmolas, no que aliás não era impedida pelo
esposo que respeitava os nobres sentimentos de sua digna companheira. Era,
numa palavra, um exemplo de dona de casa e de mãe cristã.
Aos dois
cabia a responsabilidade de continuar a longa linhagem que se perdia na
distância dos séculos, despertando herdeiros que lhe perpetuassem o nome e os
brasões.
Chegou o
dia 16 de julho de 1194. O castelo dos Scifi revestia as galas das grandes
solenidades: as bandeiras tremulavam nas torres, enquanto um movimento
desusado animava as dependências do castelo. Cavaleiros e damas, trajando
veludos e brocados, com penas vistosas nos gorros e espadas cintilantes à
cintura, penetravam, alegremente, os portões abertos num gesto cordial.
Os
salões, iluminados por candelabros preciosos, fervilhavam de convidados. Tinir
de taças, cantilenas de trovadores, votos de felicidades, jogos e torneios
ecoavam pelas salas e perdiam-se pelas galerias.
Era uma data inesquecível
nos fastos dos condes: Faverone e Hortolana viam abençoado seu matrimônio com
o nascimento da primogênita, uma encantadora menina, esperança de novas glórias
para a já gloriosa família. Eis por que toda a nobreza vinha trazer suas felicitações aos
venturosos pais.
Que nome
dariam à criança? Propunham-se os mais belos nomes de formosas rainhas, de damas
da nobreza, de antepassados afamados. Mas a nenhum deu a mãe o seu
consentimento.
A menina
devia chamar-se CLARA.
— E por quê? Era a
pergunta que floria em todos os lábios. Não conheciam ninguém com este nome. ..
Mas a
mãe explicava: antes de ser mãe a condessa tivera sérios temores de não ser
bem sucedida. E na sua aflição recorrera confiante a Deus. E durante a oração
pareceu-lhe ouvir uma voz a lhe murmurar: — Nada temas! Com felicidade serás
mãe de uma filha. E esta filha há de aclarar o mundo inteiro com seu esplendor.
Hortolana
se lembrava das palavras: "há de aclarar todo o mundo", e por isso
quis chamar-lhe Clara.
As
mães pressentem as grandezas dos filhos. E Hortolana já via a filha, iluminando
o mundo inteiro, com o esplendor das suas virtudes. Mas terá adivinhado a
intensidade desta luz?
Continua no informativo – Ano VII - MAIO DE 2016 -
Nº 11
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE ABRIL
1 — B. Gandolfo de Binasco, 1ª Ordem.
2 — B. Leopoldo de Gaiche, 1ª Ordem.
3 — B. João de Pena, 1ª Ordem.
4 — S. Benedito o Preto, 1ª Ordem.
5 — B. Maria Crescência Hoss, 3ª Ordem
Regular
6 — B. Guilherme de Sicli, 3ª Ordem.
7 — B. Maria Assunta
Pallota, 3ª
Ordem Regular
8 — B. Juliano
de S.Agostinho, 1ª Ordem.5
9 — B. Tomás de Tolentino, 1ª Ordem
10 — B. Marcos Fantuzzi de Bolonha, 1ª Ordem.
11 — B. Angelo de Chivasso, 1ª Ordem.
12 — B. Filipe Tchang, 3ª Ordem, mártir da China.
13 — B. João de Taiku,
3ª Ordem, mártir da China
14 — B. João Wang,
3ª Ordem, mártir da China
15 — S. Bento José Labre, Cordígero da 3ª Ordem
16 — ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA ORDEM
FRANCISCANA
17 — S. Bernardette Soubirous, Cordígera da
3ª Ordem.
18 — B. André Hibernon, 1ª Ordem.
19 — B. Conrado de Ascoli, 1ª Ordem.
20 — B. Maria
Amandina do S. Coração, 3ª Ordem
Regular, mártir da China .
21 — S. Conrado de Parzham, 1ª Ordem.
22 — B. Francisco de Fabriano, 1ª Ordem.
23 — B. Gil de Assis, 1ª Ordem.
24 — S. Fiel de Sigmaringen, 1ª Ordem, mártir.
25 — B. Maria Adolfina Diericks, 3ª Ordem Regular,
mártir da China.
26 — B. Maria de S. Justo, 3ª Ordem Regular, mártir da
China.
27 — B. Tiago Ilírico de Biteto, 1ª Ordem.
28 — B. Luquésio de
Poggibonsi, 3ª Ordem.
29 — B. Bento de Urbino, 1ª Ordem.
30 — S. José Bento
Cottolengo, 3ª Ordem
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