quinta-feira, 8 de junho de 2017

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE MAIO DE 2017

Fraternidade Franciscana Secular de Petrópolis.

120 anos de História



  A Ordem Terceira de São Francisco de Assis, de Petrópolis, foi fundada em 30 de maio de1897, pouco mais de um ano depois da chegada dos primeiros Frades Franciscanos, ocorrida a 16 de janeiro de 1896. Ela tinha como orago o Sagrado coração de Jesus, bem como o tem até hoje.
   Frei Ciríaco Hielscher, OFM, foi o fundador e primeiro diretor da OFS. Ele foi também o primeiro Superior desses Frades alemães, que foram chamados pelo Internúncio da Santa Sé para darem assistência religiosa e ajuda aos descendentes dos colonizadores alemães, vindos em 1845.
Nesta Fraternidade local da OFS, a Frei Ciríaco , até o presente , seguiram- se 13 Diretores, depois 04 Comissários e 12 Assistentes espirituais.
   Coube ao sétimo Diretor , Frei Donato Buecker, em 1928, promover a compra da atual sede da Fraternidade, com a colaboração dos nossos primeiros irmãos desta Fraternidade, situada à rua Frei Luís, 26.
  O primeiro ministro da diretoria dos Irmãos terceiros foi Pedro Delvaux, hábil mestre de obras. Depois,  sucederam-lhe mais 15 presidentes ou ministros até 1961, bem como a diretoria das irmãs que teve como primeira presidente a irmã Cecília Dederichs, em 1902, quando as duas sessões da fraternidade, a dos irmãos e a das irmãs, se uniram e passaram a ter um  conselho único. De 1961, até o presente se alternaram Ministros e Ministras, num total de nove.         
   No mandato da ministra Maria do Carmo Almeida, em 1983, a Fraternidade adquiriu a Casa da rua Montecaseros, nº 500, e organizou-se ali a “Casa de Santa Clara”, para nossas irmãs idosas. 
   A Ordem Terceira de Petrópolis, que crescia rapidamente em número e na busca da realização dos ideais da vivência franciscana, tornou-se o principal apoio e sustentáculo dos Frades nas múltiplas realizações, em que eles se empenharam, a começar pela editora vozes, que começou funcionando, desde 1901, nas partes de baixo do convento, foi apoiada pelos irmãos e irmãs da OFS na realização da sua primeira sede própria, à rua Nunes Machado, hoje, Frei Luís. Quando os frades se empenharam em levantar um santuário de Santo Antônio com uma escola gratuita, anexa, no populoso bairro operário do Alto da Serra, novamente eles encontraram da parte da Ordem Terceira toda sorte de colaboração.   
    Concluída a construção da primeira ala do Convento, em 1897, a recém instituída Ordem Terceira tomou para si o encargo do alteamento da torre da igreja do Sagrado Coração de Jesus, de que se encarregou o irmão ministro Pedro Delvaux, realizando obra tão perfeita que resiste até hoje.  
   Graças ao trabalho organizador de vários de seus diretores, a fraternidade de Petrópolis, codificou seus usos e costumes em um livrinho(diretório), em vigor aqui e em outras províncias franciscanas até a década de 60. O manual da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, compilado por frei Mateus hoepers e publicado em 1960, foi adotado em todo o Brasil. Continha a  regra do Papa Leão XIII e as Constituições da Ordem Terceira explicada; instruções  para os formandos e os professos; ritual da Ordem; devocionário franciscano e hinário da ordem. Por ele se formaram numerosos franciscanos seculares.
   Hoje, a OFS, que existe no Brasil desde fins do séc. XVI (Olinda, PE, em 1585), que entrou em decadência no final da era colonial e, sobretudo, durante o Império, voltou a crescer e a se organizar, a partir da república e, mais recentemente, desde o Concílio Vaticcano II. A fraternidade de Petrópolis sempre teve papel destacado em todos esses avanços.


Pequena consideração da vida de um grande homem


Professor; Doutor; Irmão Paulo Machado da Costa e Silva.
Sua história se mistura tanto com a história da cidade pela sua ativa presença publica, quanto na história da Unificação da OFS. Unificação esta que tanto representa para a vida de nossa tão amada OFS.
Com sua simplicidade sempre se fez presente “cumprindo fielmente as obrigações que lhe eram próprias de sua condição” (Rg 2,10)”. Com sua simplicidade e seu sorriso que lhe é típico comenta a exigência da juventude franciscana de sua presença nos encontros da JUFRA.
Nascido em Petrópolis aos 17 de maio de 1917, primogênito de 9 filhos de Iria Maciel e José Machado da Costa e Silva fez seus estudos em Petrópolis, e aos 12 anos foi para o Seminário de Azambuja, em Santa Catarina, seguindo para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde estudou Filosofia e Teologia. Iniciou sua carreira de professor no Colégio Marista em Porto Alegre e retornou em 1942, instalando-se em Cantagalo-RJ, onde conheceu Waldemira, com quem se casou em 24-06-44 já em Petrópolis, onde se estabeleceu profissionalmente. A família foi abençoada com 7 filhos: Elza, Sebastião e Wilson já falecidos, e ainda Iria, Paulo Antônio, Alzira e Ilka. Foi professor de Português, Latim, Francês e História em diversos colégios particulares e públicos em Petrópolis, bacharelou-se em Direito pela 1ª turma da Universidade Católica de Petrópolis em 1958, lecionou Direito Romano na PUC do Rio de Janeiro e na Universidade Católica de Petrópolis. 
Para sustentar e manter sua família, ele testemunha que dava aulas particulares fora de seu horário normal de trabalho chegando normalmente após as 22:00hs em casa, sendo recebido pela sua saudosa esposa com um beijo, um prato de comida quentinho para em seguida, começar seus trabalhos para a revista Paz e Bem, e ainda arrumava um tempo para estar sempre disponível aos esforços de nosso tão amado de saudosa memória Frei Mateus Hoepers em seu objetivo de estudar tudo sobre a Ordem e preparar para a Unificação das Obediências em uma única e, constituir os conselhos de nível Nacional, Regional e Local que teve sua conclusão em 1972.
  Trabalhou incansávelmente na elaboração de nossa atual regra, detalhe importante é que, em um tempo que não tinha os meios de comunicação de hoje, estava sendo elaborado por Irmãos de todos os países demandando diversas reuniões para conciliar os textos de cada irmão e debater as discordâncias. A nossa Regra reformada teve sua aprovação pelo Papa Paulo VI aos 24 de Junho de 1978. O Papa João Paulo II nos exorta: “amai, estudai e vivei, esta nova Regra”.

Fonte: diariodepetropolis.com.br/
                                                                                                                        www.ofs.org.br 

ORAÇÃO VOCACIONAL FRANCISCANA

Senhor, que queres que eu faça?
Coloco-me diante de ti, com a mesma pergunta de São Francisco de Assis. Como ele, desejo ser simples, humilde, irmão de toda criatura. Hoje, venho louvar-te pela natureza toda, o sol, as plantas, a água, as aves, os animais, o homem, sinais de tua presença e de tua bondade imensa.
Quero ser um instrumento em tuas mãos para transmitir a Paz neste mundo cheio de guerras e semear o Bem onde há tanto ódio. Ilumina-me, Senhor, para que eu possa escolher o caminho que apontas para mim.
Que saiba descobrir qual a minha vocação. Que consiga realizar em minha vida a tua Santíssima vontade. Que possa imitar o Cristo, seguindo os passos de São Francisco de Assis.
Amém!

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