JORNAL DE MARÇO DE 2012
SÃO JOSÉ
Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infância de Jesus com José.
José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espírito". Ele tomou Maria e a levou para Belém e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando das ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
A última menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalém. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felipe de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° século. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Ávila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da justiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com uma antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jessé") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios.
Outra versão da vida de São José é relatada nos "Atos de São José" que é tido por muitos como sendo apócrifa, mas estudiosos como Origens, Euzébio e São Cipriano fazem referência em suas obras. Nesses "Atos" José teria se casado jovem e só foi prometido a Maria quando já era viúvo. José teria tido, no primeiro casamento, duas filhas e quatro filhos sendo o caçula chamado Tiago, que Jesus considerava como irmão e com ele teria passado sua infância e parte de sua adolescência. E Maria achou o menor Tiago na casa de seu pai e este estava triste pela perda de sua mãe e Maria o consolou e o criou. Assim Maria é as vezes chamada de mãe de Tiago. Com o passar dos anos o velho José tinha uma idade bem avançada, mas nunca deixou de trabalhar, nunca sua vista falhou e nunca ficava sem rumo, tonto, e como um rapaz ele tinha vigor e suas pernas e braços permaneceram fortes e livres de nenhuma dor. Quando aproximou-se a sua hora um anjo do Senhor veio até ele e disse a ele que estava para morrer e ele levantou-se e foi para Jerusalém orar no santuário e disse: "O Deus autor da consolação, O Senhor da compaixão, ó Senhor de toda a raça humana, Deus de meu corpo e espírito, com súplica eu Vos reverencio e Ó Senhor e meu Deus, se agora meus dias terminam e eu preciso deixar este mundo, peço a Vós que envie o arcanjo Miguel, o príncipe dos Vosso anjos, e deixe ele ficar comigo e leve minha alma deste aflito corpo sem problemas e sem terror. E José foi enterrado pelos seus amigos e parentes sem o odor dos mortos.
SANTA CLARA , MODELO FORTE DE MULHER
SANTA CLARA , MODELO FORTE DE MULHER
Clara de Assis não é importante somente como a companheira de São Francisco, mas é um forte exemplo do Movimento Religioso Feminino dos séculos XII e XIII. Exerceu uma influência muito grande entre as mulheres de seu tempo a tal ponto que Hortolana, sua mãe, Inês e Beatriz, suas irmãs de sangue, Inês de Boêmia, e tantas mulheres a seguiram. Donato de Besançon foi o primeiro a escrever uma Regra de Vida para mulheres que viviam nos mosteiros; e a partir daí todas as Regras, por assim dizer, femininas, ou compilações de Regras, são feitas por homens. Clara foi a primeira mulher a escrever uma Regra própria para mulheres. Não temos o original com a chancelaria pontifícia, mas nos restou o texto de Clara com sua limpidez original.
Em Belo Horizonte ,MG, de 14 a 20 de julho de 1958, presentes 12 Comissários Provinciais e 30 Terceiros/as, todos participando ativamente, debateu-se a atualização da Ordem Terceira. No Secretariado Nacional, os que dele participavam recebiam, direta e indiretamente, constante e aprofundada formação. O mesmo faziam, em muitas Fraternidades pelo Brasil afora, Terceiros/as e Assistentes interessados.
Ao recebermos a imposição das cinzas, no início da quaresma, somos convidados a viver o Evangelho, viver da Boa Nova. A Boa Nova que recebemos é Jesus Cristo. Ele abriu um novo horizonte para todas as pessoas que nele creem.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.
A firmeza de Clara causa certa perplexidade. Ela conduz vidas! Escreve um texto tendo como pano de fundo São Bento e a Regra não Bulada de Francisco; mas não deixa de ser original. Seu tempo é o tempo litúrgico. Seu tema mais importante é a Pobreza. Clara causa impacto! Pode uma mulher e seu grupo de mulheres viverem sem nada? Podem sim! Se há um intenso amor existe um desatrelamento do jurídico e a entrega à algo mais substancial: não preciso ter nada pois tenho uma riqueza essencial, a capacidade de amar o Amado!
Clara sempre falou mais que Francisco sobre a Pobreza. A sua fraternidade feminina de São Damião viveu radicalmente pobre e esta é a sua original irradiação. Clara pede o direito de não ter nenhum direito; quer ser livre para amar. É como se voltasse às fontes do feudalismo: autogerir-se!
Clara viveu tão coerentemente a sua vida que o Mosteiro passa a ser um lugar de irradiação: não é reclusão entre paredes, mas sim um ideal que voa para o mundo. Um ideal sai pelas frestas de São Damião e ganha corações. Em Clara todos podemos ser de Deus; todos podemos ser nobres de alma através de seu amor. Santa Clara, abençoai todas as Mulheres hoje, no dia dedicado a elas!
8 de março de 2012 – Dia Internacional da Mulher
Frei Vitório Mazzuco
CONGRESSO CLARIANO
SERÁ REALIZADO EM CANINDE (Fortaleza) CEARÁ nos dias 09, 10 , 11 de agosto de 2012, sairemos de Petrópolis para o Rio Aeroporto dia 08 de agosto rumo a Fortaleza, retorno dia 12 de agosto de 2012
Está incluido passagem aérea, translato Fortaleza Canindé, Hotel, Refeições, Inscrição tudo no valor de Cr$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais) parcelados em 05 parcelas a partir de março. Informações Maria Aparecida Costa Durig Tel. 2231-1487
40 anos da unificação da OFS do Brasil
1972/2012
Especial para O Arauto do Grande Rei, da Fraternidade de Petrópolis, RJ
III
I Congresso Nacional Franciscano da OTF, em São Lourenço , MG.
Vimos no artigo anterior como foram dados os primeiros passos para a unificação da nossa OFS. Mediante o entendimento e a união dos Comissários Provinciais entre eles e com seus Diretores de Fraternidade, cresceu igualmente seu entrosamento com os Terceiros(as) mais interessados e ativos das várias Obediências (1957-1962), período de atuação da Conferência dos Comissários Provinciais.
Em verdade, ainda antes do Concílio Vaticano II (1962-1965), muitos Terceiros(as), em boa parte sob a orientação de Frei Mateus em “Paz e Bem”, se empenhavam em conhecer melhor a sua Ordem Terceira e em participar de sua renovação.
Certo, o Concílio Vaticano II contribuiu decisivamente para esse despertar de consciências e para se procurar o “aggiornamento” da Instituição, em resposta aos apelos da Igreja e dos novos tempos.
De fato, todos queriam ter um bom conhecimento de sua Ordem e, sobretudo, sentiam a necessidade de melhor formação pessoal e de ter clareza sobre sua posição na atualidade da Igreja e do mundo.
Isto se foi desenvolvendo em sucessivos encontros de formação e em reuniões de estudo. Aconteceu no Rio de Janeiro e em várias regiões do Brasil. Apenas dois exemplos, entre muitos.
Em suas viagens, no interesse da OFS, e através do Boletim”Paz e Bem,” Frei Mateus era incansável em orientar a formação de círculos de estudo nas Fraternidades, inclusive, em preparação para o Congresso de São Lourenço,MG.
Segundo a publicação “Primeiro Congresso Nacional Franciscano em São Lourenço ”, Secretariado Nacional da OTF, Rio de Janeiro, 1964, este Congresso, reunido de 20 a 25 de agosto de 1963, teve a presença de 32 religiosos responsáveis pela OFS e de 48 dirigentes leigos. Nos dois últimos dias estavam presentes 2.650 irmãos/ãs pertencentes a 70 Fraternidades de 13 Estados (Frei Mateus, pág. 34).
Desse Congresso fui o Secretário com mais quatro Terceiros. Frei Mateus pegou-me a laço, pois, na ocasião, eu cumpria uma estação de repouso, a conselho médico. E não me largou mais... com grande benefício para mim.
O que dizer desse Congresso de São Lourenço?
Antes de mais, foi admirável como, em tempo de inflação galopante e de outras dificuldades, a iniciante Fraternidade da OFS de São Lourenço, com apenas 30 Terceiros, mas unidos ao Vigário Frei Osmar Dirks e a Frei Carmelo Surian, se aplicou a possibilitar, com êxito, a realização desse Congresso. Tratando-se de um evento de caráter nacional, eles conquistaram a adesão e o apoio da população de São Lourenço, de modo a nada deixar a desejar.
Belo exemplo de decisão, coragem, confiança em Deus, doação, serviço e fraternismo.
No Congresso de São Lourenço tornou-se claro que, entre Comissários e Frades das várias Obediências e leigos Terceiros das diversas Fraternidades, havia um convívio cordial e fraterno, intenso e alegre, num clima de disponibilidade e de verdadeira unidade. Daí, a conclusão de Frei Mateus:
“Quando religiosos e dirigentes deixaram o Congresso, ninguém duvidava de que se havia dado início às medidas que levariam a Fraternidade Secular a voltar a ser o viveiro de fraternismo criado por São Francisco.” (Frei Mateus, ibidem, pág. 105).
Por iniciativa dos Terceiros, nos círculos realizados após cada tese, dois assuntos se destacaram: a formação dos dirigentes leigos e a reforma das reuniões das Fraternidades. Diz Frei Mateus: “Eles acabaram fermentando a orientação dos debates sobre todas as outras teses e levando a assembléia a aprovar recomendações e decisões práticas de grande repercussão posterior. Entre elas, os esquemas básicos para a reunião mensal, para os círculos de estudos e para os cursos de dirigentes .” (Cf. Frei Mateus, ibidem, pág.105).
Após a discussão da 2ª tese sobre círculos especiais de estudo e ação, foi aprovada a seguinte moção: “Que seja recomendado o uso efetivo do boletim “Paz e Bem” como órgão unificador das Fraternidades do Brasil, ainda que com maiores encargos financeiros para os irmãos”. (Cf. 1º Congresso Nacional Franciscano, Secret. Nacional, Rio, pág. 100).
Nos debates da 3ª tese, verificou-se que apenas Frei Mateus Hoepers era Comissário Nacional para a OFS, nomeado pela Obediência da OFM. Frei Martino Penasa,OFMConv., informou que ele havia sido nomeado Comissário Nacional pela OFMConv., mas devia ser substituído. Os Capuchinhos propuseram que fosse nomeado Frei Eugênio de Conchas para o cargo ainda vago. Essas nomeações eram exigidas para que, em conjunto, o Conselho Nacional externo, isto é, dos Frades, pudesse tomar decisões para a OFS.
Nos debates da 5ª tese sobre a formação de dirigentes leigos, ficou claro a urgência dessa formação específica, para que os Terceiros possam assumir, com competência e êxito, suas funções na própria Ordem, na Igreja e na Sociedade. Houve, então, compromissos de elaboração de um curso para a formação de dirigentes para a OTF.
O Congresso de São Lourenço foi importante, muito importante mesmo. Ele marcou o início da grande e decisiva caminhada para a unificação da OFS do Brasil. Acelerou o processo um tanto lento da mudança das mentalidades e das atitudes. É o que observa Frei Mateus:
“De fato, pela primeira vez, se respirou o clima de verdadeira unidade nos trabalhos e nas decisões. Após a exposição das teses, reuniam-se os vários círculos a refletirem, num diálogo verdadeiramente participado por leigos e religiosos... Os dois últimos dias do Congresso se transformaram em assembléia geral, dentro da qual foram tomadas várias decisões com o apoio de leigos e religiosos.” (Cf. id., ibid., pág. 105).
Ao final, foi decidido que o II Congresso Nacional da OFS seria no Sul, no Rio Grande do Sul, talvez em Caxias do Sul, não devendo coincidir com a Festa da Uva, provavelmente em fevereiro. Tudo a ser confirmado.
Como escreveu Frei Egberto Prangenberg: “O Congresso de 1963 em São Lourenço foi um destaque na história da Ordem Franciscana Secular do Brasil,” (pág. 183 in - “Francisco entre os Seculares”, Rio de Janeiro, 1996).
Realmente. Pelo convívio descontraído, alegre e fraterno, os participantes religiosos e leigos prepararam a mente e o coração para aceitarem com naturalidade e até certo empenho a unificação da OFS, assim como, depois, como veio a ocorrer também na unificação de toda a Família Franciscana do Brasil (FFB), em outubro de 1994.
Após São Lourenço, nada mais se fez sem a participação harmoniosa de Religiosos e Terceiros, tendo estes, muita vez, a iniciativa.
Deus seja louvado!
(continua no informativo de abril)
Paulo Machado da Costa e Silva,OFS
Nota: – Os artigos podem ser transcritos, indicando-se a procedência.
À medida que esses artigos vão sendo publicados no jornalzinho da nossa Fraternidade, eles serão
colocados em nosso blog: ofssagradopetropolis@blogspot.com
“Fraternidade e a Saúde Pública” – Campanha da Fraternidade 2012
Converte-te e crê no Evangelho
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