BOLETIM INFORMATIVO DE JULHO DE 2013
Que luzes o jovem de Assis reflete
para os jovens de hoje.
Num mundo consumista e
descartável, um verdadeiro shopping center de modas e manias, efêmero em gosto e costumes, Francisco de Assis é um personagem cristão e santo. São 800 anos
da garantia de um encontro leve e simples da experiência franciscana com os sonhos secretos de uma época de ontem e de hoje, que aspira viver um humanismo e
fé com muita coerência; viver
a presença sempre nova da Boa Nova e não um "shoptime" de histeria de novidades. Após oito séculos
continua sendo um fato novo! Num mundo que exclui a partir do status social, da
opção sexual, do credo, e cada vez mais vai se fechando em
condomínios; Francisco de Assis realiza a inclusão e não a exclusão. No seu tempo acata valores e vivências de leprosos, hereges, camponeses, muçulmanos, pobres, jovens, mulheres, capela em ruína e abre as portas da sua fraternidade para todos;
nobres, plebeus, leigos, casais, letrados, cavaleiros e gente da terra, e vai viver
pelas estradas do mundo. Compreendeu a historia dos vencedores, todavia deu voz
ao silêncio dos vencidos.
Sem ranço de panteísmo, ele vê a graça e a providência divina em todos os seres, convocando-nos para o sensível e o natural, sem o uso das coisas mas à convivência com
elas. É o santo das aves, dos vermes, dos peixes, das plantas,
do lobo, das pedras, dos bosques, da ecologia, enfim uma eterna primavera da
vida! É o personagem da alegria, da jovialidade, da felicidade
dos realizados; ele é a abertura otimista de
todas as ações em oposição ao
depressivo fechamento pessimista dos que nada fazem e só reclamam, é a força interior contra a anemia espiritual.
Em vez de currículo exuberante e técnico ele
revela que da simplicidade e do concreto pode fazer nascer um competente modo
de conceber e melhorar a vida. Não fala muito
como um midiático pregador, mas é a própria Bíblia
vivente, uma encarnação do
Evangelho. Na sua cidade de Assis, crentes de tantas religiões, vão reverenciá-lo, à procura de
uma fonte interior, e lá não se sentem ofendidos e nem prosélitos. Sua fala de Paz e Bem, seu modo de vida solidário ensina que a única causa
que pode unir toda a humanidade é a diminuição do sofrimento humano. Ele não precisa ser admirado como um ganhador do Oscar, porem
precisa ser compreendido em nossas academias, escolas e famílias. Foi um penitente e não um fanático por
jejuns. Um homem light, diet, magro e despojado, não porque fez uso exagerado de drogas endócrinas, mas porque comeu o que o povo come na mesa dos
comuns. Vestiu roupa confortável da estética dos livres e não dos
prisioneiros das grifes e etiquetas. Ele é um herói que se bateu pela fé e pelos fracos, desde heroísmo que não faz um ato
heróico de um dia, mas permanece no meio de todos como um
serviço persistente, este jovem de Assis é tão bom e
atual que sua vida é uma Legenda.
Fr. Vitorio Mazzuco Filho, OFM.
Bem-aventurada Angelina de Montegiove.
Viúva, religiosa da Terceira Ordem (1377-1435). Fundadora
das Irmãs
Terceiras Franciscanas Regulares. Aprovou seu culto Leão XII no dia 8 de março de 1825.
Angelina de Marsciano ou de Coroara fundou na Itália a Congregação das Irmãs Terceiras Franciscanas Regulares. Nasceu em Montegiove, na Úmbria, perto de
Orvieto, em 1377. O pai, Tiago, era senhor de Marsciano. A mãe, Ana, da família dos condes de
Corbara, morreu em 1447. A
adolescente foi levada pelo pai a casar-se com o conde de Civitella, senhor
dos Abruzos. Angelina preferia manter-se unicamente unida
a Cristo, mas teve de ceder à vontade paterna. Todavia, depressa
ficou viúva, aos 17 anos.
Desde então, voltou aos seus queridos projetos
de vida inteiramente para Deus. Entrou na Ordem Terceira Franciscana e levou,
como quem a rodeava, vida austera e caridosa, ao mesmo tempo retirada do mundo
e com o empenho de aliviar os pobres. A ela se juntaram jovens da nobreza. Foi
acusada de sedução, de encantamento: a feiticeira tinha tal magia para arrastar a juventude!
Foi pedido ao rei de Nápoles, Ladislau, para castigar a herege: degradava o
matrimónio! Ladislau expulsou-a do reino.
Foi para Assis. Aí, em santa Maria dos Anjos,
à luz de Deus, Angelina compreendeu a sua missão: fundar um
mosteiro de terceiras claustradas. Em 1397, foi ele erguido em Foligno,
dedicado a Santa Ana. O exemplo foi imitado em outras cidades. Angelina foi
superiora geral de tais mosteiros.
Morreu com 58 anos, em 1435. Em 1492, seu corpo foi
encontrado incorrupto. Colocada em uma preciosa urna foi colocada em frente ao
túmulo da famosa mística franciscana Beata Angela de Foligno.
Fonte: http://www.franciscanos.org.
Aconteceu no dia 29/06,
em nossa fraternidade o nosso II Encontro
Fraterno Franciscano onde, buscamos nos familiarizar com o
Evangelho de São João em sua estrutura fundamental. Este se trata de
uma continuação do encontro já realizado
no dia 01/05.
Teve inicio às 08:30h com orações e cânticos no salão de baixo,
logo após fizemos uma
refeição e, seguimos para sala de formação onde demos inicio as reflexões sobre a pessoa do evangelista São João e seu
evangelho com suas particularidades.
Foi apresentado de forma
muito clara, com uma pequena apostila preparada pelo nosso
irmão Luis Alberto Viana que, como sempre, se dedicou em
esclarecer, mostrar pontos de vista e despertar a reflexão sobre o conteúdo da
apostila usada.
O encontro teve seu
termino às 15:40 com orações e cânticos. Um dia realmente agradável, tanto pelo reencontro com os irmãos, como pelas reflexões que nos despertou. Um verdadeiro encontro com o Cristo
através das catequeses de São João, regadas
pela riqueza do carisma de nosso pai São Francisco.
Paz e Bem! Ir. Mareio José de Oliveira Andrade, ofs.
O Sábio e a Serpente
Contam as tradições populares da índia que
existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o
atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com olhar
sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que
não façamos mal a
ninguém. A víbora
recolheu-se, envergonhada.
Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se
completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de
reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a
abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se a toca,
desalentada.
Eis, porém, que o santo homem voltou pelo mesmo caminho e
deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína.
A serpente contou-lhe,
então, a história
amargurada. Desejava ser boa, afável e
carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouvi-la:
- Mas minha irmã, houve
engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes
ninguém, a não praticares
o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso a distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus
silvos.
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