INFORMATIVO
Ano V - JULHO
DE 2013 - Nº 02
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
Continuação
A MÃE DE DEUS
Nos Anais dos
franciscanos, conta-se que Isabel tivera muitas visões e comunicações da Mãe
de Deus.
Revelação da
Santíssima Virgem:
Na véspera de Natal,
quando Isabel meditava na grandeza de
Maria Santíssima, esta lhe apareceu e disse: — "Quero ensinar-te todas
as orações que eu fazia durante a minha estadia no templo... Pedia a Deus
que me ensinasse a amá-lo e a odiar os meus inimigos, isto é, os pecados e os
vícios. Quem quiser conservar esta graça do céu, deve saber conservar no
coração esse amor e esse ódio. Quero também que faças tudo quanto eu fazia.
Levantava-me à meia-noite e ia prostrar-me diante do altar de Deus para que Ele
me concedesse a graça de observar todos os mandamentos de Sua lei, e as graças
de que necessitava para lhe ser agradável. Pedia-lhe que me deixasse ver o
tempo em que havia de viver aquela que devia conceber o Messias, a fim de que
eu pudesse consagrar todo o meu ser em servi-la e venerá-la".
Isabel interrompeu-a
para lhe dizer:
— "Oh dulcíssima
Senhora! não éreis então cheia de graça e virtudes?"
Mas a Santa Virgem
lhe respondeu:
"Fica certa de
que me julgava tão culpada e miserável como tu te julgas; eis aí porque eu
suplicava a Deus que me concedesse a Sua graça".
"O Senhor —
disse-lhe, uma noite, a Mãe de Deus — fazia de mim o que o músico faz de sua
harpa, afinando-lhe todas as cordas, para darem sons agradáveis e harmoniosos,
e em seguida toca-a, acompanhando-a com o canto. Assim Deus havia-me
harmonizado a alma, o coração, o espírito e todos os sentidos com a sua
vontade. Era tão familiar com Deus e com os Anjos, que me parecia ter residido
sempre nesta corte gloriosa. E neste êxtase, quando aprazia a Deus, eu voltava
novamente para o mesmo lugar e tão cheia do amor de Deus, que eu abraçava a
terra, as pedras, as árvores e todas as coisas criadas como prova de afeição
ao Criador.
Desejava ser a serva de todas as mulheres que habitavam
no templo; aspirava a submeter-me a todas as criaturas, em prova do meu amor
pelo Pai Supremo, e isto acontecia incessantemente. Tu devias fazer o mesmo,
eu quero que saibas orar com fervor e devoção não só por ti como pelos outros.
Deus quer que aquele que é desprovido de virtudes, de humildade, seja ajudado
por aquele que, como tu, as possui e sabe conservar e reparti-las com os
homens".
VISÕES
Um dia, em que Isabel sofrera de
seus perseguidores uma afronta tão
cruel que sua alma, sempre tão paciente,
ficou atordoada e magoada, procurou consolo na oração. Chorando pedia muito
ao Senhor por aqueles que a tinham insultado, e que Ele conferisse um benefício
a eles, em compensação aos insultos feitos a ela. Cansada, e sempre rezando,
ouviu uma voz que lhe disse: "Nunca me hás feito súplicas tão agradáveis
como estas. Penetraram até o fundo do meu coração, e por isso perdoo todos
os teus pecados, até o teu último dia de vida".
Enumerando os pecados
de Isabel, um por um, os ia perdoando. Ela admirada perguntou: "Quem sois
Vós que assim me falais?"
E a voz respondeu: "Eu sou aquele aos pés de quem
Maria Madalena foi ajoelhar-se em casa de Simão, o leproso. Espera em Deus e
pratica o bem".
SOLIDÃO
Muito tempo se
passou, até que os parentes de Santa Isabel souberam quão indignamente ela
fora tratada e em que condições vivia.
Para a duquesa-mãe
parecia isto, e com razão, uma vergonha para toda a sua casa, pelo que envidou
os maiores esforços com seus filhos para aliviar a sorte da pobre Isabel.
Como não fosse
atendida, não lhe restou senão mandar, secretamente, referir tudo à Mechtilde,
abadessa das beneditinas em Kitzingen, tia de Isabel, irmã da rainha da
Hungria, sua mãe.
Já era outubro e nove
meses depois da expulsão de Isabel, quando a piedosa princesa soube da miséria
de sua sobrinha. Cheia de piedade, mandou imediatamente algumas religiosas do
mosteiro, com duas carruagens a Einsenach, com ordens de conduzir Isabel para
a abadia.
A providência da tia
não só pôs fim aos sofrimentos de Isabel, como também dos pequeninos, pois
exigiu que ela viesse em companhia de seus filhos, que tanto amava.
Seus perseguidores
não se atreveram a opor-se e através das
vastas florestas e montanhas que separam a Turíngia da Francônia, Isabel chegou
à cidade de Kitzingen, às margens do Meno.
Se conhecêssemos
todos os pensamentos e ideias que Isabel teve durante esta longa viagem pelas
florestas, e que se acham inscritos no livro da vida, julgaríamos ver um
nobre, silencioso bosque, que o sol abençoa com seus raios e sobre o qual
desliza branda aragem. O coração perseguido e fatigado estava salvo do
espinheiro de Eisenach.
Foram horas e dias bemaventurados. Cercavam-na
entes maravilhosos: religiosas cuidado sas, seus filhos, havia tanto tempo perdidos, e paz e solidão da floresta,
e sobretudo o Senhor seu Deus.
NO MOSTEIRO
Que consolação devia,
pois, proporcionar a Isabel a esperança de achar
agasalho num mosteiro!
A bondade da abadessa, o
seu maternal acolhimento, e a alegria e doce consolação
da vida monástica que tanto ela desejara. Haveria de auferir algum tempo de
paz e de descanso.
E finalmente, a
submissão à regra de S. Bento, na qualidade de simples religiosa!
No hospital edificado
pelo mosteiro, também ali ela encontrou um grande consolo, e todos os dias
saía para cuidar do corpo e da alma dos doentes.
Dois meses mais
tarde, Egberto, príncipe-bispo de Bamberg, irmão da abadessa, convidou-a para
residir em seus Es tados.
Ofereceu-lhe uma residência, um lar, do qual
ela podia dispor à vontade! Isabel para lá partiu com seus filhos e suas fiéis
servas amigas: Isentrude e Guda.
Continua no informativo – Ano V - AGOSTO DE 2013 -
Nº 03
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JULHO
l — S. Teodorico
Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de Werten, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel,
Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco
Fogolla, 1ª Ordem, mártir da China.
6 — B. Antonino Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel Ruiz
1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório Grassi, 1ª Ordem, mártir da China.
9 — S.Nicolau Pick, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª Ordem, mártir.
12 — S. João Jones, 1ª Ordem, mártir.
13 — B. Angelina
de Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S. Francisco
Solano, 1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena Postel, 3ª Ordem.
18 — B. Simão de Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor
Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria Alberca e Torres, 1ª Ordem,
mártir.
21 — S. Lourenço de Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes, Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de
Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B. Arcângelo
de Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria
Madalena Martinengo, 2ª Ordem.
28 — B. Matia de Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo
Mandic, 1ª Ordem.
31 —B. Pedro
Soler, 1ª Ordem, mártir.
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