INFORMATIVO
Ano V - JANEIRO
DE 2014 - Nº 08
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
Continuação
O PROCESSO
Entretanto, aos
esforços do conde, o Papa ainda opôs obstáculos não por desconfiança da
santidade de Isabel, mas para obedecer à praxe e observar a cautela
eclesiástica.
Enfim cedeu às
instâncias e para que a Igreja triunfante não ficasse privada de sua glória,
se a fama fosse comprovada, encarregou um bispo e dois abades de procederem a
um novo exame dos milagres atribuídos a Isabel.
Entre o grande número
de milagres que referiram os depoimentos, das testemunhas deve-se notar a
ressurreição de diversos mortos.
Cento e vinte e nove
foram julgados dignos de serem recolhidos, transcritos e munidos dos selos dos
bispos e de outros prelados para serem enviados a Roma. Um abade, um dominicano
mais o conde de outrora, agora Frei Conrado da Ordem Teutônica, foram
designados para levar ao Papa o resultado do exame que ele havia prescrito.
O Papa, reunido com
os cardeais, na cidade de Penha, abriu a carta em presença de numerosos
prelados e comunicou à assembleia todos os pormenores transmitidos a respeito
de Isabel e dos milagres que lhe eram atribuídos.
Tanto amor aos pobres,
tanta humildade, tantos prodígios emanados das graças do céu, fizeram comover até
às lágrimas todos aqueles que ali se achavam.
Em um consistório o
Pontífice, cardeais e prelados da mais alta categoria,
procedeu-se à leitura das provas da santidade de Isabel, oficialmente
reconhecidas.
E foi declarado que
não se devia demorar mais a inscrição autêntica desse glorioso nome no catálogo
terrestre dos santos, pois já se achava inscrito no livro da vida, como o Senhor o tinha
provado.
Fez-se depois a mesma
leitura diante do povo que, profundamente emocionado e feliz, clamou ao chefe
da Igreja "Canonização Santíssimo Padre, canonização,
e sem demora".
"A graça é
enganadora, e a formosura é vã, a mulher que teme ao Senhor, essa é que será
louvada" (Prov. 31,30).
A CANONIZAÇÃO
O Papa, para dar mais
lustre à cerimônia, decidiu que a canonização se realizaria no dia de
Pentecostes.
Era o dia 26 de maio
de 1235, havendo passado sete anos desde que o mesmo Pontífice Gregório IX, na mesma cidade de Perúgia, canonizara
S. Francisco de Assis. Chegado o dia da grande festa, o Papa, os Patriarcas de
Jerusalém e de Antiochia, os cardeais, grande número de arcebispos, bispos e
prelados, de sacerdotes e monges, seguidos de milhares de fiéis, por entre o
som de trombetas e outros instrumentos, foram em procissão ao convento dos
dominicanos em Perúgia, todos levando círios acesos.
Chegada a procissão à
igreja, o cardeal-diácono leu, em voz alta, aos fiéis a narração da vida e
dos milagres de Isabel, no meio de aclamações do povo e das lágrimas de santa
alegria que corriam dos olhos de todos. Entoa-do o hino Veni,
Creator Spiritus, que toda a assembleia acompanhou, o Santo
Padre, ajoelhou-se e orou, juntamente com a multidão que enchia o vasto
templo.
Depois, o Papa, sentado no trono, e com a tiara na
cabeça, declarou santa a querida Isabel, nestes termos solenes:
"Em honra de
Deus Onipotente, Padre, Filho, e Espírito Santo, para exaltação da
fé católica e desenvolvimento da religião cristã, pela autoridade deste
mesmo Deus Onipotente, pela dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e pela
nossa, declaramos e definimos que Isabel, de feliz memória, em sua vida de
duquesa da Thuringia, é Santa e deve ser inscrita no catálogo dos Santos,
assim como nós a inscrevemos e, ao mesmo tempo, ordenamos que a Igreja
Universal que lhe celebra a festa e o ofício com solenidade e devoção, todos os
anos, no dia de sua morte, a treze das calendas de dezembro (19 de novembro).
Além disso, pela
mesma autoridade, concedemos a todos os fiéis, verdadeiramente arrependidos,
e confessados, que lhe visitarem o túmulo nesse dia, uma indulgência de um
ano e quarenta dias".
O som do órgão e de
todos os sinos acolheu as últimas palavras do Pontífice.
Então, depondo a
Tiara, entoou o "Te Deum Laudamus", que foi cantado pelos
assistentes, num verdadeiro delírio de alegria.
Um cardeal-diácono,
disse, em seguida, em voz alta:
"Santa Isabel,
rogai por nós, Aleluia".
E o Papa recitou pela
primeira vez a coleta, ou oração em honra da nova Santa, composta por ele, a
mesma que é recitada ainda hoje, após mais setecentos anos, por todos os
sacerdotes da Igreja Católica, no Ofício e na Missa do dia 19 de novembro.
"Deus misericordioso,
iluminai os corações dos vossos fiéis, e pela intercessão da bem-aventurada
Isabel, concedei-nos a graça de desprezarmos a felicidade mundana e de
gozarmos constantemente da consolação celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, que convosco vive e reina, em união com
o Espírito Santo, Deus por todos os séculos. Amém".
"Então dirá o
Rei aos que hão de estar à sua direita: Vinde, Benditos de meu Pai, possuí o
reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome e
destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; era forasteiro, e me
acolhestes; estava nu, e me vestistes; estava no cárcere, e me viestes
ver." (Mateus, 25,36).
Orai por nós, Santa
Isabel, para que sejamos dignos de ouvir, um dia, em vossa companhia, essas
palavras dos lábios do Senhor! Amém!
(No próximo mes vai começar a vida de São
Luiz Rei de França)
Continua no informativo – Ano IV - FEVEREIRO DE 2014 -
Nº 09
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JANEIRO
2 — S. Martinho da Ascensão, 1ª Ordem, mártir do Japão..
4 — B. Angela de Folinho, 3ª Ordem.
5 — B. Rogério de Todi, 1ª Ordem.
6 — S. Carlos de Sezze, 1ª Ordem.
7 — B. Mateus de Agrigento, 1ª Ordem.
8 — S. Francisco
Blanco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
9 — S. Filipe de Jesus, 1ª Ordem,mártir no Japão
10 — B. Egídio de Laurenzana, 1ª Ordem.
11 —B. Tomás de
Cori, 1ª Ordem.
12 — B. Bernardo de Corleone, 1ª Ordem.
13 — S. Francisco de S. Miguel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Odorico de Pordenone, 1ª Ordem.
15 — S. Berardo, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
16 — S. Pedro, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
17 — S. Acúrsio, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
18 — S. Otão, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
19 — S. Eustóquia de Messina, 2ª Ordem.
20 — S. Adjuto, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
21 — B. João Baptista Triquerie, 1ª Ordem, Mártir.
22 — S.
Vicente Pallotti, 3ª Ordem.
23 — S. Gonçalo Garcia, 1ª Ordem, mártir no Japão.
24 — B. Paula Cambara Costa, 3ª Ordem.
25 — S. Paulo Ibarki, 3ª Ordem, mártir no Japão.
26 — S.Gabriel de Duisco, 3ª Ordem, mártir no Japão.
27 — S. Angela Merici, 3ª Ordem. Fundadora das
Ursulinas.
28 — S. João Kisaka, 3ª Ordem, mártir no Japão.
29 — B. Luísa Albertoni, 3ª Ordem.
30 — S. Jacinta Marescotti, 3ª Ordem Regular.
31 — S.João Bosco, III O., Fundador dos Salesianos e
das Filhas de Maria Auxiliadora
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