INFORMATIVO
Ano V - MAIO
DE 2014 - Nº 12
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SÃO LUIS, REI
DE FRANÇA
O BOM REI
"A paz e a
bênção do Altíssimo, veio a nós através do pobre", teria dito certa vez o
bom Rei de França. Ele foi também famoso por sua caridade.
Depois de Deus, o seu
grande amor volvia-se para os pobres, para os doentes e para todos aqueles que
sofriam enfermidades e misérias quer no corpo, quer na alma. E quantos não sofriam
de ambas as doenças!
Sua grande bondade
foi também testemunhada pelas obras de misericórdia e pelos grandes
donativos. Ele alimentava diariamente uma grande leva de pobres, não
contentando-se com aqueles que comiam em sua própria mesa, e dos quais
humildemente lavava os pés doentes e fatigados.
São Luís, não
contente de haver fundado para eles, hospitais e hospícios, chamadas as
"Casas de Deus", ele próprio os visitava, curava e lhes prestava os
mais humildes serviços. Seu reinado foi pontilhado por imensas "Casas de
Deus".
Frei Leger, um dos
leprosos assistidos por ele, não queria comer senão pela mão de São Luís, tanto
assim que o santo Rei, pegava com precaução cada bocado de comida e tirava os
grãos de sal, que pudessem fazer sangrar as feridas dos lábios e da boca
corroída do pobre frade.
Dentre estes
hospitais, uma fundação imensamente tocante foi a dos "300", para abrigar
trezentos cavaleiros que voltaram cegos, das Cruzadas (1254). A fundação serviu
ainda por muito tempo, para outros igualmente aflitos e doentes. Ainda outros
hospitais foram fundados em: Pontoise, Vernon e Compiègne, bem como as
"Casas das Filhas de Deus", para cuidar das infelizes mulheres
decaídas.
Os
"Ensinamentos", que Luís IX deixou escritos para seu filho Felipe e sua filha Izabel,
os discursos, que serviram para as investigações preparatórias de sua canonização,
e as anedotas de Joinville, mostram-nos que Luís IX foi um homem de profundo senso comum, possuindo energia
infatigável, um humor graciosamente bondoso e jocoso, e constantemente resguardando-se
da tentação de ser ditador. Através de suas qualidades pessoais e de sua
santidade, conservou e preservou por muitos anos o prestígio da monarquia
francesa. Sua canonização foi proclamada em Orvieto, por Bonifácio VIII, no ano de 1297.
O REI DE TODAS AS VIRTUDES
São Luís, o rei, era perfeito na
sua bondade e admirável no controle de seu temperamento, porquanto
possuía um caráter vivaz e de natureza marcante.
Ele próprio se
impunha mortificações: tornar-se doce, quando o seu eu lhe impunha
o contrário. E mais ainda: ele gostava de tornar-se modesto,
inimigo das comodidades e de tudo o que pudesse fazê-lo brilhar. Empenhava-se
em dissimular seus sacrifícios e atos meritórios, o que não
lhe era fácil, por ser Rei.
São Luís foi no século XIII, o último cruzado convicto.
Foi capturado no Egito em 1250. Suas virtudes suscitaram a admiração dos muçulmanos,
que o denominaram o "sultão preto". Voltando à França,
somente em 1254, empreendeu uma última cruzada, morrendo de febre, diante de
Tunes, em 1270.
A imagem de um
moribundo, numa tenda branca sob o sol africano, ficou gravada no coração de
seu povo.
DUAS IMAGENS
O rei santo, sonha
com sua amada França, longínqua, com seus bosques e prados, verdejantes,
frescos e perfumados.
As maçãs começam por
avermelhar-se, e as ameixas caem sobre a relva.
Ele revê um dos
prados às margens do Sena, junto aos muros do palácio; o jardim cheio dos
galhos frondosos, onde tantas vezes brincaram seus queridos filhos.
Mas, havia chegado o
seu fim aqui na terra. Deixou para seu filho os grandes e paternais
ensinamentos, que seu confessor Guillaume de Braulier teve o cuidado de nos
contar.
Pela última vez
abraçou seu amigo e confessor, solicitando que o deixassem a sós. Pediu o
viático. Muito fraco, mal podia levantar a cabeça. Porém, quando seu Deus lhe
foi trazido, o santo Rei valendo-se de uma força superior, pos-se de joelhos e
fez sua profissão de fé a seu confessor. — "Acreditas
firmemente que este é o verdadeiro Cristo?"
— "Sim,
"respondeu ele" e eu acreditarei ainda mais quando O vir tal como
os apóstolos O viram no dia da Ascensão."
Depois, recebendo a
extrema unção, respondeu às preces da Igreja, caindo em profundo silêncio.
Foi tão longo esse silêncio,
que, todos os que ali estavam reunidos à sua volta, se
puseram a soluçar, julgando-o morto.
Mas, de repente, num
relance, exclamou com voz forte: "Senhor, olhai nosso povo, santificai
nosso povo"; e, destarte, implorava a Deus por seu povo.
A noite, passou-a
suavemente, balbuciando de quando em vez: "Iremos a Jerusalém".
Invocava São João, a quem sua mãe Branca de Castella, o havia consagrado
ainda bem pequenino, e à Santa Genoveva, protetora de sua amada cidade de
Paris.
Luís estava deitado
num leito de cedro; vestia uma camisa de dormir, cingido de um cilício, como
havia pedido antes de perder a consciência.
E assim permaneceu,
imóvel, silencioso, sem dar sinal de vida. No dia seguinte, às três horas da
tarde, começou a falar claramente, podendo-se ouvi-lo recitar o Salmo de Davi:
"Senhor, eu entrarei em vossa casa, adorarei vosso santo templo, e
glorificarei Vosso Nome". Como de seu hábito, recitou o salmo em latim.
De braços cruzados
sobre o peito, São Luís entregou sua alma ao Deus, que ele tanto amava e
venerava aqui na terra. Era o dia 25 de agosto de 1270.
Continua no informativo – Ano IV - JUNHO DE 2014 -
Nº 01
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE MAIO
1 — B. Juliano de Istria,
1ª Ordem
2 — B. Vivaldo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
3 — B. Petronila de Troyes, 2ª Ordem.
4 — B. Ladislau de Gielnow, 1ª Ordem.
5 — B. Benvenuto de Recanati, 1ª Ordem.
6 — B. Bartolomeu de Montepulciano, 1ª Ordem
7 — B. Maria de Santa Natália, 3ª Ordem Regular,
mártir da China
9 — S. Catarina de Bolonha, 2ª Ordem.
10 — B. Félix de Nicósia, 1ª Ordem.
11 — S. Inácio de Laconi, 1ª Ordem.
12 — B. João de Cetina, 1ª Ordem, mártir
13 — B. Pedro de Duenas,
1ª Ordem, mártir
14 — B. Crispim de Viterbo, 1ª Ordem.
15 —
B. Humiliana Cerchi, 3ª Ordem.
16 — S. Margarida de
Cortona, 3ª Ordem.
17 — S. Pascoal de Bailão, 1ª Ordem.
18 — S. Félix de Cantalício, 1ª Ordem.
19 — S. Teófilo da Corte
20 — S. Bernardino de Sena, 1ª Ordem.
21 — S. Ivo de Bretanha, 3ª Ordem.
22 — B. João Forest, 1ª Ordem, mártir
23 — B. João de Prado, 1ª Ordem, mártir
24 — DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE S. FRANCISCO
EM ASSIS
25 — B. Gerardo de
Vilamagna, 3ª Ordem.
26 — B. Estêvão de
Narbona, 1ª Ordem, mártir
27 — B. Raimundo de Carbona, 1ª Ordem, Mártir
28 — S. Maria Ana de Jesus Paredes, 3ª Ordem
29 — B. Herculano de Piegaro, 1ª Ordem.
30 — B. Camila Baptista Varano, 2ª Ordem.
31 — S. Fernando III,Rei de Castela, 3ª Ordem
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