INFORMATIVO
Ano VI - JUNHO
DE 2014 - Nº 01
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SÃO LUIS, REI
DE FRANÇA
A OUTRA IMAGEM
Anos depois, em seu
castelo às margens do Marne, o velho senhor de Joinville preparava-se para
dormir.
Sua governanta já se
havia recolhido, mas ele sonhava ainda com o seu rei tão querido, que há tanto
tempo já desaparecera do seu convívio. Quantos anos passados depois de sua
volta em maio de 1271, no meio de um povo em lágrimas, que enterrava os restos
queridos de seu rei, numa cerimônia tão chocante, tão sofrida! O cortejo se
alongava diante dos monumentos fúnebres, os Montjoie (o nome que saía do grito
de guerra dos cavaleiros franceses), erguidos expressamente entre Paris e a
Basílica.
Foi aceito para perpetuar a
lembrança de Luís, mas não seria isto necessário, pois os milagres já haviam
começado sobre seu túmulo, e um dos primeiros foi a cura de uma
criança.
O santo rei iria
permanecer para sempre na memória dos homens.
O velho Joinville
sonhando, rememorava todo um passado, cheio de saudade e
profundas recordações.
Dentre elas, uma foi
mais viva.
Corria o ano de 1282. E
somente 15 anos mais tarde, enquanto a Igreja se precavia e
pesquizava, o santo rei foi declarado confessor. Joinville havia
deixado o seu castelo para assistir as festas, onde Jean de Samoy, o
pregador, havia citado entre outros exemplos de grande virtude, a história dos
dez mil livros entregues aos sarracenos. "E, creiam-me, não estar
mentindo, aqui está o homem que em juramento testemunhou o fato".
O velho Joinville
adormecera. E eis que, no meio da noite, o rei Luís lhe
aparece em sonho, todo resplandecente e feliz, na porta da capela.
"Ah! "disse
o bom homem, cheio de alegria, ao receber o seu mestre e amigo; "quando
vos dispuserdes a partir, eu vos alojarei aqui perto, numa casa que possuo."
Mas o rei maravilhado
respondeu-lhe: "Eu não tenho a intenção de sair
daqui!"
Quando Joinville
acordou, pôs-se a refletir: "Será mesmo que foi o santo a quem eu vi?
E, se ele não quis afastar-se da capela, é porque desejava um altar para si."
O altar foi então construído, e
ele não desapareceu; um vitral, representando um milagre da Santa Virgem
encontrada no mar, após a Cruzada do Egito, lembrava para sempre o Santo Rei!
Hoje, resta apenas o
lugar do castelo e a lembrança do altar.
Porém, com o retrato
de São Luís, tão singelamente pintado, também nos resta, vindo
do coração cheio de ternura e velhas recordações, o último conselho do
cavaleiro simples, mas autêntico, que diz: "Peçamos a ele que rogue a Deus
de nos dar o que necessitamos para o nosso corpo e nossa alma. São Luís rei de
França, rogai por nós, rogai a Deus para que Ele guarde o seu povo."
TESTAMENTO DE SÃO LUÍS A SEU
FILHO
Meu filho a
primeira coisa que te recomendo é que ames a Deus de todo o coração e
prefiras sofrer tudo, até a própria morte, a cometer um pecado mortal.
Se Deus te
mandar contrariedades, aceita-as com gratidão, convencido de que a mereceste. Se tudo
correr segundo teus desejos, não te deixes levar pelo orgulho. Não se
deve abusar dos benefícios e os transformar em armas de malícia.
Confessa-te
frequentemente e escolhe um confessor prudente e virtuoso, que
te possa ser guia e que tenha coragem bastante para corrigir tuas faltas e
castigar teus pecados.
Assiste à Santa Missa
com muita devoção.
Sê caridoso para com
os pobres, e socorre-os sempre que puderes.
Respeita as boas
tradições entre o povo e persegue os abusos. Não sobrecarregues teu povo com duros
e múltiplos impostos. Escolhe para tua companhia homens direitos e prudentes,
leigos e sacerdotes, e foge dos círculos dos maus.
Ouve de bom grado a
palavra de Deus e conserva-a cuidadosamente em teu coração. Sê amigo da
oração.
Ama tua honra e sê
amigo do bem e inimigo do mal.
Rende graças a Deus
pelos seus benefícios.
Bens alheios, faze-os
chegar às mãos de seu legítimo dono.
Procura conversar e estabelecer
a paz entre teus súditos, e zela pelos bons costumes entre o
povo. Trata de dar a ele bons juizes e funcionários e fiscalize bem o
procedimento deles, a fim de que não haja lugar para vícios, parcialidade, fraude
e imoralidade.
Cuida para que na
corte as despesas se limitem ao indispensável.
Manda rezar missas
pelo repouso de minh'alma e manda rezar nessa intenção.
Meu filho: dou-te a bênção que um pai pode
dar a seu filho.
(No próximo mes vai começar a vida de Santa
Rosa de Viterbo – padroeira da Juventude Franciscana - JUF)
Continua no informativo – Ano IV - JULHO DE 2014 -
Nº 02
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SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE JUNHO
2 — B. João Pellingoto, 3ª Ordem.
3 — B. André
de Spello, 1ª Ordem.
4 — B. Pacífico
de Cerano, 1ª Ordem.
5 — B. Maria Clara Nanneti,
3ª Ordem Regular, mártir da China
6 — B. Lourenço
de Vilamagna, 1ª Ordem.
7 — B. Maria da Paz Bolsena, 3ª Ordem Regular, mártir da China
8 — B. Hermínia de Jesus, 3ª Ordem Regular, mártir da China
9 — S. Cornélio
Wican, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
10 — S.Pedro de Assche, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
11 — B. Guido de Cortona, 1ª Ordem.
12 — B. lolanda, Duquesa da Polônia, 2ª Ordem.
13 — S. Antônio de Lisboa, 1ª Ordem.
14 — S. Francisco de Bruxelas, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
15 — S. Antônio de Hoornaert, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
16 — S. Antônio de Werten, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
17 — B. Pedro Gambacorta, 3ª Ordem Regular.
18 — S. Godofredo de Merville, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum.
19 — B. Miquelina de Pesaro, 3ª Ordem.
20 — S. Willehado da Dinamarca, 1ª Ordem, mártir em
Gorkum (1482-1572) c. 1867
21 — S. Nicásio
Jonson, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
22 — B. André Bauer, 1ª Ordem, mártir da China
23 — S. José Cafasso,
3ª Ordem.
24 — B. Teodorico Balat, 1ª Ordem, mártir da China
25 — B. José Maria Gambaro, 1ª Ordem, mártir da China.
26 — B. Cesídio de Fossa, 1ª Ordem, mártir da China
27 — B. Benvenuto de Gubio, 1ª Ordem.
28 — B. Elias Facchini, 1ª Ordem, mártir da China
29 — S. Vicenza Gerosa,
3ª Ordem.
30 — B. Raimundo Lulo, 3ª Ordem, mártir
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