sábado, 1 de abril de 2017

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 0I DE ABRIL DE 2017 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
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E-MAIL: ofssagradopetropolis@gmail.com
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15
 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus


INFORMATIVO
Ano VIII  ABRIL DE 2017 -  Nº  10

SANTA CLARA DE ASSIS

                                                                              Frei Hugo D. Baggio,OFM


A  PENITENTE (continuação)

O vento do outono assobiava uma canção nos ciprestes banhados pela luz da tarde, enquan­to no céu sem nuvens as andorinhas davam os últimos giros antes de se recolherem... Clara com suas companheiras foi viver a vida de peni­tência que preferira a uma vida de bem-estar.
Foi colocar sobre suas carnes tenras e virginais um cilício, para satisfazer seu desejo de penitên­cia.
Um dia veio uma irmã pedir que soror Clara lhe emprestasse o cilício, ao que Clara atendeu sorrindo. E lá foi a irmã feliz experimentar o ins­trumento de penitência.
Mas não demorou muito, já estava de volta, entregando o cilicio a soror Clara. E' que ao expe­rimentá-lo sentiu tanta dor que julgou morrer. Clara o recebeu com o mesmo sorriso bondoso, como se dissesse:
—  Já o previa, minha filha. Ainda não estás preparada  para tal  penitência.  Deves crescer mais no amor desta  virtude,   antes  de  te  acostumares a ela.
E apesar de todo o rigor, soror Clara viveu até a avançada idade de 60 anos, sem que o sor­riso lhe abandonasse o semblante. Porque na pe­nitência encontrara a felicidade.

NESTA  NOITE  CHEIA DE  ESTRELAS

Quando na noite de Natal, o som dos sinos se derrama pelo silêncio, que estranhas e santas emoções desperta ele na alma! Os grandes voltam à infância e os pequenos se transportam a um país de sonhos. Que convite insistente este bada­lar! E ao som dos hinos, a alma sente a necessida­de de se prostrar ante o Presépio inundado de luzes.
Assim também na vida de soror Clara, amante do Menino Deus, a festa de Natal era um aconte­cimento gratíssimo ao seu coração.
Durante todo o ano as damianitas viviam no seu exílio de São Damião e acontecimento algum as tirava de lá. No Natal, porém, iam assistir às cerimônias no templo de São Francisco, não longe de São Damião. Como Clara suspirava por esta noite!
Mas numa noite de Natal... Eis o que con­tam os Fioretti (c. 35):
"Estando, uma vez, soror Clara gravemente en­ferma, tanto que não podia ir dizer o ofício na igreja com as outras irmãs, chegando a solenida­de da Natividade de Cristo, todas as outras foram às Matinas; e ela ficou sozinha no leito, malcontente por não poder juntamente com as outras ir e ter aquela consolação espiritual. Mas Jesus Cris- to, seu esposo, não querendo deixá-la assim des­consolada, fê-la miraculosamente transportar à igreja de São Francisco e assistir a todo o ofício e à missa da meia-noite, e além disso receber a santa comunhão e depois disso ser trazida ao leito.
Voltando as irmãs para junto de soror Clara, terminado o ofício, estavam tão contentes que to­das queriam falar, ao mesmo tempo:
—  O' nossa madre, que grande consolação ti­vemos nesta noite de santa natividade!  Prouvesse Deus que houvésseis estado conosco!
        —  Graças e louvores rendo ao meu Senhor — disse Clara — porque a tôdas as solenidades desta santíssima  noite  assisti  eu  com  muita consolação de minha alma, porque por  procuração do  meu Pai São Francisco e  pela  graça  de  meu Senhor Jesus Cristo estive presente na igreja. Ouvi o can­to e o som dos órgãos e lá mesmo recebi a santa comunhão. E por tanta graça a mim concedida re­jubilai-vos e agradecei a Nosso Se-nhor  Jesus Cristo".
Soror Clara e as Irmãs encheram-se de amor pelo Menino de Belém, que tão magnífico presente lhes fizera nesta noite cheia de estrêlas.

UNIDOS  PARA  SEMPRE

Desde o primeiro encontro as almas de Fran­cisco e de Clara sentiram aquela afinidade miste­riosa que os ligava e os destinava à grande missão restauradora do seu momento histórico e dos tem­pos vindouros. E na alma dos dois nasceu o dese­jo de andarem um ao lado do outro, no mesmo caminho para o mesmo céu.
E soror Clara viveu com Francisco e viveu co­mo Francisco. Foi digna discípula do seu grande mestre. Só alimentava um desejo:
— Serei sempre a tua plantazinha.
A exemplo do mestre, foi a mulher radical. Não se contentava com as meias medidas. O que abraçou, abraçou-o em verdade e sinceridade e com todas as forças empenhou-se em vivê-lo.
Como Francisco lutou pelo ideal da pobreza e lutou mesmo contra o Papa. Mais que o título de "Mãe das Damas Pobres" queria a realidade da pobreza.
Essas duas almas são, assim, inseparáveis co­mo conta a lenda:
       Numa tarde de inverno, Francisco e Clara vol­tavam de Espelo para Assis. A neve cobria o ca­minho, vestia as oliveiras, enrolava-se nos troncos e galhos sem folhas, envolvendo tudo com seu manto gélido. O céu pardacento. O vento soprava frio e açoitava tudo, impiedosamente, como se es­tivesse zangado por não encontrar folhas para pro­duzir melodias.
E os dois caminhantes arrastavam-se penosa­mente. Francisco, os pés metidos em velhas san­dálias, ia abrindo sulcos na brancura da neve. Cla­ra seguia atrás, os pés desnudos, metidos em rude calçado. Trêmulos ao frio do inverno, mas aquen­tados ao calor divino, marchavam em silêncio. De súbito, Francisco:
— Minha irmã, devemos nos separar, agora.
—  E quando  nos  tornaremos  a  encontrar,  ir­mão?
—  Quando  a   primavera  chegar  com   as  suas flores.
E separaram-se.
Francisco, traçando um grande sinal da cruz, desapareceu como diluído na neve que caía em alvos flocos. Clara ajoelhou-se na encruzilhada dos caminhos. . .
Ao longe, os sinos de Assis badalavam o Angelus. Clara pôs-se a rezar. De repente, sentiu-se envolvida por uma carícia primaveril, impregnada de perfumes. Abriu os olhos...
A neve desaparecera e por toda a parte rosas. Rosas no caminho, rosas à margem do caminho. Rosas nas oliveiras e nos espinhos. Rosas nos abe­tos e nos ciprestes. Rosas na amplidão. Por toda a parte rosas.
Colheu-as às braçadas e correu ao encalço de Francisco, gritando:
— Irmão... Irmão, a primavera voltou. Não nos separemos mais.
E realmente, nunca mais se separaram Fran­cisco e Clara: nem na história, nem na eterni­dade.
 
Continua no informativo – Ano VIII -            MAIO DE 2017  -  Nº  11

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE ABRIL

1 — B. Gandolfo de Binasco, 1ª Ordem.
2 — B. Leopoldo de Gaiche, 1ª Ordem.
3 — B. João de Pena, 1ª Ordem.
4 — S. Benedito o Preto, 1ª Ordem.
5 — B. Maria Crescência Hoss, 3ª Ordem Regular     
6 — B. Guilherme de Sicli, 3ª Ordem.
7 — B. Maria  Assunta  Pallota,  3ª Ordem Regular
8 — B. Juliano   de   S.Agostinho,  1ª Ordem.5
9 — B. Tomás de Tolentino, 1ª Ordem
10 — B. Marcos Fantuzzi de Bolonha, 1ª Ordem.
11 — B. Angelo de Chivasso, 1ª Ordem.
12 — B. Filipe Tchang,  3ª Ordem, mártir da China.
13 — B. João de Taiku,  3ª Ordem,  mártir da China
14 — B. João Wang,  3ª Ordem, mártir da China
15 — S. Bento José Labre, Cordígero da  3ª Ordem
16 — ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA ORDEM FRANCISCANA
17 — S. Bernardette Soubirous,  Cordígera da  3ª Ordem. III O.
18 — B. André Hibernon, 1ª Ordem.
19 — B. Conrado de Ascoli, 1ª Ordem.
20 — B. Maria  Amandina   do   S. Coração, 3ª Ordem Regular, mártir da China .
21 — S. Conrado de Parzham, 1ª Ordem.
22 — B. Francisco de Fabriano, 1ª Ordem.
23 — B. Gil de Assis, 1ª Ordem.
24 — S. Fiel de Sigmaringen, 1ª Ordem, mártir.
25 — B. Maria Adolfina Diericks, 3ª Ordem Regular, mártir da China.
26 — B. Maria de S. Justo, 3ª Ordem Regular, mártir da China.
27 — B. Tiago Ilírico de Biteto, 1ª Ordem.
28 — B. Luquésio de   Poggibonsi,  3ª Ordem.
29 — B. Bento de Urbino, 1ª Ordem.
30 — S. José   Bento   Cottolengo,  3ª Ordem





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