quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O ARAUTO DO GRANDE REI

JORNAL DE JANEIRO DE 2012


A MÃE IMACULADA, MÃE DE DEUS E NOSSA !

       Sim, Maria de Nazaré é Mãe de Deus e nossa. Faz mais de mil e quinhentos anos que a Igreja, reunida em Éfeso, proclamou esta verdade para a alegria do povo cristão. Parece uma verdade bastante difícil de entender. Mas nem tanto... 
       Jesus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade é Deus. Encarnando-se no seio de Maria, se fez semelhante a nós em tudo – menos no pecado – e tomou corpo igual ao nosso. A partir daí, continuou sendo uma só Pessoa, porém com duas naturezas: a divina e a humana, permanecendo verdadeiro Deus, embora fazendo-se verdadeiro homem... 
       Natureza divina e natureza humana uniram-se no seio de Maria uma vez para sempre. De maneira que ela, dando à luz o Cristo-Homem, deu também à luz o Cristo-Deus. Portanto, dizer que Maria é apenas Mãe do Cristo-Homem é dizer que em Cristo há duas Pessoas. O que seria grande blasfêmia...
       Não! Cristo não é idéia nem personagem fantástica. As idéias e personagens fantásticas não precisam de “mãe” para vir ao mundo; as

 
personagens concretas, sim. E Cristo é a personagem mais concreta de toda a humanidade...
       Agora: é certo que Maria não é o maior motivo de esperança para nós: o maior é Cristo. Mas ela é também grande motivo: o “grande sinal” posto entre o céu e a terra, a nos lembrar que o Pai celeste nos ama – dando-nos nela: a Mãe de nossos sonhos, porta para Cristo entrar no mundo; e porta para a humanidade remida entrar no céu...  
IMACULADA DE TODOS NÓS
       Imaculada não é bela estátua a ser admirada em qualquer igreja ou em qualquer museu. Ela é a Mãe de Deus e nossa. E é também a primícia da nova criação, modelo da nova humanidade remida por Cristo.
       Olhando para ela, saberemos como se deve acolher o Cristo em nosso dia-a-dia; e como a vida pode se tornar serviço e oblação.
       Saberemos como precisamos nos comportar na hora em que o egoísmo humano nos fechar todas as portas e nos obrigar a refugiar-nos numa espelunca – como aconteceu com ela na hora em que deu à luz o Filho de Deus.
       Saberemos como precisamos reagir na hora em que o arbítrio e a prepotência nos despejarem de nosso pequeno reduto de chão e nos obrigarem a ficar bem no olho da rua – como aconteceu com ela, quando teve de buscar terra estrangeira, inóspita e inimiga, indiferente e prepotente.
       E saberemos como perdoar na hora em que nós ou nossos entes queridos tombarmos vítimas dos todo-poderosos – como aconteceu com ela na hora em que a injustiça humana preparou uma cruz para seu Filho, vítima inocente e imaculada.
       Olhando para ela, porém, saberemos que ainda é possível sonhar com um mundo mais humano. Pensar que nada podemos fazer, que nada podemos mudar neste mundo mal estruturado – significaria que estamos desprovidos de fé e de esperança, de coragem e de amor. Significaria que nada entendemos da mensagem da Imaculada e de todo o cristianismo. Mensagem que traz em si a certeza de que o bem vence o mal, o amor vence o ódio e a vida vence a morte. 
      É só dizer “sim” aos planos paternos de Deus – assim como fez a Imaculada de todos nós: ela que caminha à frente da nova humanidade, remida e levada pelo sangue de seu Filho Jesus, rumo ao dia eterno, prestes a raiar... 

“Espírito de Assis
ASSIS diz-nos que a violência, a guerra, intolerância cruenta e tudo o que combate a vida é o que existe de mais irracional e desumano.
ASSIS diz-nos que a vida vive onde há concórdia, colaboração, respeito mútuo.
ASSIS diz-nos que, para mudar o mundo, não bastam coligações de poder, pactos de egoísmo e exploração.
ASSIS diz-nos que somos uma fraternidade, que nos construímos e amadurecemos como pessoas mediante uma rede de relacionamentos inter-pessoais.
ASSIS diz-nos que, ou nos tornamos humanos, juntos, ou seremos lobos mais ferozes que o de Gúbbio, a nos devorarmos uns aos outros.
ASSIS diz-nos que, ou nos salvamos juntos, como povo, ou pereceremos todos nas tempestades que agitam o mundo.
ASSIS diz-nos que não é possível desinteressar-se dos outros, pensando, com isso, permanecer incólumes.
ASSIS diz-nos, enfim, que, se o mundo quer ser realmente humano, deve superar toda a espécie de egoísmo, de racismo, de divisões, e construir uma fraternidade universal.
“Comprometemo-nos a fazer nosso o brado de todos os que não se resignam à violência e ao mal, e desejamos contribuir com todos os nossos esforços para dar à humanidade do nosso tempo uma real esperança de justiça e de paz”.
fonte: http://www.franciscanos.org.br/v3/sefras/especiais/2010/culturapelapaz_2010/06.php


      ORAÇÃO DO JUBILEU DE SANTA CLARA
Altíssimo, Pai de Misericórdia, por vossa graça, iluminastes nossa Mãe Santa Clara, com o esplendor do Cristo Crucificado e Ressuscitado, seu amado Esposo, a fim de que, por uma vida vivida no amor, brilhasse como luz radiosa!Louvado sejais, meu Senhor, pelos 800 anos de encantamento recíproco, em que firmastes uma aliança de amor com o Poverello, sua Plantinha e seus seguidores. Louvado sejais, meu senhor, pelo nosso carisma, tão antigo, tão novo e tão especialmente belo, capaz de responder aos anseios mais profundos de nossa humanidade sedenta do infinito. Concedei-nos, Senhor, a audácia de um testemunho encarnado e enraizado no Santo Evangelho. Que a exemplo de tão extraordinária Mãe, possamos caminhar na liberdade, com passo ligeiro e pé seguro a via da altíssima pobreza, da jovial alegria, do silêncio fecundo, da santa unidade e da contemplação. Ajudai-nos, Senhor, a não perdermos de vista nosso ponto e partida e continuarmos com alegria e entusiasmo nosso posto de guardiãs do carisma confiado a nós. Nosso pai São Francisco e nossa mãe Santa Clara nos abençoem, como podem e mais do que podem. Amém.

 
40 anos da unificação da OFS do Brasil
1972/2012
Especial para  O Arauto do Grande Rei, da Fraternidade de Petrópolis
I
            Que se mencione inicialmente.
            A Fraternidade da Ordem Terceira do Sagrado Coração de Jesus, de Petrópolis, foi importante colaboradora, junto com as Fraternidades de Santo Antonio do Largo da Carioca e a de Ipanema, ambas do Rio de Janeiro, para a unificação da Ordem Franciscana Secular, extraordinário e definitivo avanço na reorganização das Ordens Terceiras de São Francisco de Assis em nossa Pátria.
            Foram muitos seus irmãos e irmãs que participaram desses trabalhos iniciais, difíceis. As sedes de suas Fraternidades sempre estiveram disponíveis para reuniões, encontros e assembléias. Inclusive, contribuíram financeiramente, com desprendimento, para as realizações todas e ainda para a compra de uma sede própria para o Secretariado Nacional.

            Hoje, os irmãos mais novos talvez não saibam como, anteriormente, até meados do século XX, funcionavam as Fraternidades da Ordem Terceira Franciscana.
            Elas viviam isoladas, sem comunicação umas com as outras. O Padre Diretor (um frade) é que sempre tinha a última palavra. O Discretório (hoje, Conselho) não tinha autonomia de governo. As Fraternidades dependiam dos Superiores Maiores (Provincial e Ministro Geral) de uma das Obediências da Ordem Primeira, a que estavam ligadas, a saber, Franciscanos, Conventuais ou Capuchinhos.
            Por sua vez, repete-se, as Fraternidades de cada Obediência eram independentes das demais Obediências e entre elas próprias, todas vivendo isoladamente.
            Isto teve como conseqüência para a Ordem Terceira a perda, a extinção de sua autonomia originária.

            Foi no século XX, sobretudo a partir de 1950 que, por toda parte, se foi avolumando uma reação contra a situação, em que se encontrava a Ordem Terceira Secular.
            O Congresso Internacional da OTF do Ano Santo de 1950, em Roma, recolheu em suas teses, conclusões e debates o eco do que vinha sendo reivindicado.
            Esse isolamento e dependência das Fraternidades era considerado responsável pela apatia reinante na grande massa dos terceiros, preocupados exclusivamente com sua santificação pessoal e suas devoções. De resto, permaneciam alheios ao mundo, em que viviam e que se transformava rapidamente com novas exigências sociais.

            Frei Mateus Hoepers,OFM, foi o verdadeiro Líder das transformações de nossas Fraternidades até chegarem em 1972, a esse evento de suma importância: a unificação da Ordem Franciscana Secular do Brasil.

            Mas, para quem não o conheceu, alguns informes sobre esse amável frade catarinense e ex-Provincial.
            Desde que assumiu a direção da Fraternidade de Petrópolis, em 1945, Frei Mateus se pôs a estudar os documentos relacionados com a Ordem Terceira. Procurou se informar sobre o que ocorria com essas Fraternidades. Tanto com as de sua Obediência, quanto com as dos Capuchinhos e dos Conventuais.
Frei Mateus era pessoa de um relacionamento fácil e persistente em seus propósitos.
            Depois de nomeado Comissário Provincial para a OTF, em janeiro de 1956, intensificou a respeito seu intercâmbio epistolar com outros países. Queria estar a par do que se pensava e se realizava na Itália, na Espanha, na França e na Alemanha, como na Venezuela, no Chile e nos Estados Unidos. Ele, porém, não conservava todas essas informações sobre a Ordem Terceira apenas para seu conhecimento próprio. Ao contrário, procurava divulgá-las e comentá-las em “Paz e Bem”. Assim, as estendia aos Padres Comissários e aos Terceiros. Com isso, naturalmente, passou a ser conhecido e respeitado como abalizado conhecedor da Ordem Terceira e dedicado defensor dos Terceiros e de suas legítimas aspirações.
            No Brasil, a meu ver, as raízes de nossa unificação são encontradas a partir do memorável Encontro Nacional da OFS, de julho de 1955, no Rio, na Casa de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema.
   
           A continuação dessa história prosseguirá nos próximos números, se Deus me ajudar.
                                                                                                                                                                                                                  Paulo Machado da Costa e Silva, OFS



Um fato real. Dois irmãozinhos maltrapilhos, provenientes da favela, um deles de cinco anos e o outro de dez, iam pedindo um pouco de comida pelas casas da rua que beira o morro. Estavam famintos “vai trabalhar e não amole”, ouvia-se detrás da porta; “aqui não há nada moleque…”, dizia outro…
As múltiplas tentativas frustradas entristeciam as crianças… Por fim, uma senhora muito atenta disse-lhes “Vou ver se tenho alguma coisa para vocês… coitadinhos!” E voltou com uma latinha de leite.
Que festa! Ambos se sentaram na calçada. O menorzinho disse para o de dez anos “você é mais velho, tome primeiro…” e olhava para ele com seus dentes brancos, a boca semi-aberta, mexendo a ponta da língua.
Eu, como um tolo, contemplava a cena… Se vocês vissem o mais velho olhando de lado para o pequenino! Leva a lata à boca e, fazendo gesto de beber, aperta fortemente os lábios para que por eles não penetre uma só gota de leite. Depois, estendendo a lata, diz ao irmão “Agora é sua vez. Só um pouco.” E o irmãozinho, dando um grande gole exclama “como está gostoso!”
“Agora eu”, diz o mais velho. E levando a latinha, já meio vazia, à boca, não bebe nada. “Agora você”, “Agora eu”, “Agora você”, “Agora eu”..
E, depois de três, quatro, cinco ou seis goles, o menorzinho, de cabelo encaracolado, barrigudinho, com a camisa de fora, esgota o leite todo…ele sozinho.
Esse “agora você”, “agora eu” encheram-me os olhos de lágrimas…
E então, aconteceu algo que me pareceu extraordinário. O mais velho começou a cantar, a sambar, a jogar futebol com a lata de leite. Estava radiante, o estômago vazio, mas o coração trasbordante de alegria. Pulava com a naturalidade de quem não fez nada de extraordinário, ou melhor, com a naturalidade de quem está habituado a fazer coisas extraordinárias sem dar-lhes maior importância.
Daquele moleque nós podemos aprender a grande lição, “quem dá é mais feliz do que quem recebe.” É assim que nós temos de amar. Sacrificando-nos com tal naturalidade, com tal elegância, com tal discrição, que os outros nem sequer possam agradecer-nos o serviço que nós lhe prestamos.”
Autor desconhecido

      

DESEJO A TODOS UM ANO DE 2012

ABENÇOADO E CHEIO DE PAZ

QUE CADA UM POSSA SER UM INSTRUMENTO DE PAZ.






EXORTAÇÃO DE SÃO FRANCISCO AOS IRMÃOS E IRMÃS SOBRE A PENITÊNCIA

Em nome do Senhor!

Dos que fazem penitência
Todos os que amam o Senhor, "de todo coração, de toda a alma e de toda a mente, com todas as suas forças" (Mc 12,30) e "amam o seu próximo como a si mesmos" (Mt 22,39), e odeiam o próprio corpo com seus vícios e pecados, e que recebem o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e fa­zem dignos frutos de penitência: quão felizes são estes e estas que assim agirem e perseve­rarem até o fim, porque "sobre eles repou­sará o Espírito do Senhor" (Is 11,2) e Ele fará neles sua habitação e sua "morada" (Jo 14,23), e eles são filhos do Pai celestial(Mt 5,45); cujas obras fazem e são esposos, irmãos e mães de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 12,50).
Somos esposos, quando a alma fiel está unida a Nosso Senhor Jesus Cristo pelo Espí­rito Santo.
Somos seus irmãos, quando fazemos "a vontade do Pai, que está nos céus" (Mt 1 2,50). Somos mães, quando o trazemos em nosso coração e em nosso corpo (ICor 6,20) pelo amor divino e por uma consciência pura e sin­cera; e o damos à luz pelas obras santas que, pelo exemplo, devem ser luz para os outros (Mi 5,16).
Como é honroso ter no céu um Pai santo e grandioso! Como é santo ter um tal esposo, consolador, belo e admirável! Como é santo e como é amável ter um tal irmão e um tal filho agradável, humilde, pacífico, doce, amorável e sobre todas as coisas desejável: Nosso Senhor Jesus Cristo que entregou sua vida por suas ovelhas (Jo 10,15) e por nós orou ao Pai, dizendo: "Pai santo, guarda-os em teu nome (Jo l 7,11), os que me deste no mundo; eram teus, mas tu m'os deste (Jo 17,6).
E as palavras que me deste, eu as dei a eles e as receberam e creram em verdade que saí de ti e conheceram que tu me enviaste" (Jo 17,8). Rogo por eles, "não pelo mundo" (Jo l 7,9). Abençoa-os e "santifica-os" (Jo l7,17) e "por eles eu próprio me santifico" (Jo l 7,19). "Não rogo somente por eles, mas também por quantos hão de crer em mim mediante a pa­lavra deles (Jo 1 7,20), para que sejam santi­ficados na unidade (Jo.17 ,23), como nós" (Jo 17,1 1). "Pai, quero que, onde eu estou, eles estejam comigo para que vejam a minha glória (Jo 17,24) no teu reino" (Mt 20,21). Amém.

Dos que não fazem penitência

Todos aqueles e aquelas que não vivem em espírito de penitência e não recebem o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, e praticam vícios e pecados, e cami­nham atrás da má concupiscência e dos maus desejos da sua carne e não cumprem o que prometeram ao Senhor e com seu corpo ser­vem ao mundo, aos desejos carnais, às solicitudes deste mundo e às preocupações desta vida: dominados pelo demónio, do qual são filhos e cujas obras praticam (Jo 8,41), estão cegos, porque não reconhecem a verdadeira luz, Nosso Senhor Jesus Cristo. Não possuem a sabedoria espiritual porque não têm o Filho de Deus, que é a verdadeira sabedoria do Pai; dos quais está escrito: "A sabedoria deles foi devorada" (Si 106,27) e: "Malditos os que se afastam dos teus mandamentos" (SI 118,21).
Percebem e reconhecem, têm consciência e praticam o mal e perdem deliberadamente suas almas. Reparai, ó cegos, iludidos por vos­sos inimigos: pela carne, pelo mundo e pelo demónio; porque é agradável ao corpo prati­car o pecado, e amargo fazê-la servir a Deus, porque todos os vícios e pecados "saem do coração do homem e de lá procedem", como diz o Senhor no Evangelho (Mc 7,21).
E nada tendes de bom neste mundo, nem no futuro. E julgais possuir por longo tempo as coisas deste mundo, mas estais engana­dos, porque virá o dia e a hora na qual não pensais, que desconheceis e ignorais. O cor-pó adoece, a morte se avizinha e assim o homem morre de uma morte infeliz. E onde, quando e de tal modo como venha a morrer um homem em pecado mortal, sem penitên­cia e reparação - e ele pôde fazer penitência mas não a fez - o demônio lhe arranca a alma do corpo sob tal angústia e medo, que nin­guém é capaz de conhecer, senão aquele pró­prio que o experimenta. E ser-lhes-ão tirados (cf. Lc 8,1 8; Mc 4,25) todos os talentos e os poderes e a ciência e a sabedoria (2Cr 1,12) que julgavam possuir. E deixam os seus bens aos parentes e aos amigos e depois que es­tes se apoderam deles e os distribuíram en­tre si, disseram: Maldita seja a sua alma, porque pôde ter dado e ganho mais para nós do que aquilo que conseguiu. O corpo, co­mem-no os vermes e assim eles perderam o corpo e a alma neste mundo passageiro, e irão para o inferno, onde serão atormenta­dos para sempre.
Ao conhecimento de todos quantos che­gar esta carta, rogamos, por aquele amor que é Deus (Uo 4,16), que recebam benignamen­te estas palavras odoríferas de Nosso SenhorJesus Cristo. E os que não sabem ler, façam-nas ler muitas vezes; e guardem-nas na me­mória, pondo-as santamente em prática até o fim, pois elas são "espírito e vida" (Jo 6,63). E os que não o fizerem, terão de prestar "con­tas no dia do juizo" (Mt l 2,36), "perante o tribunal" de Nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 14,10).
                                                                   Esser K., Opúsculo S. Patris Francisci.
                                                                  Editiones Collegii S. Bonaventurae, Ad Claras
                                                                  Aquas, Grottaferrata, 1978, pp. 108-112.-


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