sexta-feira, 20 de julho de 2012

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 07 DE JULHO DE 2012

INFORMATIVO

Ano IV  -  JULHO DE 2012 -  Nº  02

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

       III. A luz nas trevas
                                                    (Continuação)

            Uma multidão estacionava na praça, quando Luquésio aí chegou. Ele viu um homem suspender a filhinha, dizendo-lhe: "Ecco il santo! Eis o santo!" Ele o olha, insinua-se, aproxima-se: de pé sobre um marco, um homenzinho desprezível, andra­joso, descalço, com uma corda na cintu­ra, olhava o povo com olhos profundamente negros, desprendendo de seu semblan­te descarnado um sorriso angélico. Luquésio persuadiu-se de estar vendo uma es­tátua viva da renúncia e do amor. Já es­tava conquistado.
Junto do marco estava um outro frade. Começaram a cantar:
"Temei e honrai a Deus, diziam eles, lou­vai e exaltai a Deus!
"Agradecei ao Senhor e convertei-vos: porque é preciso que saibais que morrereis dentro em pouco!
"Dai, e vos será dado. Perdoai e sereis perdoados!
"Perseverai nas boas obras: bem-aventurados os que morrem convertidos, por­que irão para o reino dos céus!"
           Em seguida Francisco falou. Ele tinha a voz clara como a de uma criança. Di­zia coisas muito simples, mas admiravel­mente penetrantes, porque o seu todo ex­primia mais do que a sua voz: só de vê-lo vinham .lágrimas aos olhos. Oh! não eram sermões estudados que ele vinha pre­gar: sabia-se de que profundeza e de que heroísmo saía cada uma de suas palavras.
"Irmãos, dizia com sua voz melodiosa, a vida é curta e o juízo se aproxima: pro­curai, pois, o reino de Deus e fazei peni­tência. Ah, irmãos, desprezai o mundo, não façais caso do dinheiro: são eles que afastam de Deus, tornando-vos infelizes. Te­mei de vos apegardes às coisas passagei­ras; porque neste mundo nada mais somos do que romeiros e peregrinos. Dai aos po­bres em vez de amontoar; gostai de ser pobres por amor a Jesus Cristo e Ele vos restituirá a alegria: onde existe a pobreza de espírito, não há desejos e nem sofri­mentos; onde há compaixão e caridade, não há bens supérfluos nem dureza de co­ração; onde estão o amor e a sabedoria, não há nem temores nem ilusões. Andem de cabeça baixa os que pertencerem ao demônio. Quanto a nós, devemos nos re­gozijar no Senhor!"
Meu Deus! como estas palavras pe­netraram no coração de Luquésio! Pa­recia-lhe que Francisco falava exclusiva­mente para ele, como se adivinhasse sua presença e sua angústia. Era exatamente a água da qual ele tinha sede: palavras de verdade pura e simples. Chorou e já quase de alegria. Sentia que ia se li­bertar.
Outros choravam também e batiam no peito: o pobrezinho falava agora ao povo de São Geminiano sobre a paz, a doçura, o perdão e a concórdia. Mostrava-lhe Cris­to na cruz... E sua voz tomou, então, tal expressão que quando ele acabou viram que os dois inimigos mais encarniçados da cidade apertavam-se as mãos e abraçaram-se. E Luquésio sentiu que Deus estava com Francisco. Sim, era mais do que um ho­mem que havia falado: jamais uma cria­tura teria operado estes milagres.
          Tendo agradecido ao Senhor e conver­sado com os que o abordaram, Francisco pediu um pedaço de pão pelo amor de Deus, depois se retirou; e Luquésio o viu entrar no presbitério com seu companheiro. Pe­diu para falar-lhe.
Deus! como lhe parecia franzino o po­brezinho olhado assim de perto! E como era humilde e simples! E com uma fran­queza e cordialidade encantadoras, com os olhos repletos de alegrias celestes: Luqué­sio julgou estar diante de um anjo. Sen­tiu que faria tudo que este homem lhe dissesse.
Expôs-lhe sua vida, seu pecado, a per­turbação de sua alma. E Francisco, ten­do-o ouvido, disse-lhe: — Irmão, o Senhor te fez uma grande graça, abrindo-te os olhos, e a ela deves fielmente correspon­der. Restitui esses bens: porque se aque­les que possuímos honestamente nos são tão malfazejos, quanto mais os que adqui­rimos com injustiças!
— Sim... E quando eu tiver feito is­to, Deus me restituirá a paz?
—  Oh! irmão, repeliu   ele,   porventura, o   filho  pródigo? Olha-o  crucificado  por ti! É ele quem te fala, não sou eu; escu­ta-o e vê ao que ele te convida: "Se que­res ser perfeito, vai, vende teus bens, dá seu valor aos pobres:  segue-me então, e terás um tesouro no Céu". Não queres tu, pois, segui-lo e partilhar das alegrias dos santos?
—   Oh,   sim,   irmão  Francisco,   sim!... Agradecido, agradecido... Rezai por mim.
E caiu soluçando nos braços de Fran­cisco.
Voltou para casa, levando uma paz ma­ravilhosa no coração.

IV. Discórdia em casa e acontecimentos que se seguiram

Logo no dia seguinte, pegou dos livros, fechou suas contas, pôs em liquidação seu estabelecimento e bateu-se para a casa do notário, a fim de verificar seus bens e pôr à venda suas terras e suas fazendas.
—  Bona, disse ele a sua mulher, vou abandonar os negócios.
—  Ah, exclamou Bona com uma certa alegria e sem enfado por ver que ele que­ria repousar: assim desse modo ela pode­ria gozar do seu marido e do bem-estar adquirido.
Mas, à medida que o dinheiro entrava, Luquésio ia procurar aqueles que sabia terem sofrido com suas transações e res­tituía-lhes o dobro do que tinham perdido.
—  Que fazes? perguntava Bona, estupefata e aflita.
—  Cumpro o meu dever, respondia-lhe com uma calma sem réplica.

Continua no informativo – Ano IV -            AGOSTO DE 2012  -  Nº  03

                                                                                         .X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JULHO

l —  S. Teodorico Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de Werten, 1ª Ordem,  mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel, Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco  Fogolla, 1ª Ordem, mártir  da  China.
6 — B. Antonino Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel Ruiz  1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório Grassi, 1ª Ordem, mártir da China. 
9 — S.Nicolau Pick, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª Ordem, mártir.
12 — S. João Jones, 1ª Ordem, mártir.
13 — B. Angelina  de   Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S. Francisco   Solano,  1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO  DE S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena Postel,  3ª Ordem.
18 — B. Simão de Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor  Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria Alberca e Torres, 1ª Ordem, mártir.
21 — S. Lourenço de Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes, Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de  Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B. Arcângelo   de   Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria  Madalena  Martinengo, 2ª Ordem.
28 — B. Matia de Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo  Mandic, 1ª Ordem.
31  —B. Pedro Soler, 1ª Ordem, mártir.                                       

Nenhum comentário:

Postar um comentário