segunda-feira, 15 de outubro de 2012

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 06 DE OUTUBRO DE 2012 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  OUTUBRO DE 2012 -  Nº  05

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA 

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

                         (Continuação) 

   V.  A Ordem Terceira

Quando uma alma se dá a Deus sinceramente  é natural que almeje a vida religiosa.  Menosprezada do mundo, que se tornou vil para ela, aí permanece deslocada e sente necessidade de abandoná-lo: volta-se então para o claustro. Reconhece, por uma espécie de instinto sobrenatural, que aí, nessa tranquila solidão, no abandono completo em Deus, na oração contínua e numa vida metódica para o aperfeiçoamento do amor, este poderá se dilatar à vontade e encontrar o alimento que lhe é necessário.
Luquésio e Bona, desapegados da terra, deviam experimentar esse desejo. Ouviam falar da vida admirável que levavam os discípulos de Francisco e os invejavam. Ah, ser como eles desembaraçados de todas as coisas e viver na simplicidade perfeita da obediência e da pobreza! Mas, ah! eram casados e não se desmancha o laço que deu a Santa Igreja. A questão lhes parecia, pois, insolúvel.
Bona dava muitas vezes solução aos seus casos, mas, ao primeiro exame, as razões pareciam-lhe fantásticas e irrealizáveis.
— Que pena, não podermos entrar juntos num mosteiro!
           — Pensas nisto? respondia Luquésio sorrindo. Seria preciso, então, que nos retirássemos cada um para seu lado; eu iria com os irmãos e tu para a casa das Senhoras Clarissas.
— Então não nos veríamos mais? exclamava Bona. Oh, não, Luquésio, amo-te demais para isso. Depois, vê bem, preciso de ti para continuar a servir ao Senhor: o ver-te tão bom, tão desprendido, tão piedoso é uma força para mim.
A força de Luquésio era Francisco.  Quando pensava nele, sentia-se elevado acima de si mesmo e seu fervor aumentava de intensidade. Seu método de ascese era o de se esforçar para se assemelhar a Francisco. Falava dele constantemente a Bona e esta dava tudo para ver também o pobrezinho. Quanto a Luqué­sio, gostaria imensamente de tornar a falar-lhe e expor-lhe suas dúvidas. Mas diziam que ele tinha partido para o Orien­te com o rei Luís, a fim de ensinar a fé aos infiéis.
Ora, anos depois de sua conversão, eles souberam que Francisco voltara do Egito e que passava novamente pela Toscana. Era em 1221. Luquésio desta vez não teve de ir ao seu encontro, porque o irmão Francisco se deteve em Poggi-Bonzi.
O santo lhe pareceu tal como o havia visto em São Geminiano; apenas mais magro e mais seráfico. Desta vez foi com Bona que ele o ouviu pregar a palavra da verdade. Em seguida visitou-o, apresentando-lhe a esposa.
—  Irmão Francisco, disse Luquésio, nós temos muita vontade de partilhar do vosso gênero  de vida.  Mas  somos   casados: devemo-nos separar?
—  Absolutamente, respondeu Francisco, permanecei juntos; pois juntos é que aprendestes a servir ao Senhor.
—  Nesse caso, podeis indicar-nos a maneira de, mesmo casados,  podermos santificar-nos como os que vivem convosco?
Francisco observou-os com amor. Ele acabava de resolver com o cardeal Hugolino, em Florença, as bases da regra da Ordem III.
—  Precisamente, respondeu ele, há algum tempo já que penso em fundar uma terceira ordem, na qual os casados e os retidos no mundo poderão servir a Deus com perfeição.  Muitos  outros, impedidos de entrar na primeira ordem ou na segunda, me fizeram o  mesmo pedido  que vós. Podereis, portanto, ser os primeiros alistados na ordem: dessa maneira, ficando no mundo não pertencereis mais a ele...
—  Sim, sim, é justamente isto!  interrompeu Bona, radiante.
—  Pois o importante, notai bem, prosseguiu Francisco, não é o lugar, mas o coração  santificar-se é amar a Deus e servi-lo com  pureza,  abnegação  e amor;   e isto se pode fazer em toda parte e em todos os estados; pois o Senhor ordenou a todos que levassem uma vida perfeita. Mas como não é bom que os homens fiquem isolados para praticar o bem, quero reuni-los em fraternidades, sob a obediência de um diretor, e dar-lhes uma regra, a fim de se animarem mutuamente e  firmes perseverarem nos seus santos  propósitos:  participarão, assim, das vantagens da vida   religiosa, sem abandonarem as suas funções seculares. — E passou a expor-lhes a norma de vida que havia imaginado para esta nova ordem.
—  É uma grande graça e com felicidade minha   mulher e eu seremos  vossos primeiros recrutas.
No dia seguinte Francisco anunciou publicamente seu plano de restauração no mundo, a vida cristã perfeita; e grande número de homens e de mulheres apresentaram-se como adeptos.
           Luquésio tinha grande parte nesse sucesso; pois se a princípio tinham zombado dele, o contrário não se tardou a verificar  Sua piedade, seu desinteresse, sobretudo sua caridade lhe haviam conquistado a estima e em seguida a admiração do povo de Poggi-Bonzi, senão de todos, pelo menos dos melhores. Invejavam agora sua virtude, como invejaram outrora  a sua fortuna. E muitos estavam prontos a seguir suas pegadas. A força onipotente do exemplo havia-os conquistado. A presença do pobrezinho fez o resto.
Francisco reuniu-os numa capela que lhe havia sido dada, expôs-lhes a regra e, depois de algumas reuniões, quando os julgou suficientemente preparados, diante de uma assistência comovida até às lágrimas, revestiu-os com um hábito cinzento  levando uma corda à cintura. A primeira fraternidade da Ordem da Peni­tência estava fundada.

Continua no informativo – Ano IV -            NOVEMBRO DE 2012  -  Nº  06


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE OUTUBRO

1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada,  3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO  DE   S. FRANCISCO  DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho  Gomez,  3ª Ordem, mártir no Japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos, Miguel, Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires
         do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Francisco e Domingos, 3ª Ordem,  mártires do
           Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre  de  Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem. 
20 —  B. Contardo Ferrini, 3ª Ordem.  
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina  Leroux,   2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
26 — B. Boaventura   de   Potenza,  1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B. Cristóvão   de   Romagna,  1ª Ordem. 

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