sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 03 DE NOVEMBRO DE 2012 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


INFORMATIVO

Ano IV  -  NOVEMBRO DE 2012 -  Nº  06

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

O BEM-AVENTURADO LUQUÉSIO

   V.  A Ordem Terceira
                              
                                            (continuação)

A vida pura e fervorosa das primeiras comunidades cristãs reflorecia no mundo.
Era evidentemente isto que são Fran­cisco tinha querido para esta terceira or­dem e para as duas anteriores: fazer vi­ver o Evangelho integralmente, como fizeram os primeiros cristãos, na penitência  oração e amor recíproco, restauran­do esta vida perfeita, tipo da vida religiosa, em que se inspiraram em seguida as constituições monásticas. Todas as observâncias da regra tendiam a este fim.
Os irmãos da Ordem III eram peniten­tes: deviam abster-se de banquetes, espetáculos e danças e distribuir com os po­bres suas rendas supérfluas; traziam um hábito de fazenda grosseira (no valor de seis soldos a vara, para os homens, e de doze, para as mulheres, rezava a l.a re­gra) e tinham numerosos dias de jejum e de abstinência.
           Eram homens de oração, recitavam as horas canônicas, comungavam frequente­mente e entretinham em si a chama do fervor por uma oração contínua, "dirigi­da dia e noite a Deus". Suas reuniões mensais compreendiam a Missa, a prédica  o ofício divino e a oração privada. Praticavam a caridade e sua irmã, a paz; deviam pôr termo a qualquer inimizade, restituir os bens mal adquiridos, dar es­molas, visitar os doentes e fazer depósito na caixa comum.

Mas, acima destas prescrições, estava em primeiro lugar um espírito que circu­lava em todas as fraternidades e infun­dia-lhes uma vida prodigiosa: o espírito mesmo do pobrezinho e  em todos os corações  o desejo resoluto e ardente de pau­tar sua vida pela dele. Os terciários eram, sem dúvida, religiosos no mundo e como tais se consideravam. Foi esta sua força.
Apenas fundada, a fraternidade de Poggi-Bonzi se tornou o centro religioso da cidade e um fermento ativo de regenera­ção cristã. A ação deste núcleo de verda­deiros cristãos, sòlidamente agrupados en­tre si, bastou para transformar a cidadezinha. Ao cabo de pouco tempo, ela não se reconhecia mais. Uma piedade verda­deira e profunda ganhou os corações, os bons costumes reinavam em toda parte, os pobres eram socorridos com uma ca­ridade tocante, os negócios realiza-dos com escrúpulo e a moral comercial se encontra­va de acordo com a moral cristã, as dissensões de classes e de famílias se haviam extinguido: por toda parte reinava a paz e uma santa alegria no amor mútuo e no amor de Cristo.
E Luquésio, pioneiro deste magnífico reerguimento, dava a todos o exemplo des­ta vida cristã integral e das mais admirá­veis virtudes.

VI.  Religiosos no inundo.

Luquésio viveu, desde então, com Bona, em pobreza extrema. Serem religiosos, vi­verem como o irmão Francisco, não per­tencerem mais ao mundo, como ele lhes havia ensinado, era seu pensamento do­minante. Os religiosos nada possuem e Francisco era esfomeado de pobreza: Lu­quésio alienou o que lhe restava dos seus bens, reservando para si um terrenozinho que ele mesmo cultivava e cujos resulta­dos dividia com os necessitados. Bonadona, por sua vez, o incitava a isto; a pobre­za tornou-se o seu alvo, a sua alegria e o seu tesouro.
O senado de Poggi-Bonzi, cheio de re­conhecimento para com Francisco, pediu-lhe que estabelecesse uma comunidade de Frades na cidade e o autorizou a construir um convento sobre a montanha, onde se erguiam as ruínas de uma fortaleza des­moronada.
Luquésio ficou radiante e ofereceu seus serviços aos Frades, para ajudá-los na construção. Entregou-se com ardor ao trabalho, arrancando pedras da antiga for­taleza e transportando-as para junto da obra. Confundia-se com os operários, que­brava o rebouco com eles no estaleiro e os tratava com camaradagem: esta simplici­dade do senhor Luquesio, no ofício de ser­vente, conseguiu mais para a aproximação social, do que vários discursos e a políti­ca. Quanto a ele, experimentava naquele humilde labor e em tamanha fraternida­de uma alegria que jamais experimentara na sua vida faustosa.
Quando os religiosos se instalaram, ele deu um assalto entre os irmãos da pri­meira e da terceira ordem, mas um as­salto à sua pobreza, às orações e às boas obras.
— Nós devemos, dizia Luquesio a sua mulher, organizar também o nosso con­vento: será a nossa casa.
Os franciscanos distribuíam à porta pão e sopa aos pobres: Luquesio fez o mesmo. Mas como no seu convento não havia clausura, ele fazia os pobres comerem à sua mesa, reservando-lhes o que havia de melhor, bastando para si um pouco de pão. Seus irmãos terciários, tocados por este exemplo, davam-lhe generosamente.
            Começou, depois, a abrigar em sua casa os pobres e enfermos e, com sua mulher, prodigalizava-lhes os cuidados necessários. Descobriram, então, que as falsas necessidades haviam desaparecido e que na sua casa, que era muito ampla, havia muitos lugares desocupados: transfor­mou-os imediatamente em asilo, hospício e em hospital. Chamavam-na, na cidade, "o alburgue dos pobres".
O quarto de Luquésio estava sempre dis­ponível, pois ele tinha o hábito de dor­mir nos corredores ou mesmo fora de ca­sa, no chão. Experimentava uma estra­nha e intensa alegria em agasalhar no seu macio leito um infeliz ou em velar um enfermo a noite inteira. Recordava-se, en­tão, das palavras do Mestre: "O que fi­zer-des ao mais humilde dos meus, é a mim mesmo que o fareis", e, na verdade, pare­cia-lhe cuidar de Jesus Cristo e era isto para ele uma coisa deliciosa, desfazendo-se para com seus pobres, considerados sa­grados, em atenções e delicadezas; quan­do lhes falava, era com compaixão, mais do que isso, com amor.

Continua no informativo – Ano IV -            DEZEMBRO DE 2012  -  Nº  07


SANTOS FRANCISCANOS

MES DE NOVEMBRO

1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
        B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUN­TOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon, 3ª Ordem, mártires do Japão  
6 — B. Paulo  de   S. Clara,  1ª Ordem,  mártir  no  Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto  — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato   de   Rodez, 1ª Ordem,  mártir 
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21  — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA

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