INFORMATIVO
Ano IV - MAIO
DE 2013 - Nº 12
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
Continuação
Ó MORTE, ONDE TUA VITÓRIA?
Partira, pois, o
duque Luís com um esplêndido séquito de duzentos cavaleiros. Luís foi reunir-se
em Brindisi ao Imperador Frederico que ali acampava com perto de sessenta mil
homens.
Luis foi recebido com
grandes honras, apesar de ser um dos príncipes mais moços. E o imperador
fez-se acompanhar por ele à ilha de Santo André, onde se realizaria uma grande
assembleia.
Entretanto no seio
das tropas, vindas de regiões desacostumadas com o verão italiano, desenvolvia-se
uma doença contagiosa. Já na ilha de Santo André Luis sentiu em si os
primeiros sintomas da moléstia.
Obrigado a deixar as
tropas recolheu-se ao seu navio. Sentindo que estava para morrer mandou chamar
o patriarca de Jerusalém com o qual se confessou. Feito o seu testamento
recebeu a santa unção e o viático na presença dos cavaleiros e de seus
soldados, edificando a todos com sua devoção fervorosa.
Sua vida Luis já a
tinha sacrificado a Deus ao tomar a Cruz dos cruzados.
Convicto de estar perto a sua morte, Luis
encarregou uns cavaleiros de anunciar sua morte à sua família e entregar à
esposa o anel com o Cordeiro de Deus, como ao partir lhe havia prometido.
POBRE CORAÇÃO
Os cavaleiros que o duque havia encarregado de irem à
Turíngia anunciar sua morte, partiram imediatamente. Chegaram quando Isabel
acabava de dar à luz o
terceiro filhinho. Mas a infausta notícia
não lhe foi comunicada.
Porém, passado o
tempo de resguardo, foi mister participar-lhe a desgraça com que Deus a ferira.
E a duquesa-mãe foi
quem quis desempenhar esta dolorosa missão, entregando-lhe o anel. "Minha
filha, resigna-te e recebe este anel que ele te mandou, pois infelizmente
morreu".
Ao ouvir estas palavras Isabel
deixando cair os braços sobre os joelhos e juntando as mãos, disse em voz
sufocada: "Ah, meu Deus! meu Deus, eis que o mundo inteiro está morto para
mim; o mundo e tudo que tem de bom".
A VIÚVA
A morte do esposo fez
de Isabel o modelo da viúva cristã, elevada à sua mais alta potência, cada vez
mais desprendida de si mesma, e chegando a um grau de abnegação e de
mortificação que somente; aos olhos da fé tem um valor inefável.
Isabel tinha um
filhinho de cinco anos de idade, de nome Hermann, que seria o único sucessor
legítimo de seu pai, e portanto herdando o governo do ducado.
Porém o demônio teceu
a maior rede de infâmias e calúnias contra Isabel. Ela sem defensor algum na
própria família, foi despojada de tudo o que possuía, e o seu maior inimigo, o
duque Henrique, ordenou que se retirasse imediatamente do castelo.
Admirada de tais
insultos e de tal mensagem, ela somente pôde suplicar que lhe concedesse
alguma demora.
Sua sogra, a duquesa-mãe,
indignada com tamanha insolência, apertou Isabel ao coração, não permitindo que dela
se afastassem a nora e os netinhos.
Mas de nada valeram seus rogos, e cheia de ira e de
vergonha, resignou-se a deixar partir seus entes tão queridos. As portas do
castelo, onde Santa Isabel tanto tempo vivera, cerraram-se atrás dela. As duas
amigas estavam separadas!
AFLIÇÃO, MISÉRIA
Expulsa do castelo,
sua segunda pátria, a viúva abandonada e filha de reis, achava-se fora das muralhas do castelo e as portas lhe
ficavam trancadas.
Com o coração
sangrando, pois ainda não estava cicatrizada a ferida que lhe causara a morte
do esposo, tivera um tratamento ignominioso e escandaloso, como talvez nunca
fora tratada outra princesa; acresceu a isso o aspecto das três criancinhas
que tiritavam e choravam de frio. Ela mesma carregava nos braços o menino que,
havia pouco, dera à luz; as outras duas eram levadas pelas servas que a
seguiam.
Tomou o caminho
áspero e escarpado que conduzia à cidade. E como Nossa Senhora em Belém, foi
rejeitada, pois, por ordem do duque Henri-que, quem acolhesse a princesa e os
filhos, cairia em todo o seu desagrado.
O receio de
arruinar-se, a si e suas famílias, pode ser que haja impedido os habitantes
da cidade de favorecerem Isabel.
Ao ver os próprios súditos, a quem tanto amava e favorecera,
e que tão mal lhe pagavam, assemelhara-se ao próprio Salvador, de quem está
escrito: "Veio para o que era seu e os seus não o receberam. (João I, 2),
O ROUXINOL DE CRISTO
Chegou, enfim, a
pobre família a uma mesquinha taverna, cujo dono não podendo ou querendo despedi-la, deu-lhe por abrigo, apenas por aquela
noite, um casebre onde guardava os utensílios da cozinha e onde dormiam os
porcos.
Mandou retirar os
animais, a fim de dar lugar à duquesa de Turíngia, a princesa real da Hungria.
Tendo se lamentado quando
tudo lhe tiraram, num momento de desespero havia dito: "Só me resta orar
a Deus"!
Mas este grau de
humilhação lhe trouxe, subitamente,
a calma de espírito, apenas achou-se neste lugar imundo. As lágrimas secaram e
um consolo imenso lhe encheu a alma: o consolo admirável do Espírito Santo.
Sem poder conciliar o
sono, e ouvindo o si-no da Igreja de São Francisco, o mosteiro que ela, em
vida do esposo, havia fundado, foi até lá e assistiu ao ofício divino: as
Matinas.
E suplicou aos
franciscanos que cantassem, o Te Deum, em ação de graças pelas grandes tribulações
que Deus lhe havia enviado. O cântico foi executado pelos frades, e certamente
agradou a Deus como lhe agradam os cânticos dos anjos.
Continua no informativo – Ano V - JUNHO DE 2013 -
Nº 01
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE MAIO
1 — B. Juliano de Istria,
1ª Ordem
2 — B. Vivaldo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
3 — B. Petronila de Troyes, 2ª Ordem.
4 — B. Ladislau de Gielnow, 1ª Ordem.
5 — B. Benvenuto de Recanati, 1ª Ordem.
6 — B. Bartolomeu de Montepulciano, 1ª Ordem
7 — B. Maria de Santa Natália, 3ª Ordem Regular,
mártir da China
8 — IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA
9 — S. Catarina de Bolonha, 2ª Ordem.
10 — B. Félix de Nicósia, 1ª Ordem.
11 — S. Inácio de Laconi, 1ª Ordem.
12 — B. João de Cetina, 1ª Ordem, mártir
13 — B. Pedro de Duenas,
1ª Ordem, mártir
14 — B. Crispim de Viterbo, 1ª Ordem.
15 —
B. Humiliana Cerchi, 3ª Ordem.
16 — S. Margarida
de Cortona, 3ª Ordem.
17 — S. Pascoal de Bailão, 1ª Ordem.
18 — S. Félix de Cantalício, 1ª Ordem.
19 — S. Teófilo da Corte
20 — S. Bernardino de Sena, 1ª Ordem.
21 — S. Ivo de Bretanha, 3ª Ordem.
22 — B. João Forest, 1ª Ordem, mártir
23 — B. João de Prado, 1ª Ordem, mártir
24 — DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE S. FRANCISCO
EM ASSIS
25 —B. Gerardo de
Vilamagna, 3ª Ordem.
26 — B. Estêvão de
Narbona, 1ª Ordem, mártir
27 — B. Raimundo de Carbona, 1ª Ordem, Mártir
28 — S. Maria Ana de Jesus Paredes, 3ª Ordem
29 — B. Herculano de Piegaro, 1ª Ordem.
30 — B. Camila Baptista Varano, 2ª Ordem.
31— S. Fernando III,Rei de
Castela, 3ª Ordem
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