INFORMATIVO
Ano V - SETEMBRO
DE 2013 - Nº 04
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ISABEL
DE HUNGRIA
Continuação
AMOR DE
ALÉM-TÚMULO
A notícia da chegada dos cruzados, com os restos
mortais do querido Landgrave, tinha abalado profundamente todo o país. Ricos,
pobres, burgueses, aldeões, homens e mulheres, prestaram-lhe as últimas homenagens.
Bertoldo, testemunha ocular, diz a respeito:
"Quando os monges do mosteiro foram ao encontro do cadáver, deviam entoar
cânticos, mas em vez de cantar,
choraram; perderam toda a consolação".
Luís fora um governante cheio de bondade e justiça. Durante os dez anos do seu
governo. o país prosperara, os burgueses
e camponeses viviam em paz e segurança
e podiam dedicar-se aos seus trabalhos, ao passo que antes e depois, foram
vexados por guerras, violências e desordens.
Em vez de explorar o povo, como sucede em outros
países, Luís e sua esposa Isabel, cuidavam, em época de fome, de mitigar a
miséria dos necessitados.
Estes benefícios valeram ao piedoso duque o nome
de Luís, o Pacífico, na vida. E depois da morte, Luís, o Santo, pelo qual é
conhecido na história e justificado por um sem-número de curas milagrosas que
se realizaram em seu tú-mulo e por sua intercessão.
IMPACTO DA VERDADE
Terminada a cerimônia fúnebre e depositado
dignamente o corpo de Luís, tendo-se espalhado o povo, os cruzados recordaram-se
da solene promessa que em Bamberg haviam feito ao Bispo e à duquesa Isabel.
Rodolfo de Vargilla, um dos cruzados, não teve a
felicidade de contribuir para a tomada de Jerusalém; em compensação, porém, conquistou uma fortaleza bem defendida: a alma de um príncipe
obcecado, o cunhado que desejava reconciliar-se com Isabel e a todo custo
fazer-lhe justiça.
Porém, a Santa,
mostrou-se tão pouco exigente, em suas pretensões! Apenas disse:
"Não quero nem seus castelos, nem
suas cidades, nem suas terras, nem coisa alguma que me possa embaraçar ou
distrair, pois estes bens mundanos podem ser uma fonte de vaidade e tornarem a
alma inerte ao serviço de Deus. Mas ficarei sumamente grata ao meu cunhado, se
do meu dote me der quanto me baste para sufragar, como desejo, a alma do meu
amado esposo e a minha própria".
E assim o cunhado Henrique, seu irmão
e a duquesa Sofia uniram suas lágrimas às de Isabel, e os valentes guerreiros também não puderam
reter as suas, à vista desse tocante espetáculo.
O espírito bemaventurado de Luís e os Anjos
dos céus, com certeza, comprazeram-se em ver essas lágrimas, como um belo
arco-íris, após longa e escura tempestade.
RENUNCIANDO AO MUNDO
O Bispo, os cruzados e os landgraves fizeram um ajuste,
segundo o qual Isabel e os filhos, voltariam para Wartburgo, donde
haviam sido expulsos tão indignamente.
Também os direitos dos meninos foram
ressalvados, O seu primogênito, o jovem Henrique, teve resguardado o direito
legítimo aos ducados da Thuringia e Hesse.
Mas Isabel, sentia que a vida mundana
que, por obrigação de sua condição social lhe havia sido imposta, não lhe convinha. Custava-lhe
viver no mundo.
Quem progride e cresce na vida cristã,
chegará um dia, ao ponto de sentir-se impelido a mudar, também exteriormente,
no modo de viver.
E Isabel não quis retirar-se do mundo pela
morte, mas pela renúncia a ele e a seus prazeres.
DESCENDO, CAMINHANDO
E SUBINDO
Como diretor espiritual, Isabel
escolheu o homem mais rigoroso que pôde encontrar: o mestre Conrado de Marburgo,
sacerdote prudente e piedoso, que deu à vida de Isabel como lema de vida, a
palavra que o Divino Mestre dirigiu aos apóstolos: "Quem vos ouve, a mim
ouve" —
Assim procedeu também Isabel.
O único desejo de seu coração era tornar-se
perfeita e santa o mais possível.
Depois de ter, maduramente, refletido
sobre todos os gêneros de vida que podiam ser do agrado de Deus, hesitava entre
três, principalmente, que teria sido disposta a abraçar: ser religiosa
franciscana, deixar tudo e fazer-se ermitôa ou afinal, ir de porta em porta,
mendigar o sustento. Deu parte de sua resolução ao mestre Conrado e pediu-lhe
com muita humildade, o seu consentimento.
Porém Mestre Conrado repeliu a idéia
de Isabel.
Não podendo vencer a resistência do
confessor, ela recorreu a outros
expedientes, a fim de satisfazer o ardor do zelo que a devorava.
Após um ano no seio da família, Isabel
suplicou ao duque Henrique que lhe desse uma residência, na qual pudesse
entregar-se de todo a Deus e fazer livremente suas obras pias e caridosas.
Foi-lhe, então, cedida a vila de
Marburgo onde não encontrou casa alguma onde pudesse residir a sós com os seus.
Retirou-se, para uma pequena aldeia
chamada Wehrda. E ali não achou senão uma choupana abandonada e arrumada para
lhe servir de habitação. Para abrigar-se, encolhia-se sob a escada, tapando
com ramos verdes as frestas por onde penetrava o vento e a chuva.
Como o Salvador, por
nosso amor, deixou a magnificiência do céu e veio residir na estrebaria de
Belém, assim sua serva obediente e dócil quis imitá-lo, embora de longe,
desprezando a vida da corte e vivendo na extrema pobreza.
Continua no informativo – Ano V - OUTUBRO DE 2013 -
Nº 05
.X.X.X.X.X.X.X.
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE SETEMBRO
1 — B. João
Francisco Burté, 1ª Ordem, mártir
2 — B.
Severino Jorge Girault,3ª Ordem, Mártir
3 — B. Apolinário de Posat, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Rosa de Viterbo, 3ª Ordem.
5 — B. Gentil
de Matelica, 1ª Ordem, mártir.
6 — B. Liberato de Loro
Piceno, 1ª Ordem.
7 — B. Peregrino de Falerone, 1ª Ordem.
8 — B. Serafina Sforza, 2ª Ordem.
9 — B. Jerônimo Torres,1ª Ordem, mártir no Japão
10 — B. Apolinário
Franco, 1ª Ordem, mártir no Japão.
11 — B. Boaventura de
Barcelona, 1ª Ordem.
12 — B. Francisco de Calderola, 1ª Ordem.
13 — B. Gabriel da Madalena, 1 ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Ludovico
Sasanda, 1ª Ordem, mártir no Japão.
15 — B. Antonio de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
16 — B. Antonio de S.Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
17 — ESTIGMAS DE S. FRANCISCO DE ASSIS
(1224)
18 — S. José de Cupertino, 1ª Ordem.
19 — B. Francisco de Santa Maria, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
20 — S. Francisco Maria de Camporosso,1ª Ordem
21 — B. Delfina de
Glandeves, 3ª Ordem.
22 — B. Inácio de Santhiá, 1ª Ordem.
23 — BB. Francisco
Hubyoe, Caio liyemon, Tomás
linemon, Leão Satzuma
e Luís
Matzuo,
3ª Ordem, mártires no Japão.
24 — S. Pacífico de S. Severino, 1ª Ordem.
25 — B. Lúcia
de Caltagirone, 3ª Ordem.
26 — S. Elzeário de Sabran, 3ª Ordem.
27 — B. Luís Guanela, 3ª Ordem.
28 — B. Bernardino de Feltro, 1ª Ordem.
29 — B. João Dukla, 1ª Ordem.
30 — B. Félix Meda de Milão, 2ª Ordem
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