BOLETIM
INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2014
A NOVA PRESIDÊNCIA DO CIOFS
Tibor Kauser (Hungria, 55 anos), é o
novo Ministro Geral da OFS, após o Capítulo Eletivo realizado hoje em Assis
(Itália), onde o resto da Presidência do Conselho Internacional da OFS para os
próximos seis anos, também foi escolhido (2014-2020).
Tibor, eleito no primeiro escrutínio, foi um
membro da presidência anterior, que serviu para os últimos seis anos, o cargo
de conselheiro para língua Inglesa. Tornou-se o quarto Ministro Geral da OFS
após a venezuelana Manuela Mattioli, a italiana Emanuela De Nunzio e a
espanhola Encarnita Del Pozo.
Junto com Tibor, foi eleita como Vice-Ministra
Geral, Chelito Nunez (Venezuela); Chelito também fazia parte da presidência
anterior, mas sua experiência completa 12 anos como Conselheira da Língua
Espanhola.
Em relação aos outros conselheiros, cabe destacar
que apenas um deles repete desde a presidência anterior, representando uma
grande renovação no Conselho Internacional da OFS. A repetição é Ana Fruk, a ex-conselheira da JUFRA, a mudança de área e vem para representar a Europa-1
Inglês / área alemã.
Attilio Galimberti (Área
Europa-2 Inglês / Italiano), Ana Maria Raffo (espanhol Latina Área América),
Silvia Diana (Área Português / Espanhol Latino Americano do Sul), Jenny Harrington (Área Inglês North America / África),
Agostinho Young (Inglês Ásia Área / Oceania) e Michel Janian (área de Francês)
completam os Conselheiros da Presidência e da área.
Finalmente, Andrea Odak (Bósnia e Herzegovina),
será a conselheira da Presidência para Juventude Franciscana, que também faz
Coordenadora da Juventude Franciscana Internacional.
O
novo Conselho da Presidência tomou posse de seu novo serviço em uma missa de
ação de graças celebrada na Basílica Superior de São Francisco, presidida pelo
Ministro Geral da TOR Fr. Nicholas Polichnowski, que também presidiu o Capítulo
Eletivo da Fraternidade Internacional.
SANTA ISABEL DA HUNGRIA
De estirpe real, pois foi filha de
André e Gertrudes, reis da Hungria, nasceu em 1207 e recebeu no batismo o nome
de Isabel (Elisabeth), o qual significa ‘casa de Deus’. Aos quatro anos de
idade viaja para a Alemanha onde crescerá juntamente com a família do seu
noivo, Luís, príncipe da Turíngia e sucessor do rei da Turíngia, Hermano.
Dada a sua vida simples, piedosa e
desligada das pompas da corte, concluíram que a menina não seria uma boa
companheira para Luís. E por isso perseguiram-na e maltrataram-na, dentro e
fora do palácio.
Luís, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo percebeu o grande valor de
Isabel. Não se impressionava com a pressão dos príncipes e tratou de se casar o
quanto antes. O que aconteceu em 1221.
A Santa não recuava diante de nenhuma
obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações, e isso em grau
heróico! Um dia, Luís surpreendeu-a com o avental repleto de alimentos para os
pobres. Ela tentou esconder... Mas ele, delicadamente, insistiu e... milagre!
Viu somente rosas brancas e vermelhas, em pleno Inverno. Feliz, guardou uma
delas.
A sua vida de soberana não era fácil e
frequentemente tinha que
acompanhar o marido em longas e duras cavalgadas. Além disso tinha o cuidado
dos filhos: Hermano, nascido em 1222; Sofia em de 1224 e Gertrudes em 1227.
Estava grávida de Gertrudes, quando
descobriu que seu marido se comprometera com o Imperador Frederico II a seguir
para a guerra das Cruzadas para libertar Jerusalém. Nova renúncia duríssima! E
mais: antes mesmo de sair da Itália, o duque morre de febre, em 1227! Ela
recebe a notícia ao dar à luz a menina.
Quando Luís ainda vivia, ele e Isabel
receberam em Eisenach alguns dos primeiros franciscanos que chegavam à Alemanha
por ordem do próprio São Francisco. Foi-lhes dado um conventinho. Assim, a
Santa passou a conhecer o Poverello de Assis e este a ter frequentes notícias
dela. Tornou-se mesmo membro da Família Franciscana, ingressando na Ordem
Terceira que Francisco fundara para leigos solteiros e casados e sacerdotes
seculares. Era, pois, mais que amiga dos frades. Chegou a receber de presente o
manto do próprio São Francisco!
Morto o marido, os cunhados tramaram
cruéis calúnias contra ela e expulsaram-na do castelo de Wartburg. E de tal
forma apavoraram os habitantes da região, que ninguém teve coragem de acolher a
pobre, com os pequeninos, em pleno Inverno. Duas servas fiéis acompanharam-na,
Isentrudes e Guda.
De volta ao Palácio quando chegaram os restos
mortais de Luís, Isabel passou a morar no castelo, mas vestida simplesmente e
de preto, totalmente afastada das festas da corte. Com toda a naturalidade,
voltou a dedicar-se aos pobres. Todavia, lá dentro dela o Senhor chamava-a para
se doar ainda mais. Mandou construir um conventinho para os franciscanos em
Marburg e lá foi morar com as suas servas fiéis. Compreendeu que tinha de
resguardar os direitos dos filhos. Com grande dor, confiou os dois mais velhos
para a vida da corte. Hermano era o herdeiro legítimo de Luís. A mais novinha
foi entregue a um Mosteiro de Contemplativas, e acabou sendo Santa Gertrudes!
Assim, livre de tudo e de todos, Isabel e suas companheiras professaram
publicamente na Ordem Franciscana Secular e, revestidas de grosseira veste,
passaram a viver em comunidade religiosa. O rei André mandou chamá-las, mas ela
respondeu que estava de fato feliz. Por ordem do confessor, conservou algumas
rendas, as quais reverteram para os pobres e sofredores.
Construiu um abrigo para as crianças
órfãs, sobretudo
defeituosas, como também hospícios para os mais pobres e abandonados. Naquele
meio, ela sentia-se de fato rainha, mãe, irmã. Isso no mais puro amor a
Cristo. No atendimento aos pobres, procurava ser criteriosa. Houve época, ainda
no palácio, em que preferia distribuir alimentos para 900 pobres diariamente,
em vez de lhes dar maior quantia mensalmente. É que eles não sabiam
administrar. Recomendava sempre que trabalhassem e procurava criar condições
para isso. Esforçava-se para que despertassem para a dignidade pessoal, como
convém a cristãos. E são inúmeros os seus milagres em favor dos pobres!
De há muito que Isabel, repleta de
Deus, era mais do céu do que da terra. A oração a arrebatava cada vez mais. As
suas servas testemunharam que, nos últimos meses de vida, frequentemente uma
luz celestial a envolvia. Assim chegou serena e plena de esperança à hora
decisiva da passagem para o Pai. Recebeu com grande piedade o sacramento dos
enfermos. Quando o seu confessor lhe perguntou se tinha algo a dispor sobre a
herança, respondeu tranquila: "Minha herança é Jesus Cristo!" E assim
nasceu para o céu! Era 17 de Novembro de 1231.
Sete anos depois, o Papa Gregório IX,
de acordo com o Conselho dos Cardeais, canonizou solenemente Isabel. Foi em
Perusa, no mesmo lugar da canonização de São Francisco, a 26 de Maio de 1235,
Pentecostes. Mais tarde foi declarada Padroeira dos Irmãos da Ordem Franciscana
Secular.
Reflexões Franciscanas
1. São
Francisco de Assis sempre ultrapassa o que esperamos dele como modelo de fé e
caminho espiritual. Sua forte experiência pessoal de uma radical busca
espiritual na imitação e seguimento do Senhor tornou-se o patrimônio da Ordem,
da Igreja e do mundo. Ele rejuvenesce as espiritualidades. Luminoso e coerente,
pé no chão e transcendente, ele é o Evangelho vivente. No solo da realidade e
da fraternidade ele construiu um jeito de ser humano, cristão e santo.
2. Muitos perguntam qual a formação que Francisco teve já que ele mesmo
gostava de dizer que era ignorante e iletrado. Este seu modo de dizer tem a ver
com o seu modo de despojar-se de qualquer poder de quem sabe. Um modo de viver
a minoridade. Ele teve forte formação vinda da parte de seus pais. Seu pai,
Pedro Bernardone, homem de negócios delegou a formação de seu filho mais à sua
mãe, Jeanne de Bourlemont, a Dona Pica. Sua mãe moldou-lhe a alma com
virtuosidade, sensibilidade e piedade. Estudou junto à igreja de San Giorgio,
uma instrução que o tornaria apto para o comércio. Estudou latim, aprendeu a
ler e fazer cálculos. Mãe e pai ensinaram rudimentos da língua francesa.
Francisco torna-se assim um hábil negociador.
3. Em 1202, Francisco se
envolve na guerra entre Assis e Perugia. Alistou-se e lutou. Derrotado foi
feito prisioneiro. Em 1203 está em liberdade, mas vai revelando uma total
mudança de vida. Mesmo assim, seu sonho cavaleiresco e algumas ambições de seu
pai, o levam a seguir Gualter de Brienne para uma expedição às Apúlias. Neste
caminho dialoga com suas perguntas e dúvidas, escuta seus sonhos, que em forma
de visão apontam um outro destino. Novamente desiste do projeto e volta para
Assis. Não é um derrotado, mas conquista um novo lugar. Toda mudança provoca, e
a cidade de Assis assustou-se com o moço rico que se torna penitente, mudando
seus hábitos. É recebido com muita ironia, sarcasmo, descrédito. Alguns
conseguem ver em Francisco sinais de uma nova santidade.
4. Bernardo de Quintavalle,
Pedro de Catani, Egídio e alguns jovens de Assis e redondezas formam com
Francisco uma fraternidade de penitentes. Vestem-se da mesma forma e
esforçam-se por seguir de um modo encarnado o Santo Evangelho. Um dia vão à
Roma pedir aprovação para o modo de vida. Levam uma Regra despojada de
palavras, mas plena de conselhos do Santo Evangelho. Assustou o Papa e a Cúria
com um novo jeito de viver religiosamente. Ousadia de um leigo sempre causa
hesitação em aprovações hierárquicas; mas Francisco e seus primitivos
companheiros são compreendidos pelo Papa Inocêncio III. Recebe abraço e bênção
para autorizar a licença de viver e pregar o Evangelho. A primeira profissão da
futura Ordem acontece ali, no ano de 1209.
5. Com a aprovação verbal do Papa, Francisco parte para concretizar a
experiência daquela fraternidade de penitentes de Assis que a partir de 1210 se
consolida como a Ordem dos Frades Menores. A primeira casa da Ordem é a
restaurada capela de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula. Dali partiam, para
ali voltavam numa prece contínua e pregação contínua levando a paz. Da
Porciúncula para Assis, Perugia, Ímola, Cortona, Bevagna, Ascoli,
Alviano, Arezzo, Firenze, Pisa, Siena, Sartiano, Bolonha... cidades da Itália
que receberam as primeiras presenças dos frades. Depois o mundo!
6. Na Quaresma de 1212, recebe a jovem Clara de Favarone,
a futura Santa Clara de Assis e com ela funda a Ordem das Damas Pobres, a
segunda Ordem, as Clarissas. Neste ano de 1212, as Cruzadas agitam o mundo de
então. Multidão transformada em exército partem para a guerra contra os
muçulmanos. Há uma guerra santa no ar, sede de martírio e ambição em aumentar
bens materiais, tudo isto aliado a um ideal de libertar a Terra Santa das mãos
dos assim chamados infiéis. No meio disso tudo acende a vontade missionária, no
meio do choque de religiões e civilizações, Oriente e Ocidente se dão a
conhecer. A submissão pelas armas recebe o nome de conversão.
Claro que ninguém converte ninguém pela violência. Francisco sonha um outro
modo: dialogar no espírito. Faz um capítulo de sua Regra de Vida para “aqueles
que quisessem ir entre os Sarracenos”, e dá o exemplo, embarca para a Síria
para dialogar com o diferente. Uma tempestade impede a viagem e Francisco volta
para a Porciúncula no inverno de 1213. Não deixa de realizar suas viagens
apostólicas. Em 8 de maio de 1213, recebe do Conde Orlando a doação da montanha
do Alverne. Em 1215 Francisco está em Roma, onde se realiza o IV Concílio de
Latrão. Aí encontra-se com Domingos de Gusmão, São Domingos, que veio ao
Concílio pedir a aprovação da Ordem dos Frades Pregadores, os Dominicanos. Na
pauta do Concílio: preparativos de uma nova Cruzada, a união da Igreja grega e
latina, condenação de novas heresias e autorização ou não para a fundação de
novas ordens religiosas.
7. Em 1216
morre o Papa Inocêncio III, muito importante para a vida inicial da Ordem.
Honório III é o sucessor e vai aprovar a indulgência para quem visitasse a
Capela da Porciúncula. No Capítulo de Pentecostes de 1217 há as resoluções de
instituir Províncias, Ministros Provinciais e as primeiras missões fora da
Itália e rumo ao Oriente. Francisco escolhe a França por causa de seu nome, do
forte espírito católico e eucarístico. Em 1218 acontece o célebre
Capítulo das Esteiras durante a Festa de Pentecostes na Porciúncula. A partir
daí, organiza-se a formação dos postulantes e noviços.
8. Em 05 de Novembro de 1219, Francisco está em Damieta, no Egito. Entre batalhas perdidas e vencidas, o exército cristão está acampado ali numa Cruzada contra os muçulmanos. Francisco consegue chegar até o sultão Melek-el-Kamel. Sem espada, lança ou escudo, aproxima-se do sultão e os dois dialogam na fé. Francisco sai vivo em meio aos escombros da batalha. Estavam com ele Pedro de Cattani e Iluminado de Rieti. Volta para a Itália, passando antes pela Terra Santa. Na sua volta encontrou a Ordem nos primeiros conflitos para que se modificasse o rigor da sua Regra inicial. Pede ajuda do Papa Honório III que lhe dá o Cardeal Hugolino como o protetor da sua Ordem. Em meio a tudo, Francisco não desiste de sua pregação e faz o seu caminho como peregrino e forasteiro.
8. Em 05 de Novembro de 1219, Francisco está em Damieta, no Egito. Entre batalhas perdidas e vencidas, o exército cristão está acampado ali numa Cruzada contra os muçulmanos. Francisco consegue chegar até o sultão Melek-el-Kamel. Sem espada, lança ou escudo, aproxima-se do sultão e os dois dialogam na fé. Francisco sai vivo em meio aos escombros da batalha. Estavam com ele Pedro de Cattani e Iluminado de Rieti. Volta para a Itália, passando antes pela Terra Santa. Na sua volta encontrou a Ordem nos primeiros conflitos para que se modificasse o rigor da sua Regra inicial. Pede ajuda do Papa Honório III que lhe dá o Cardeal Hugolino como o protetor da sua Ordem. Em meio a tudo, Francisco não desiste de sua pregação e faz o seu caminho como peregrino e forasteiro.
9. Quem é Francisco de Assis, que fez este itinerário a ultrapassar
fronteiras? Um homem gracioso,
organismo frágil, sensível e forte na vontade e determinação. Dos quinze aos
vinte anos vive em torno aos projetos de seu pai. Dos vinte anos em diante faz
uma escolha pelos sonhos de seu coração e do coração de Deus. Ama o que é belo
e que vale a pena. Não é redutivo, mas amplo. O que toca reconstrói e
refloresce. Como jovem está onde estão as serenatas, os perfumes, os tecidos, a
imaginação, a alegria de viver e a segurança confortável da casa paterna. Passa
pela doença e pelo desencanto do mundo. Saúde recuperada, volta a agitar Assis
com sua presença. Ele viveu entre festas e canções de gestas, andou pelas ruas
e campos, conviveu com nobres, plebeus e burgueses. Líder, afável, sabia das
delícias dos sentidos. Exibia luxo e esmolas. Era um jovem normal, porém sem vícios, era apenas focado em sonhos. Mesmo
exuberante em suas posses, jamais deixou de ter compaixão pelos pobres. Tinha
senso moral, nobreza de costumes e um coração generoso.
Continua no próximo
boletim
Frei Vitório Mazzuco
A Imaculada e os Franciscanos
Foi chamada e, realmente, sempre o
confirmaram os séculos – devoção franciscana, a devoção a Maria sob o titulo
singular e glorioso de Imaculada Conceição. A Ordem do Poverello de Assis
nasceu sob o olhar e a proteção de Maria.
Nosso Pai seráfico veio confirmar esta
verdade; - não há santidade sem Maria.
Francisco, diz S. Boaventura, nutria um amor
inefável pela Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e depois de Jesus, punha toda
confiança nela; constituíra-a sua advogada e patrona de toda a Ordem.
O mistério da Imaculada Conceição exercia no
coração de nosso Pai seráfico uma atração irresistível. Maria, para Francisco,
era a Imaculada!
No Capitulo Gerel da Ordem, em 1219
estabeleceu que em todos os sábados se celebrasse uma missa em honra da
Imaculada Conceição. Os franciscano guardaram carinhosamente a herança do Pai
querido e foram durante seis séculos os defensores impertérritos do mistério da
Imaculada com uma perseverança e um ardor e entusiasmo verdadeiramente
edificantes.
Foram os Cavaleiros da Imaculada. Em 1621 em
um Capítulo Geral de Toledo, Maria Imaculada foi proclamada protetora e patrona
especial de toda Ordem.
O dogma da Imaculada foi chamado opinião
franciscana. Santos, doutores, teólogos, sábios, um exercito de habito cor de
terra e corda à cintura se mobilizou durante seis séculos pela defesa e o
triunfo da Imaculada. Esta é, sem dúvida, a mais bela, a mais consoladora das
glórias da nossa Ordem Seráfica.
Quem não conhece nos domínios da ciência
teológica o vulto admirável de Duns Escoto? Foi o Doutor da Imaculada, o
teólogo do grande dogma, e quem melhor contribuiu para firmar, enraizar nas
convicções de escolas teológicas a beleza do privilégio singular de Maria.
A festa da Imaculada Conceição foi concedida
à Igreja Universal por um Papa da Ordem Primeira, Xisto IV. E estava reservado
a um filho de S. Francisco, um franciscano secular dos mais fervorosos,
proclamar o dogma da Imaculada Conceição.
Pio IX pela bula Ineffabilis de 8 de dezembro
de 1854 completou a obra franciscana e realizou um ideal franciscano. Eis por
que a festa de 8 de dezembro, podemos dizer, é a nossa festa, a jóia de nosso
calendário seráfico, a glória da nossa Ordem.
“Todas as gerações me hão de chamar bem
aventurada”, profetizou Maria. Imaculada me chamarão todas as gerações
franciscanas, poderia dizer Nossa Senhora, desde que surgiu na terra a suave e
doce figura de nosso Pai S. Francisco.
Como exatamente há três séculos, renovemos nossa
consagração à virgem Imaculada e proclamemos nossa Rainha e
protetora a Virgem, de mãos postas, aureolada de estrelas, a esmagar a cabeça
da serpente.
Mons. Ascânio Brandão,
Eco Serafico Dezembro de 1945
Nascido
em Petrópolis no dia 16/02/1932, Daniel João Mayworm, casado com Maria da
Gloria Mayworm, fez sua Vestição em 17/09/1949 em nossa fraternidade e sua
profissão foi em 04/10/1950.
Sempre
assíduo nas reuniões da Fraternidade e os demais eventos que ocorriam.
Sempre
com semblante sereno, acolhia os irmãos que dele se aproximavam com carinho e
um sorriso no rosto.
Em
sua discrição, exerceu em sua comunidade durante anos a função de catequista
junto com sua esposa.
Teve
dois filhos e uma filha e, apoiando os jovens de sua comunidade, adotou mais 02
rapazes e uma jovem dos quais, um deles vem a ser o Padre João que celebrou a
missa das exéquias.
O
franciscano secular, deve ser aquele que trabalha no silêncio e, este irmão foi
este que passou, fazendo o bem, sempre acolhendo com grande simpatia e
delicadeza àqueles que dele se aproximava nos legando um precioso exemplo de
esposo, pai, cidadão e sobretudo franciscano secular.