domingo, 30 de novembro de 2014

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE NOVEMBRO DE 2014


A NOVA PRESIDÊNCIA DO CIOFS


Tibor Kauser (Hungria, 55 anos), é o novo Ministro Geral da OFS, após o Capítulo Eletivo realizado hoje em Assis (Itália), onde o resto da Presidência do Conselho Internacional da OFS para os próximos seis anos, também foi escolhido (2014-2020).
 Tibor, eleito no primeiro escrutínio, foi um membro da presidência anterior, que serviu para os últimos seis anos, o cargo de conselheiro para língua Inglesa. Tornou-se o quarto Ministro Geral da OFS após a venezuelana Manuela Mattioli, a italiana Emanuela De Nunzio e a espanhola Encarnita Del Pozo.
Junto com Tibor, foi eleita como Vice-Ministra Geral, Chelito Nunez (Venezuela); Chelito também fazia parte da presidência anterior, mas sua experiência completa 12 anos como Conselheira da Língua Espanhola.
Em relação aos outros conselheiros, cabe destacar que apenas um deles repete desde a presidência anterior, representando uma grande renovação no Conselho Internacional da OFS. A repetição é Ana Fruk, a ex-conselheira da JUFRA, a mudança de área e vem para representar a Europa-1 Inglês / área alemã.
Attilio Galimberti (Área Europa-2 Inglês / Italiano), Ana Maria Raffo (espanhol Latina Área América), Silvia Diana (Área Português / Espanhol Latino Americano do Sul), Jenny Harrington (Área Inglês North America / África), Agostinho Young (Inglês Ásia Área / Oceania) e Michel Janian (área de Francês) completam os Conselheiros da Presidência e da área.
Finalmente, Andrea Odak (Bósnia e Herzegovina), será a conselheira da Presidência para Juventude Franciscana, que também faz Coordenadora da Juventude Franciscana Internacional.
 O novo Conselho da Presidência tomou posse de seu novo serviço em uma missa de ação de graças celebrada na Basílica Superior de São Francisco, presidida pelo Ministro Geral da TOR Fr. Nicholas Polichnowski, que também presidiu o Capítulo Eletivo da Fraternidade Internacional.


SANTA ISABEL DA HUNGRIA




          De estirpe real, pois foi filha de André e Gertrudes, reis da Hungria, nasceu em 1207 e recebeu no batismo o nome de Isabel (Elisabeth), o qual significa ‘casa de Deus’. Aos quatro anos de idade viaja para a Alemanha onde crescerá juntamente com a família do seu noivo, Luís, príncipe da Turíngia e sucessor do rei da Turíngia, Hermano.
          Dada a sua vida simples, piedosa e desligada das pompas da corte, concluíram que a menina não seria uma boa companheira para Luís. E por isso perseguiram-na e maltrataram-na, dentro e fora do palácio.
          Luís, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo percebeu o grande valor de Isabel. Não se impressionava com a pressão dos príncipes e tratou de se casar o quanto antes. O que aconteceu em 1221.
        A Santa não recuava diante de nenhuma obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações, e isso em grau heróico! Um dia, Luís surpreendeu-a com o avental repleto de alimentos para os pobres. Ela tentou esconder... Mas ele, delicadamente, insistiu e... milagre! Viu somente rosas brancas e vermelhas, em pleno Inverno. Feliz, guardou uma delas.
          A sua vida de soberana não era fácil e frequentemente tinha que acompanhar o marido em longas e duras cavalgadas. Além disso tinha o cuidado dos filhos: Hermano, nascido em 1222; Sofia em de 1224 e Gertrudes em 1227.
          Estava grávida de Gertrudes, quando descobriu que seu marido se comprometera com o Imperador Frederico II a seguir para a guerra das Cruzadas para libertar Jerusalém. Nova renúncia duríssima! E mais: antes mesmo de sair da Itália, o duque morre de febre, em 1227! Ela recebe a notícia ao dar à luz a menina.
       Quando Luís ainda vivia, ele e Isabel receberam em Eisenach alguns dos primeiros franciscanos que chegavam à Alemanha por ordem do próprio São Francisco. Foi-lhes dado um conventinho. Assim, a Santa passou a conhecer o Poverello de Assis e este a ter frequentes notícias dela. Tornou-se mesmo membro da Família Franciscana, ingressando na Ordem Terceira que Francisco fundara para leigos solteiros e casados e sacerdotes seculares. Era, pois, mais que amiga dos frades. Chegou a receber de presente o manto do próprio São Francisco!
          Morto o marido, os cunhados tramaram cruéis calúnias contra ela e expulsaram-na do castelo de Wartburg. E de tal forma apavoraram os habitantes da região, que ninguém teve coragem de acolher a pobre, com os pequeninos, em pleno Inverno. Duas servas fiéis acompanharam-na, Isentrudes e Guda.
          De volta ao Palácio quando chegaram os restos mortais de Luís, Isabel passou a morar no castelo, mas vestida simplesmente e de preto, totalmente afastada das festas da corte. Com toda a naturalidade, voltou a dedicar-se aos pobres. Todavia, lá dentro dela o Senhor chamava-a para se doar ainda mais. Mandou construir um conventinho para os franciscanos em Marburg e lá foi morar com as suas servas fiéis. Compreendeu que tinha de resguardar os direitos dos filhos. Com grande dor, confiou os dois mais velhos para a vida da corte. Hermano era o herdeiro legítimo de Luís. A mais novinha foi entregue a um Mosteiro de Contemplativas, e acabou sendo Santa Gertrudes! Assim, livre de tudo e de todos, Isabel e suas companheiras professaram publicamente na Ordem Franciscana Secular e, revestidas de grosseira veste, passaram a viver em comunidade religiosa. O rei André mandou chamá-las, mas ela respondeu que estava de fato feliz. Por ordem do confessor, conservou algumas rendas, as quais reverteram para os pobres e sofredores.
Construiu um abrigo para as crianças órfãs, sobretudo defeituosas, como também hospícios para os mais pobres e abandonados. Naquele meio, ela sentia-se de fato rainha, mãe, irmã. Isso no mais puro amor a Cristo. No atendimento aos pobres, procurava ser criteriosa. Houve época, ainda no palácio, em que preferia distribuir alimentos para 900 pobres diariamente, em vez de lhes dar maior quantia mensalmente. É que eles não sabiam administrar. Recomendava sempre que trabalhassem e procurava criar condições para isso. Esforçava-se para que despertassem para a dignidade pessoal, como convém a cristãos. E são inúmeros os seus milagres em favor dos pobres!
De há muito que Isabel, repleta de Deus, era mais do céu do que da terra. A oração a arrebatava cada vez mais. As suas servas testemunharam que, nos últimos meses de vida, frequentemente uma luz celestial a envolvia. Assim chegou serena e plena de esperança à hora decisiva da passagem para o Pai. Recebeu com grande piedade o sacramento dos enfermos. Quando o seu confessor lhe perguntou se tinha algo a dispor sobre a herança, respondeu tranquila: "Minha herança é Jesus Cristo!" E assim nasceu para o céu! Era 17 de Novembro de 1231.
Sete anos depois, o Papa Gregório IX, de acordo com o Conselho dos Cardeais, canonizou solenemente Isabel. Foi em Perusa, no mesmo lugar da canonização de São Francisco, a 26 de Maio de 1235, Pentecostes. Mais tarde foi declarada Padroeira dos Irmãos da Ordem Franciscana Secular.

  
                                                                                                                                  Frei Paulo Ferreira, OFM 



Reflexões Franciscanas


1. São Francisco de Assis sempre ultrapassa o que esperamos dele como modelo de fé e caminho espiritual. Sua forte experiência pessoal de uma radical busca espiritual na imitação e seguimento do Senhor tornou-se o patrimônio da Ordem, da Igreja e do mundo. Ele rejuvenesce as espiritualidades. Luminoso e coerente, pé no chão e transcendente, ele é o Evangelho vivente. No solo da realidade e da fraternidade ele construiu um jeito de ser humano, cristão e santo.
     2. Muitos perguntam qual a formação que Francisco teve já que ele mesmo gostava de dizer que era ignorante e iletrado. Este seu modo de dizer tem a ver com o seu modo de despojar-se de qualquer poder de quem sabe. Um modo de viver a minoridade. Ele teve forte formação vinda da parte de seus pais. Seu pai, Pedro Bernardone, homem de negócios delegou a formação de seu filho mais à sua mãe, Jeanne de Bourlemont, a Dona Pica. Sua mãe moldou-lhe a alma com virtuosidade, sensibilidade e piedade. Estudou junto à igreja de San Giorgio, uma instrução que o tornaria apto para o comércio. Estudou latim, aprendeu a ler e fazer cálculos. Mãe e pai ensinaram rudimentos da língua francesa. Francisco torna-se assim um hábil negociador.
     3. Em 1202, Francisco se envolve na guerra entre Assis e Perugia. Alistou-se e lutou. Derrotado foi feito prisioneiro. Em 1203 está em liberdade, mas vai revelando uma total mudança de vida. Mesmo assim, seu sonho cavaleiresco e algumas ambições de seu pai, o levam a seguir Gualter de Brienne para uma expedição às Apúlias. Neste caminho dialoga com suas perguntas e dúvidas, escuta seus sonhos, que em forma de visão apontam um outro destino.  Novamente desiste do projeto e volta para Assis. Não é um derrotado, mas conquista um novo lugar. Toda mudança provoca, e a cidade de Assis assustou-se com o moço rico que se torna penitente, mudando seus hábitos. É recebido com muita ironia, sarcasmo, descrédito. Alguns conseguem ver em Francisco  sinais de uma nova santidade.
     4. Bernardo de Quintavalle, Pedro de Catani, Egídio e alguns jovens de Assis e redondezas formam com Francisco uma fraternidade de penitentes. Vestem-se da mesma forma e esforçam-se por seguir de um modo encarnado o Santo Evangelho. Um dia vão à Roma pedir aprovação para o modo de vida. Levam uma Regra despojada de palavras, mas plena de conselhos do Santo Evangelho. Assustou o Papa e a Cúria com um novo jeito de viver religiosamente. Ousadia de um leigo sempre causa hesitação em aprovações hierárquicas; mas Francisco e seus primitivos companheiros são compreendidos pelo Papa Inocêncio III. Recebe abraço e bênção para autorizar a licença de viver e pregar o Evangelho. A primeira profissão da futura Ordem acontece ali, no ano de 1209.
      5. Com a aprovação verbal do Papa, Francisco parte para concretizar a experiência daquela fraternidade de penitentes de Assis que a partir de 1210 se consolida como a Ordem dos Frades Menores. A primeira casa da Ordem é a restaurada capela de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula. Dali partiam, para ali voltavam numa prece contínua e pregação contínua levando a paz. Da Porciúncula para Assis, Perugia, Ímola, Cortona,  Bevagna,  Ascoli, Alviano, Arezzo, Firenze, Pisa, Siena, Sartiano, Bolonha... cidades da Itália que receberam as primeiras presenças dos frades. Depois o mundo!
      6. Na Quaresma de 1212, recebe a jovem Clara de Favarone, a futura Santa Clara de Assis e com ela funda a Ordem das Damas Pobres, a segunda Ordem, as Clarissas. Neste ano de 1212, as Cruzadas agitam o mundo de então. Multidão transformada em exército partem para a guerra contra os muçulmanos. Há uma guerra santa no ar, sede de martírio e ambição em aumentar bens materiais, tudo isto aliado a um ideal de libertar a Terra Santa das mãos dos assim chamados infiéis. No meio disso tudo acende a vontade missionária, no meio do choque de religiões e civilizações, Oriente e Ocidente se dão a conhecer. A submissão pelas armas recebe o nome de conversão. Claro que ninguém converte ninguém pela violência. Francisco sonha um outro modo: dialogar no espírito. Faz um capítulo de sua Regra de Vida para “aqueles que quisessem ir entre os Sarracenos”, e dá o exemplo, embarca para a Síria para dialogar com o diferente. Uma tempestade impede a viagem e Francisco volta para a Porciúncula no inverno de 1213. Não deixa de realizar suas viagens apostólicas. Em 8 de maio de 1213, recebe do Conde Orlando a doação da montanha do Alverne. Em 1215 Francisco está em Roma, onde se realiza o IV Concílio de Latrão. Aí encontra-se com Domingos de Gusmão, São Domingos, que veio ao Concílio pedir a aprovação da Ordem dos Frades Pregadores, os Dominicanos. Na pauta do Concílio: preparativos de uma nova Cruzada, a união da Igreja grega e latina, condenação de novas heresias e autorização ou não para a fundação de novas ordens religiosas.
   7. Em 1216 morre o Papa Inocêncio III, muito importante para a vida inicial da Ordem. Honório III é o sucessor e vai aprovar a indulgência para quem visitasse a Capela da Porciúncula. No Capítulo de Pentecostes de 1217 há as resoluções de instituir Províncias, Ministros Provinciais e as primeiras missões fora da Itália e rumo ao Oriente. Francisco escolhe a França por causa de seu nome, do forte espírito católico  e eucarístico. Em 1218 acontece o célebre Capítulo das Esteiras durante a Festa de Pentecostes na Porciúncula. A partir daí, organiza-se a formação dos postulantes e  noviços.
      8. Em 05 de Novembro de 1219, Francisco está em Damieta, no Egito. Entre batalhas perdidas e vencidas, o exército cristão está acampado ali numa Cruzada contra os muçulmanos. Francisco consegue chegar até o sultão Melek-el-Kamel. Sem espada, lança ou escudo, aproxima-se do sultão e os dois dialogam na fé. Francisco sai vivo em meio aos escombros da batalha. Estavam com ele Pedro de Cattani e Iluminado de Rieti. Volta para a Itália, passando antes pela Terra Santa. Na sua volta encontrou a Ordem nos primeiros conflitos para que se modificasse o rigor da sua Regra inicial. Pede ajuda do Papa Honório III que lhe dá o Cardeal Hugolino como o protetor da sua Ordem. Em meio a tudo, Francisco não desiste de sua pregação e faz o seu caminho como peregrino e forasteiro.
     9. Quem é Francisco de Assis, que fez este itinerário a ultrapassar fronteiras? Um homem gracioso, organismo frágil, sensível e forte na vontade e determinação. Dos quinze aos vinte anos vive em torno aos projetos de seu pai. Dos vinte anos em diante faz uma escolha pelos sonhos de seu coração e do coração de Deus. Ama o que é belo e que vale a pena. Não é redutivo, mas amplo. O que toca reconstrói e refloresce. Como jovem está onde estão as serenatas, os perfumes, os tecidos, a imaginação, a alegria de viver e a segurança confortável da casa paterna. Passa pela doença e pelo desencanto do mundo. Saúde recuperada, volta a agitar Assis com sua presença. Ele viveu entre festas e canções de gestas, andou pelas ruas e campos, conviveu com nobres, plebeus e burgueses. Líder, afável, sabia das delícias dos sentidos. Exibia luxo e esmolas. Era um jovem normal, porém sem vícios, era apenas focado em sonhos. Mesmo exuberante em suas posses, jamais deixou de ter compaixão pelos pobres. Tinha senso moral, nobreza de costumes e um coração generoso.
Continua no próximo boletim
Frei Vitório Mazzuco


A Imaculada e os Franciscanos

Foi chamada e, realmente, sempre o confirmaram os séculos – devoção franciscana, a devoção a Maria sob o titulo singular e glorioso de Imaculada Conceição. A Ordem do Poverello de Assis nasceu sob o olhar e a proteção de Maria.
Nosso Pai seráfico veio confirmar esta verdade; - não há santidade sem Maria.
Francisco, diz S. Boaventura, nutria um amor inefável pela Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e depois de Jesus, punha toda confiança nela; constituíra-a sua advogada e patrona de toda a Ordem.
O mistério da Imaculada Conceição exercia no coração de nosso Pai seráfico uma atração irresistível. Maria, para Francisco, era a Imaculada!
No Capitulo Gerel da Ordem, em 1219 estabeleceu que em todos os sábados se celebrasse uma missa em honra da Imaculada Conceição. Os franciscano guardaram carinhosamente a herança do Pai querido e foram durante seis séculos os defensores impertérritos do mistério da Imaculada com uma perseverança e um ardor e entusiasmo verdadeiramente edificantes. 
Foram os Cavaleiros da Imaculada. Em 1621 em um Capítulo Geral de Toledo, Maria Imaculada foi proclamada protetora e patrona especial de toda Ordem.
O dogma da Imaculada foi chamado opinião franciscana. Santos, doutores, teólogos, sábios, um exercito de habito cor de terra e corda à cintura se mobilizou durante seis séculos pela defesa e o triunfo da Imaculada. Esta é, sem dúvida, a mais bela, a mais consoladora das glórias da nossa Ordem Seráfica.



Quem não conhece nos domínios da ciência teológica o vulto admirável de Duns Escoto? Foi o Doutor da Imaculada, o teólogo do grande dogma, e quem melhor contribuiu para firmar, enraizar nas convicções de escolas teológicas a beleza do privilégio singular de Maria.
A festa da Imaculada Conceição foi concedida à Igreja Universal por um Papa da Ordem Primeira, Xisto IV. E estava reservado a um filho de S. Francisco, um franciscano secular dos mais fervorosos, proclamar o dogma da Imaculada Conceição.
Pio IX pela bula Ineffabilis de 8 de dezembro de 1854 completou a obra franciscana e realizou um ideal franciscano. Eis por que a festa de 8 de dezembro, podemos dizer, é a nossa festa, a jóia de nosso calendário seráfico, a glória da nossa Ordem.
“Todas as gerações me hão de chamar bem aventurada”, profetizou Maria. Imaculada me chamarão todas as gerações franciscanas, poderia dizer Nossa Senhora, desde que surgiu na terra a suave e doce figura de nosso Pai S. Francisco.
    Como exatamente há três séculos, renovemos nossa consagração à virgem Imaculada e proclamemos nossa Rainha e protetora a Virgem, de mãos postas, aureolada de estrelas, a esmagar a cabeça da serpente.


Mons. Ascânio Brandão,
Eco Serafico Dezembro de 1945


 Falecimento de nosso irmão Daniel


       Nascido em Petrópolis no dia 16/02/1932, Daniel João Mayworm, casado com Maria da Gloria Mayworm, fez sua Vestição em 17/09/1949 em nossa fraternidade e sua profissão foi em 04/10/1950.
       Sempre assíduo nas reuniões da Fraternidade e os demais eventos que ocorriam.
      Sempre com semblante sereno, acolhia os irmãos que dele se aproximavam com carinho e um sorriso no rosto.
      Em sua discrição, exerceu em sua comunidade durante anos a função de catequista junto com sua esposa.
     Teve dois filhos e uma filha e, apoiando os jovens de sua comunidade, adotou mais 02 rapazes e uma jovem dos quais, um deles vem a ser o Padre João que celebrou a missa das exéquias.
     O franciscano secular, deve ser aquele que trabalha no silêncio e, este irmão foi este que passou, fazendo o bem, sempre acolhendo com grande simpatia e delicadeza àqueles que dele se aproximava nos legando um precioso exemplo de esposo, pai, cidadão e sobretudo franciscano secular.


 o que celebrou a missa das exiando os jovens de sua comunidade, adotou mais 02 rapazes e uma jovem dos quais um deles vem a ser

sábado, 15 de novembro de 2014

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 01 DE NOVEMBRO DE 2014 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS



FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS


RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
Blog: ofssagradopetropolis.blogspot.com
E-MAIL: ofspetro@ig.com.br
TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.

Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO

Ano VI  NOVEMBRO DE 2014 -  Nº  06

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUF

CAPÍTULO   V

DIAS   DE   ASSOMBRO

                                                                                                "Flores, abri-vos como lírios, embalsamai a 
                                                                                                ter­ra e bendizei ao Senhor nas suas obras”.
                                                                                                           (Eccl. 39. Of. de S. Rosa, capitulo).

Imagens da Virgem, de São João Batista, de anjos e de figuras bizantinas ornavam a habitação de João e Catarina. E' fora de dúvida que nutriam a devoção da época por São Miguel, o "gonfaloneiro" dos exércitos brilhantes. Seus dias festivos eram determinados pela Igreja e pelos mistérios do Salvador. Nas épocas de Natal e Páscoa os sacerdotes derramam cantos de alegria nas almas dos fiéis. De quando em vez, um frade menor fala, com aqueles modos de São Fran­cisco, sobre o desprezo do mundo, a pobreza voluntária, a penitência e a felicidade do céu.
Ordinàriamente, ouvindo a um sermão, as crianças movem a cabeça sem cessar, mexem-se, bocejam, ador­mecem ou inventam alguma travessura. Rosa, porém, escuta imóvel, com toda a atenção.
— Que novidades me trazes de Deus? — pergun­tava Santa Clara a Frei Junípero. A mesma pergun­ta parecia pairar nos olhos de Rosa, fixos no pre­gador. E chegando à casa, ela reproduzia fielmente o sermão ouvido.
Cedo os frades menores difundiram pelo mundo os feitos e as obras de seu pai Francisco. A fim de levarem os homens a compreender a Santa Missa, re­petiam as próprias palavras de Francisco: "Sobre a terra, eu nada vejo do Filho de Deus, a não ser seu santo Corpo e Sangue; e quero honrar e venerar es­tes mistérios acima de tudo".
No tempo do Natal, monjes e monjas gostavam de relembrar aquela noite maravilhosa em que São Fran­cisco, tomando em seus braços o Menino Jesus ador­mecido, o aqueceu e despertou. E acrescentavam que o Poverello apareceu na terra para aquecer e des­pertar o amor de Jesus, adormecido nos corações enregelados dos cristãos.
Rosa distribuía ao seu redor aquilo que lhe pare­cia um festim  para a alma; distribuía migalhas  de sua comida aos passarinhos  e, não raras vezes, presenteava com  todo o seu pão aos pobres.
João e Catarina queixavam-se muitas  vezes: po­bres na condição deles, deveriam alimentar os famin­tos? Se com  esta  idade  a menina  se priva do pão, será franzina e doentia pelo resto da vida. 
Mas a criança se não podia conter de correr aos casebres assolados pela fome. Num dia de inverno, quando ia levando pão aos vizinhos famintos, encontrou o pai. Aproximou-se-lhe furioso para ver o que levava no avental. Mas quedou-se estupefato, pois só encontrou rosas de cores variadas.
Esta pequena maravilha, acontecida na vida de muitos santos, foi muito comentada e não poucas ve­zes entrelaçada com a lenda. Mas, tomando-se em conta o milagre ininterrupto que foi a vida de Rosa, este pequeno milagre, num dia de inverno, afigura-se nos natural.
Na mesma época, os olhos de uma criatura mortal contemplaram na fronte de Santa Clara o nimbo do Paraíso. E os pães dados aos pobres se transformaram sempre em rosas eternas, quer os vejam ou não olhos humanos.
De manhã e à tarde, ia Rosa com as vizinhas da sua idade até à fonte, para buscar água; estas ta­garelavam, riam-se e a importunavam ao seu bel pra­zer, pois sabiam todas que ela jamais se alterava. Podiam injuriá-la, caluniá-la que ela jamais se enco­lerizava.
Muitas vezes, acompanharam-na até a sua porta para poderem ver os operários tirando terra e os pe­dreiros erguendo o palácio do Imperador. Deslizando como ratinhos por entre os andaimes, admiravam-se ao dar com os corredores e galerias, que seriam fe­rozmente dissimulados e protegidos, uma vez que no alto das torres flutuassem as águias imperiais.
Certo dia, uma do turbulento bando quebrou a bilha que a mãe lhe confiara com a recomendação costumeira: — Toma grande cuidado, porque se a partires não poderei comprar outra.
Assim, ao chegar à casa, após o delito, foi logo dizendo:
—   Não fui eu, foi a Rosa.
E a filha de João e Catarina viu-se diante de uma comadre, de faces rubras, que vociferava e mostrava os destroços colhidos na fonte. Rosa escutou pacientemente as recriminações e as injúrias; ajuntou en­tão os cacos da bilha e pediu a Deus que se compadecesse de uma mulher desvairada. Não ensinara Francisco que por amor de Cristo se deviam suportar as injustiças e o sofrimento? Depois disso, a me­gera podia levar para sua casa um objeto no qual não se percebia traço algum de fratura.
Em Viterbo, ainda hoje, os turistas que ignoram a história da santa, descobrem surpreendidos, nas pe­que-nas lojas onde se vendem estatuetas coloridas, a figura de uma menina carregando uma bilha, que eles tomam por uma imitação de Greuze.
Nem é raro, por aquelas ruas barulhentas, poderem assistir, muitas vezes, a uma breve ce-na, entrecorta­da de gritos, semelhante aquela que se passou en­tre uma senhora da cidade e Rosa.
A menina viera reclamar uma galinha de pluma­gem escura, a melhor poedeira de Catari-na.
— Desavergonhada, que vens tu fazer aqui? — gri­tou a vizinha com tamanho mau hu-mor, que à pobre menina só restou retirar-se, toda humilhada.
No dia seguinte, a ladra da galinha viu apa-recer sobre sua face direita uma coisa estranha: os Bolandistas dizem que eram penas. Tratava-se, antes, de uma espécie de erisipela ou eczema, que desapare­ceu à simples oração de Rosa. A mulherzinha en­trou em si, reparou seu mal feito com verdadeira con­trição, coisa, aliás, não muito comum naqueles tem­pos em que os apetites, aguçados pela miséria, tor­navam o homem seme-lhante ao animal.
A época tornava-se sempre mais calamitosa e sinis­tra. As pessoas de bem repetiam as pala-vras do Papa:
— "Do mar emergiu um monstro com patas de urso, com feições de leopardo, cuja boca só se abre para blasfemar Deus e os santos".

Continua no informativo – Ano V -            DEZEMBRO DE 2014  -  Nº  07

                                                                                                  .X.X.X.X.X.X.X.X.X.
SANTOS FRANCISCANOS

MES DE NOVEMBRO

1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
        B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS DEFUN­TOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon,
        3ª Ordem, mártires do Japão  
6 — B. Paulo  de   S. Clara,  1ª Ordem,  mártir no  Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto  — culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato   de   Rodez, 1ª Ordem,  mártir 
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21  — S. Nicolau, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ARAUTO DO GRANDE REI

BOLETIM INFORMATIVO DE OUTUBRO DE 2014

MONUMENTO SÃO FRANCISCO E O CRUCIFIXO
(70 anos de sua construção - 1944 - 2014)



Por iniciativa de Frei Atico Eyng, OFM., muito digno guardião do Convento de Petrópolis e, então diretor da Fraternidade local da Ordem Terceira (OFS) foi inaugurado no dia 04 de outubro de 1944, festa de São Francisco, no jardim da Casa da OFS, este tão Belo monumento representando em escultura o que antes, Murillo representara em pintura: o abraço recíproco de São Francisco e Jesus crucificado.
O monumento foi feito em cimento armado e artisticamente moldado, com vista para o pátio da Igreja do Sagrado Coração de Jesus.
O historiador e Franciscano Secular desta Fraternidade, no ato da inauguração do monumento, nos fala um pouco da espiritualidade que dali podemos absorver.
"A figura que primeiro chama a atenção do espectador é a de S. Francisco. Dir-se-ia que o santo subiu correndo o Calvário e, chegado ao alto, ali deparando com Nosso Senhor crucificado, precipitou-se para ele e abraçou-o, cheio de afeto e de compaixão, ávido de acariciar, de consolar, de aliviar em suas terríveis penas Aquele que ali está pregado, sofrendo por todos os homens e por todos abandonado... E ai está, parece-me, nesse impulso, nesse gesto que o artista fixou, o essencial da espiritualidade franciscana.
Franciscanismo é ação, é realização, é transposição em atos de ideias e sentimentos: São Francisco ali está efetivamente agindo: sobe, corre, abraça, chora, consola...
E, sobretudo, franciscanismo é catolicismo, do mais legitimo, do mais acendrado. Abraçando a Jesus e chegando os lábios à ferida aberta no seu peito, São Francisco faz um gesto de caridade, mas que é também um ato de fé e de esperança sobrenatural, e, além de tudo, de voluntária inclusão na Igreja Católica. Se é ao homem que sofre que aparentemente ele se abraça para o consolar, esse homem, no entanto, é seu Deus, o Filho do Pai Eterno, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade: ele o sabe, como nós o sabemos. Abraçando-o ele cumpre todo o preceito da caridade: ama a Deus e ama ao seu próximo, ama a Deus no seu próximo, e nesse Homem, que é Deus, ele ama ao mesmo tempo toda a Humanidade que ele representa e cujo resgate assumiu.
Alçando-se para abraçar, tremulo de santo amor e de respeito, esse Homem, que é o seu Deus, São Francisco confessa por seu gesto a sua viva Fé na Divindade de Cristo. Abraçando-o nesse transporte de afeto, elevando- se para ele de braços erguidos, São Francisco implicitamente espera como o bom ladrão, a salvação eterna da sua alma, e, como nunca age sozinho ou só para si mesmo, essa esperança ele a partilha com todos os pobres pecadores aos quais é sua pregar o Evangelho e aos quais irá comunica-la. E MP gestp qie faz S. Francisco, pequenino e humilde, com os pés na terra, para elevar-se até Jesus, posto mais alto do que ele e quase totalmente desprendido da terra, mas não tanto que o impeça de abraçar-se a ele e de aproximar os lábios da chaga aberta no divino lado, dir-se-ia que o santo vê claramente no Crucificado, não só o Homem das Dores, Não só o Deus humanado, mas também o Cristo Total, a humanidade toda santificada pelo sacrifício de Jesus, o Corpo Místico de Cristo, a Igreja Católica, instituída por Jesus, sua continuadora no tempo. Assim entendido, o gesto de S. Francisco não tem unicamente um sentido histórico ou simbólico, mas, propriamente um sentido místico - e significa a sua afetuosa união com a Igreja, cuja autoridade reconhece, cuja fé partilha, e de cujos sacramentos, emanados do sangue redentor de Cristo, se abebera avidamente, para beneficio seu e de todos a quem irá transmitir as graças recebidas.
Se a Figura de S. Francisco é a que primeiro nos atrai a atenção nesse grupo, a que depois a conserva é a que o domina todo, a do próprio crucificado. Domina-o porque muito mais elevada e central que a de S. Francisco; porque a ele é que conduzem os movimentos e os olhos do santo que a abraça; e porque nela afinal é que se concentram os pensamentos de quem contempla e estuda o grupo.
Pregado na cruz que tornou, por isso, objeto da nossa veneração e o sinal pelo qual o cristão se afirma e reconhece, Jesus representa aí, em primeiro lugar, o homem injustamente condenado, o homem que sofre e que agoniza, o homem que tem de pagar com a sujeição ao mal, à dor e à morte, a herança trágica que defluiu da desobediência dos nossos primeiros pais: decaído, por culpa sua, da sua originária grandeza, o homem é um ser naturalmente mesquinho e sofredor.
Mas não é só a humanidade que Jesus representa na cruz, representa também a divindade. Ele aí é o Deus que se encarnou para redimir os homens, condenados pelo pecado; é o Deus que satisfaz a ofensa a Deus, irrogada pelo primeiro homem e que só pelo voluntário sacrifício de um Homem-Deus poderia ser dignamente reparada. É o Deus que se fez homem, para que o homem pudesse tornar a Deus. Nesse crucificado espelha-se o sentido transcendente da vida humana: é pela aceitação do sofrimento a exemplo de Jesus e em união com Ele para expiação de suas culpas e purificação da sua alma, que o homem consegue chegar à plenitude do seu destino; é incorporando-se a Jesus que a humanidade se liberta da sua natural miséria.

                                                                                                     Autor: Mesquita Pimentel, OFS, Petrópolis
Revista Eco Seráfico, Fevereiro de 1945.
Órgão Oficial da Ordem Franciscana Secular do Brasil;
(Revista que antecede a Paz e Bem.)



II EXPOSIÇÃO DE IMAGENS DE SÃO FRANCISCO



Dos dias 01 de outubro ao dia 04 de outubro, aconteceu em nossa fraternidade a 2a exposição de imagens de São Francisco de Assis.
As imagens foram cedidas por Frei Gilmar José da Silva, OFM, Pároco do Convento de Santo António e, filho de nossa irmão Ministra Maria Aparecida. Frei Gilmar, ao longo de sua caminhada vem colecionando imagens belíssimas de São Francisco com as diversas expressões artísticas de nosso Brasil a fora.
A exposição ficou a disposição para visitação dos dia 01 à 4 de outubro tendo uma boa frequência de visitações e encanto daqueles que vieram visitar pois, embora seja o 2° ano de exposição, a cada ano, com a boa disposição e talento artístico de nosso querido frei Gilmar, a montagem ficou exposta de forma completamente diferente da 1a e com muitas outras novas imagens.

JUBILEU E PROFISSÃO SOLENE NA OFS DE PETRÓPOLIS

Desde sua fundação em nossa cidade, a Fraternidade Franciscana Secular de Petrópolis, celebra a profissão solene dos que desejam abraçar a forma de vida evangélica de nosso Seráfico Pai São Francisco no dia 04 de outubro, dia em que a Igreja celebra sua entrada na casa do Pai.
Neste ano, fizeram o pedido de admissão à profissão os nossos irmãos: Carla Roberta de Sá  e Silvestre do Amaral.


A entrada na Ordem se efetua mediante um período de iniciação que dura um ano, um tempo de formação que dura dois anos e a profissão da Regra (cf. Regra 23).
Desde o ingresso na Fraternidade se inicia c caminho de formação, que deve se desenvolver por toda a vida. Lembrados de que o Espírito Santo é o principal agente de formação e sempre prontos a colaborar com Ele, são responsáveis pela formação:o próprio candidato, para desenvolver a vocação recebida do Senhor de modo sempre mais perfeito, toda a Fraternidade, que é chamada a ajudar com a acolhida, a oração e o exemplo, o Ministro com o conselho, o Mestre de Formação e o Assistente, como guia espiritual.
O período de iniciação é uma fase preparatória ao tempo de formação propriamente dito e é destinado ao discernimento da vocação e ao recíproco conhecimento entre a Fraternidade e o aspirante.
Ao longo deste período de iniciação que durará 1 ano, o formador com o aspirante irão refletir sobre temas da dimensão humana que contribuem para que recebam as orientações sobre a dignidade da pessoa humana e sua vocação, conforme dispõe a Igreja e os documentos da OFS: "Cristo que é o novo Adão, revelando o mistério do Pai e do seu amor, desvenda, também, plenamente o homem ao homem; e o faz perceber sua altíssima vocação". E, "Aquele que segue o Cristo, Homem perfeito, se torna ele mesmo mais homem" (GS 22,41).
Findo o período de iniciação, o candidato irá apresentar ao Ministro da fraternidade o seu pedido de admissão por escrito o que o ingressará no tempo de formação que começa com o rito da admissão realizado segundo o documento da OFS que orienta sobre o Ritual próprio para cada celebração.
Assim o candidato inicia o primeiro ano de formação que irá refletir sobre a dimensão Cristã e um segundo ano que trará a dimensão franciscana. Deve-se notar que, durante o período destes três anos, estas três dimensões, humana, cristã e franciscana estarão sempre interligadas e aprofundadas de forma ordenada ao longo do tempo e deverá ser reavivada durante a vida do professo.
Terminada a etapa de formação inicial, pede-se ao Ministro da Fraternidade para emitir a Profissão.
A profissão é o ato eclesial solene pelo qual o candidato, lembrado do chamamento recebido de Cristo, renova as promessas batismais e afirma publicamente o próprio compromisso de viver o Evangelho nas atividades do mundo, segundo o exemplo de São Francisco e seguindo a Regra da OFS. Como foi mencionado acima, é costume que a Profissão Solene se realize sempre no dia de nosso Fundador, dia 04 de outubro. Sendo assim, foi aniversario de profissão de todos os membros da mesma. Destacou-se na celebração o Jubileu de nossas irmãs: Gloria Gonçalves da Silva - 50 anos; Georgina Bertieli França - 25 anos e nossa irmã Ministra, Maria Aparecida Oliveira da Silva - 25 anos. Também comemoramos os 70 anos de profissão de nossa irmã Terezinha Fiorini da Silva.

Ao final da celebração, como de costume, os irmãos se dirigiram a sede da Fraternidade para se confraternizarem pelo dia festivo.

Fonte: Constituições Gerais da OFS;
Livro Vida em Fraternidade
Tempo de formação para a Vida Franciscana
Secular.


São Luís de França e os Franciscanos - XV

Boaventura também era admirado por Luís

Frei Sandro Roberto da Costa, ofm

O encontro e as palavras proféticas de Hugo de Digne certamente impressionaram profundamente o espírito de Luís, educado desde criança num ambiente de piedade, que favorecia uma mística religiosa e devocional, de busca de realizar, na terra, o reino de Deus. Mas já antes deste encontro o rei mantinha, em sua "entourage", além dos dominicanos, religiosos franciscanos empenhados com a seriedade da reforma dos costumes. Um dos franciscanos mais próximos de Luís é o mestre da Universidade de Paris, Eudes de Rigaud.
Eudes era mestre regente do convento de Paris e mestre de teologia na universidade daquela cidade. Foi o sucessor de Jean de Ia Rochelle e de Alexandre de Hales, e foi mestre de São Boaventura. Eudes é um dos "Quatro Mestres", que redigiram o comentário oficial da Regra franciscana, em 1242. Em 1248 foi nomeado arcebispo da diocese de Rouen, a mais importante da França, mas continuou fazendo parte do círculo dos amigos do rei, sendo um dos frades franciscanos mais íntimos de Luís: "Seu mais próximo conselheiro e amigo", nas palavras de Lê Goff.
Em 1255 ele celebrou o casamento da filha de Luís, Isabel. A partir de 1258 Eudes se encontra frequentemente na "Sorte. Em novembro de 1258 presidiu a missa no aniversário de morte de Luís VIII, pai do rei. Os documentos testemunham vários encontros do rei com o arcebispo franciscano, em 1259 e 1260, quando da morte de seu herdeiro, o primogênito Luís. Em 1261 ele foi convidado a pregar na Saint-Chapelle. Sabe-se que, quando o rei estava na abadia de Royalmont, pedia que Eudes presidisse a celebração, como na festa de Pentecostes de 1262. A presença de Eudes na corte se justifica também pelas missões diplomáticas que o rei lhe confiara, como o tratado entre a Franca e a Inglaterra, em 1259. Em 1264 Eudes tornou-se membro do Parlamento de Paris.
Destaque-se, no comportamento do arcebispo franciscano, seu espírito reformador e de combate aos abusos no clero regular e secular. Visitando incansavelmente todos os mosteiros, abadias e conventos masculinos e femininos de sua arquidiocese, Eudes conseguiu dar uma nova imagem à Igreja. Seus escritos somam mais de mil páginas, consistindo hoje num documento de valor inestimável para conhecermos a realidade da Igreja em uma região da França, no século XIII. Antes de morrer, Luís o designou um de seus executores testamentários. Eudes também tornou-se membro do Conselho de Regência encarregado de governar a Franca, sendo o primeiro membro nomeado pelo rei Felipe III, sucessor de Luís, quando ainda se encontrava em Cartago, em outubro de 1270.
Ainda no campo intelectual, outro mestre franciscano de Paris muito próximo do rei é Gilberto de Tournai. Das poucas informações que nos chegaram sobre ele, sabemos que era mestre de teologia em Paris, amigo de São Boaventura e de Luís, e pregador de cruzadas. Escreveu várias obras de cunho pedagógico. Algumas dessas obras nasceram da amizade com o rei, como a Eruditio Regum et Príncipum (Educação dos reis e dos príncipes), uma coleção de três cartas escritas em 1259, endereçadas a Luís, versando sobre os princípios necessários ao bom governo dos príncipes. Depois de 1261, Gilberto abandonou a cátedra para viver uma vida de oração e contemplação. A pedido de Boaventura, participou do 2°. Concílio de Lião, em 1274, onde teria apresentado sua obra De Scandalis Ecclesiae.
Boaventura de Bagnoregio era um dos maiores pregadores da época, mestre da universidade de Paris até 1257, quando foi eleito Ministro Geral dos Franciscanos, também era admirado por Luís, que o convidava para pregar em sua presença. Boaventura pregou pelo menos dezenove vezes diante do rei.
A proximidade e intimidade entre Luís e os franciscanos mostra-se numa querela séria, que estourou na Universidade de Paris. Entre 1254 e 1257, alguns mestres seculares colocaram em questão o estilo de vida dos mendicantes, uma novidade que, segundo eles, ia contra o Direito Canónico, especificamente por causa do princípio mendicante e do ensino universitário e da pregação. O chefe dos seculares era Guilherme de Saint-Amour. Depois de uma acirrada polêmica, com a intervenção dos maiores mestres da época, Boaventura e Tomás de Aquino, entre outros, a Santa Sé reconheceu, por duas vezes, o direito dos frades. O rei Luís executou imediatamente as ordens em favor dos frades. Obrigou Saint-Amour a entregar seus cargos e benefícios, proibiu-o de pregar e ensinar, e o exilou da França