FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VI NOVEMBRO DE 2014 - Nº 06
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUF
CAPÍTULO V
DIAS DE
ASSOMBRO
"Flores, abri-vos como lírios,
embalsamai a
terra e bendizei ao Senhor nas suas obras”.
(Eccl. 39. Of. de S. Rosa, capitulo).
Imagens da Virgem, de
São João Batista, de anjos e de figuras bizantinas ornavam a habitação de João
e Catarina. E' fora de dúvida que nutriam a devoção da época por São Miguel, o
"gonfaloneiro" dos exércitos brilhantes. Seus dias festivos eram determinados
pela Igreja e pelos mistérios do Salvador. Nas épocas de Natal e Páscoa os
sacerdotes derramam cantos de alegria nas almas dos fiéis. De quando em vez,
um frade menor fala, com aqueles modos de São Francisco, sobre o desprezo do
mundo, a pobreza voluntária, a penitência e a felicidade do céu.
Ordinàriamente,
ouvindo a um sermão, as crianças movem a cabeça sem cessar, mexem-se, bocejam, adormecem
ou inventam alguma travessura. Rosa, porém, escuta imóvel, com toda a atenção.
— Que novidades me
trazes de Deus? — perguntava Santa Clara a Frei Junípero. A mesma pergunta
parecia pairar nos olhos de Rosa, fixos no pregador. E chegando à casa, ela
reproduzia fielmente o sermão ouvido.
Cedo os frades
menores difundiram pelo mundo os feitos e as obras de seu pai Francisco. A fim
de levarem os homens a compreender a Santa Missa, repetiam as próprias
palavras de Francisco: "Sobre a terra, eu nada vejo do Filho de Deus, a
não ser seu santo Corpo e Sangue; e quero honrar e venerar estes mistérios acima
de tudo".
No tempo do Natal,
monjes e monjas gostavam de relembrar aquela noite maravilhosa em que São Fran cisco,
tomando em seus braços o Menino Jesus adormecido, o aqueceu e despertou. E
acrescentavam que o Poverello apareceu na terra para aquecer e despertar o
amor de Jesus, adormecido nos corações enregelados dos cristãos.
Rosa distribuía ao
seu redor aquilo que lhe parecia um festim
para a alma; distribuía migalhas
de sua comida aos passarinhos e,
não raras vezes, presenteava com todo o
seu pão aos pobres.
João e Catarina queixavam-se
muitas vezes: pobres na condição deles,
deveriam alimentar os famintos? Se com
esta idade a menina
se priva do pão, será franzina e doentia pelo resto da vida.
Mas a
criança se não podia conter de correr aos casebres assolados pela fome. Num dia
de inverno, quando ia levando pão aos vizinhos famintos, encontrou o pai.
Aproximou-se-lhe furioso para ver o que levava no avental. Mas quedou-se estupefato,
pois só encontrou rosas de cores variadas.
Esta pequena
maravilha, acontecida na vida de muitos santos, foi muito comentada e não
poucas vezes entrelaçada com a lenda. Mas, tomando-se em conta o milagre
ininterrupto que foi a vida de Rosa, este pequeno milagre, num dia de inverno,
afigura-se nos natural.
Na mesma época, os
olhos de uma criatura mortal contemplaram na fronte de Santa Clara o nimbo do
Paraíso. E os pães dados aos pobres se transformaram sempre em rosas eternas,
quer os vejam ou não olhos humanos.
De manhã e à tarde,
ia Rosa com as vizinhas da sua idade até à fonte, para buscar água; estas tagarelavam,
riam-se e a importunavam ao seu bel prazer, pois sabiam todas que ela jamais
se alterava. Podiam injuriá-la, caluniá-la que ela jamais se encolerizava.
Muitas vezes,
acompanharam-na até a sua porta para poderem ver os operários tirando terra e
os pedreiros erguendo o palácio do Imperador. Deslizando como ratinhos por
entre os andaimes, admiravam-se ao dar com os corredores e galerias, que
seriam ferozmente dissimulados e protegidos, uma vez que no alto das torres
flutuassem as águias imperiais.
Certo dia, uma do
turbulento bando quebrou a bilha que a mãe lhe confiara com a recomendação
costumeira: — Toma grande cuidado, porque se a partires não poderei comprar
outra.
Assim, ao chegar à
casa, após o delito, foi logo dizendo:
— Não fui eu, foi a Rosa.
E a filha de João e
Catarina viu-se diante de uma comadre, de faces rubras, que vociferava e
mostrava os destroços colhidos na fonte. Rosa escutou pacientemente as
recriminações e as injúrias; ajuntou então os cacos da bilha e pediu a Deus
que se compadecesse de uma mulher desvairada. Não ensinara Francisco que por
amor de Cristo se deviam suportar as injustiças e o sofrimento? Depois disso,
a megera podia levar para sua casa um objeto no qual não se percebia traço
algum de fratura.
Em Viterbo, ainda hoje, os
turistas que ignoram a história da santa, descobrem surpreendidos, nas peque-nas
lojas onde se vendem estatuetas
coloridas, a figura de uma menina carregando uma bilha, que eles tomam por uma
imitação de Greuze.
Nem é raro, por
aquelas ruas barulhentas, poderem assistir, muitas vezes, a uma breve ce-na,
entrecortada de gritos, semelhante aquela que se passou entre uma senhora da
cidade e Rosa.
A menina viera
reclamar uma galinha de plumagem escura, a melhor poedeira de Catari-na.
— Desavergonhada, que
vens tu fazer aqui? — gritou a vizinha com tamanho mau hu-mor, que à pobre
menina só restou retirar-se, toda humilhada.
No dia seguinte, a
ladra da galinha viu apa-recer sobre sua face direita uma coisa estranha: os
Bolandistas dizem que eram penas. Tratava-se, antes, de uma espécie de
erisipela ou eczema, que desapareceu à simples oração de Rosa. A mulherzinha
entrou em si, reparou seu mal feito com verdadeira contrição, coisa, aliás,
não muito comum naqueles tempos em que os apetites, aguçados pela miséria, tornavam
o homem seme-lhante ao animal.
A época tornava-se
sempre mais calamitosa e sinistra. As pessoas de bem repetiam as pala-vras do
Papa:
— "Do mar
emergiu um monstro com patas de urso, com feições de leopardo, cuja boca só se
abre para blasfemar Deus e os santos".
Continua no informativo – Ano V - DEZEMBRO DE 2014 -
Nº 07
.X.X.X.X.X.X.X.X.X.
SANTOS
FRANCISCANOS
MES DE NOVEMBRO
1 — SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
B. Rainério de Sansepolcro, 1ª Ordem.
2 — COMEMORAÇÃO
DE TODOS OS DEFUNTOS
3 — B. Margarida de Lorena, 2ª Ordem.
4 — S. Carlos Borromeu, 3ª Ordem.
5 — BB. Miguel Kizaiemon e Lucas Kiiemon,
3ª Ordem, mártires do Japão
6 — B. Paulo
de S. Clara, 1ª Ordem,
mártir no Japão
7 — B. Helena Enselmini, 2ª Ordem.
8 — B. João Duns Scoto
— culto aprovado
9 — B. Joana de Signa. 3ª Ordem.
10 — S. Leão, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
11 — B. Gabriel Ferreti, 1ª Ordem.
12 — B. João da Paz, 3ª Ordem.
13 — S. Diogo de Alcalá, 1ª Ordem.
14 — S. Nicolau Tavelic, 1ª Ordem, mártir
15 — S. Deodato
de Rodez, 1ª Ordem, mártir
16 — S. Pedro de Narbone, 1ª Ordem, mártir
17 — S. Isabel da Hungria, 3ª Ordem.
18 — B. Salomé de Cracóvia, 2ª Ordem.
19 — S. Inês de Assis, 2ª Ordem.
20 — S. Estêvão de Cuneo, 1ª Ordem, mártir
21 — S. Nicolau,
mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B. Bernardino de Fossa, 1ª Ordem.
23 — B. Humilde de Bisignano, 1ª Ordem.
24 — B. Mateus Alvarez, 3ª Ordem, mártir no Japão.
25 — B. Isabel
Bona, 3ª Ordem.
26 — S. Leonardo de Porto Maurício, 1ª Ordem.
27 — B. Francisco Antonio Fasani, 1ª Ordem.
28 — S. Tiago da Marca, 1ª Ordem.
29 — TODOS OS SANTOS DA ORDEM FRANCISCANA
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