FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15 horas na
Igreja do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano VI DEZEMBRO DE 2014 - Nº 07
ESPIRITUALIDADE FRANCISCANA
SANTA ROSA DE VITERBO
Padroeira da Juventude
Franciscana – JUF
CAPÍTULO V
DIAS DE
ASSOMBRO (continuação)
Ao toque do Ângelus,
nos sermões, comentavam-se em voz baixa as recentes atrocidades de Frederico II, para destruir o que ele chamava
"a cizânia da liberdade". O tratamento a que submeteu os reféns em
Bréscia, colocando-os vivos diante das máquinas de guerra, provocou comiseração
e indignação gerais. Excomungado pela segunda vez em 20 de março de 1239,
ergueu-se, mais violentamente que nunca, contra o Papa, secundado por seus
filhos legítimos e bastardos e por seus vassalos, cujas crueldades recebiam o
aplauso do Imperador.
Assim escrevia ao
filho Ênzio, em 14 de Outubro de 1239: "Quanto ao que tiveste o cuidado
de nos comunicar a respeito dos habitantes de Città de San Angelo, contra os
quais procedeste com justiça, conforme o reclamava a sua maldade,
destruindo-lhes as muralhas, queimando-lhes as estalagens e as habitações,
enforcando, mutilando, banindo e desterrando os homens para sempre, foi de
sumo agrado à nossa alteza e queremos que este local permaneça desolado".
Os partidários de Frederico
eram os gibelinos, os do Papa eram os guelfos. Podia-se pertencer ora a um
partido, ora a outro. Assim sucedeu com Dante e mais tarde com Otão IV, que de guelfo passou a gibelino, ao se tornar imperador. Enquanto os
guerreiros das duas partes se mediam nas
batalhas, os poetas trocavam entre si maldições e injúrias.
Um amigo do Imperador
cantava: "As estrelas e o vôo dos pássaros anunciam que o mundo todo gemerá
aos golpes de um só martelo. Roma, sempre hesitante, agitada por tantos erros,
deixará o título de capital do mundo".
E o poeta guelfo
respondia, visando Frederico: "A Escritura o anuncia, a voz do povo o
repete, teus pecados falam com eloquência: terás vida breve e castigo
eterno".
CAPITULO VI
CANTO NAS
TREVAS
"Eleva-se um canto, cuja suavidade
não posso com- parar
a música alguma, porque conhecemos apenas as da terra. Mas a harmonia de que falo
brota do
além e sobrepuja as modulações deste
mundo. Os
cantos terrenos são apenas uma sombra
para preli-
bá-la" (Luís Lefebvre, Empreints d'Assise).
Quando a doçura do
Evangelho está por se derramar sobre muitas almas transidas, suscita Satã um
pala-dino para atacar a Igreja. Frederico II, príncipe hipócrita e dissoluto, cego pelo orgulho e
senhor de certo engenho, seria capaz de implantar na Europa um novo paganismo.
Suas táticas, universalmente conhecidas, pareciam infalíveis.
O filho Ênzio
punha-as diligentemente em prática; o genro Ezelino interpretava-as sabiamente.
O ambiente enchia-se com os rumores das façanhas de Ezelino: destruição em
Vicença, torturas e execuções de reféns, calabouços de Pádua que levavam o
nome de Zélios e de Malta, onde eram
encerrados os prisioneiros; cisternas de Verona muradas sobre as vítimas.
Ao tempo em que os
súditos do Inferno se movimentavam, preparando-se para o combate e a matança,
Francisco estendia suas mãos ao Serafim, para receber os sinais do Mestre.
Francisco encerrava a sua peregrinação no alvorecer do século em que Frederico queria
imprimir seu sinete. Morria, nem sequer suspeitando da maldade de Frederico,
pois que declarara aos seus Frades:
"Se eu
conhecesse o Imperador, lhe suplicaria que neste dia (Natal) ordenasse a todos
distribuir alimento aos pássaros, mormente às nossas irmãs andorinhas; e aos
que tivessem animais nos estábulos, por amor ao Menino Deus nascido num estábulo,
lhes dessem neste dia um alimento farto e saboroso. E desejava também que neste
dia os ricos recebessem os pobres em suas mesas".
Mas o Imperador
zombava das andorinhas, dos animais nos estábulos e dos pobres nos tugúrios.
Uma tal petição, sem dúvida, lhe teria despertado o riso. Pois ignorava
inteiramente a nova alegria que ostentava um nome novo "a perfeita
alegria".
Francisco acabava de
revelar ao mundo os acordes desta melodia e seus irmãos, seus filhos, os homens
amigos dos anjos, todos sabiam que a perfeição desta felicidade se encerrava
na fórmula: "suportar, por amor de Cristo, sofrimentos, injúrias e
injustiças de toda espécie".
Seus discípulos, ao
atravessarem as cidades, deviam, como "bons jograis de Deus, enternecer
o coração dos homens, elevando-os à alegria espiritual".
Ao pregar diante do
Papa e dos cardeais, o Santo foi tomado de tal emoção, que, enquanto falava, se
pôs a dançar, ao ritmo do canto que lhe brotava da alma.
Entregue à oração,
Frei Masseo deixava escapar um grito de alegria, semelhante ao arrulho da
pomba. Interrogado como sentia prazer em cantar uma só nota, respondia que lhe
agradava cantar uma só nota, porque sua felicidade estava posta numa só coisa.
Na introdução à
Primeira Regra, Francisco não apenas convidava à SSma. Virgem para louvar o
Rei dos Céus, "mas também aos bem-aven-turados Miguel, Gabriel, Rafael,
aos coros dos espíritos celestiais, a todos os santos que foram, são e
serão".
Se Francisco já
associara os coros dos espíritos gloriosos ao seu pensamento, a resposta ao
seu apelo "aos santos do futuro" era dada, presentemente, por uma
criança de Viterbo. Crescia ela à sombra de uma fortaleza, erguida por uma ave
de rapina; e os ecos das violas e flautas, das danças e festas, não lhe
interrompiam a prece. Já gozava de tanta fama, que não poucas vezes pessoas da
vizinhança e mesmo estranhos a vinham despertar do seu êxtase para lhe pedir
auxílio. Sucedia, mesmo, durante a noite, entregar-se à oração com tal fervor,
a ponto de não poder dominar os afetos. Erguia-se, então, abandonava o
aposento e, ao ar livre, os olhos fixos nas estrelas, punha-se a cantar.
Elevada às alturas,
nas asas da prece, imitava a andorinha, que solta gritos de alegria na
imensidade azul. Os que não dormiam, os que vigiavam, estremeciam aos acentos
desta voz tão pura. Abriam as janelas, as portas, mas a mensageira já havia
desaparecido. E o canto se extinguia depois de se ter unido ao do Paraíso e
ambos terem-se feito pressentir, como por milagre.
Continua no
informativo – Ano V - JANEIRO
DE 2015 - Nº 08
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE DEZEMBRO
1 — B. Antonio Bonfadini, 1ª Ordem
2 — B. Carlos de
Blois, 3ª Ordem.
3 — S. Donino, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
4 — B. Pedro de Sena,
3ª Ordem.
5 — S. Hugolino,
mártir de Ceuta, 1ª Ordem
6 — S. Samuel, mártir de Ceuta, 1ª Ordem
7 — S. Maria José
Rosselo, 3ª Ordem.
8 — IMACULADA CONCEIÇÃO
9 — B. João Romano,
3ª Ordem, mártir no Japão
10 — B. Engelberto Kolland, 1ª Ordem, mártir
11 —
B. Hugolino Magalotti, 3ª Ordem.
13 — B. Conrado de Ofida, 1ª Ordem.
14 — B. Bártolo de S. Gimignano, 3ª Ordem.
15 — B. Maria
Francisca Schervier, 3ª Ordem Regular
17 — B. João de Montecorvino, 1ª Ordem, culto ainda não
aprovado
22 — S. Francisca Xavier Cabrini, 3ª Ordem.
23 — B. Nicolau Fatore, 1ª Ordem.
25 — SOLENIDADE DA NATIVIDADE DE JESUS
26 — B. Bentivólio de Bonis, 1ª Ordem.
29 — B. Gerardo de Valença, 1ª Ordem
30 — B. Margarida Colona, 2ª Ordem
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