terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FOLDER DISTRIBUÍDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 07 DE JANEIRO DE 2017 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS

RUA FREI LUIZ,26
CEP 25685-020 PETRÓPOLIS – RJ
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TEL: (24) 2242-7984

Reunião mensal: 3° domingo às 14:00 horas – com a Missa aberta a todos às 16:00 horas
Expediente da Secretaria: 3ª e 5ª feiras das       14:00 às 17:00 horas.
Missa no 1° sábado de cada mês às 16:15

 horas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus

INFORMATIVO
Ano VIII  JANEIRO DE 2017 -  Nº  07

SANTA CLARA DE ASSIS


                                     Frei Hugo D. Baggio,OFM

UMA CANÇÃO

A vida dentro dos muros de São Damião co­meçara com Clara e Inês. Mas dia a dia, dos cas­telos e palácios de Assis, de Espoleto, de Perúgia, de Espelo, donzelas da nobreza batiam àque­la porta. Vinham envoltas em riquíssimas vestes e, prostrando-se aos pés de Soror Clara, pediam a graça de serem admitidas em sua companhia. Em breves momentos, transformavam-se. Lançavam fo­ra suas sedas e jóias e em troca Soror Clara lhes entregava um burel remendado e pobre e uma cor­da para cingirem a cintura.
Vinham as amigas de infância, as companhei­ras da juventude. E um dia veio a irmã e noutro dia a mãe. Como contam os Fioretti (c. 33): "Na­quele tempo, vivia no mosteiro Soror Hortolana, mãe de Soror Clara, e Soror Inês, sua irmã, ambas com Soror Clara, cheias de virtudes e de Espírito Santo..."
Vinham as donzelas da nobreza, vinham as donzelas dos campos. Vinham as nobres, vinham as de origem obscura. E como num cesto de flores confundiam-se todas num mesmo ideal e num mes­mo amor.
Eram como as estrofes de um grande e ma­vioso hino, que a brutalidade dos séculos ainda não conseguiu extinguir. Seus nomes desfilam, realmente como uma daquelas canções que os jo­vens de Assis, Francisco à testa, cantavam pelas noites enluaradas da sua cidade:
Pacífica,   Benvinda,   Filipa,
Cândida,  Inês,  Balbina,
Francisca,  Cristina, Ágata,
Egídia, Anastácia, Cristina,
Mansueta,   Boaventura,  Benrecebida,
Consolata,   Andreia,  Áurea,
Leonarda,  Felícia, Angelúcia,
Maria, Joana, Lúcia,
Benedita,  Elias,  Estela,
Leia,  Hermínia,  Daniela,
lluminata,  Patrícia,  Inês,
 Beatriz,  Hortolana,  Clara...
E ainda hoje, esta canção ressoa, suavemente, como o marulhar de uma fonte que, no silêncio do bosque, deixa escorrer a límpida água sobre os seixos lisos, num murmúrio de guizos e choca­lhos. E' a canção daquele grupo que viveu a pri­meira estrofe da epopéia franciscana, que continua através dos séculos, cantando sempre. . . a sua canção.

A MÉDICA DE SÃO DAMIÃO

Soror Clara era a Abadessa do Mosteiro de São Damião que, dia por dia, abria suas pobres portas, para abrigar em seus paços de pobreza, as donzelas dos ricos castelos de Assis e dos arredo­res. A pequena comunidade se transformara nu­ma grande família, sob a direção de Soror Clara que era, em seus desvelos, uma verdadeira mãe para as irmãs.
O que absorvia os cuidados e as atenções mais carinhosas de Soror Clara eram as irmãs doentes, Ali seu desvelo não conhecia limites, animada por aquela caridade, realmente evangélica, aprendida de Frei Francisco.
Entre as irmãs de São Damião, vivia Soror Benvinda, descendente de uma das mais ilustres famílias de Assis, que a exemplo de Clara aban­donou tudo e abrigou-se no conventinho de São Damião, onde a Pobreza estabelecera uma praça forte, defendida por um grupo de jovens dispos­tas a dar a vida por seu ideal.
Como as demais irmãs, também Soror Ben­vinda entregava-se sorridente às mais duras e aus­teras penitências, sem que o sorriso de felicidade deixasse de lhe emoldurar o semblante. Mas além dos sacrifícios e durezas impostos pela Regra, So­ror Benvinda era atormentada por uma doença cruel.
No braço esquerdo lhe haviam brotado cinco chagas dolorosas e purulentas, que a faziam so­frer enormente, tirando até o pequeno descanso que se permitia à noite. Continuamente devia re­mover as ataduras, pois o pus não cessava de es­correr. ..
Consultou médicos... usou todos os remédios que lhe estavam ao alcance. . . mas tudo em vão. E isto penalizava enormemente o coração mater­nal de Soror Clara. Bem desejava ela ter as dores em lugar da irmã.
Durante doze anos, teve a soror Benvinda de carregar sua cruz. Mas um dia não suportou mais as dores. Correu para junto de soror Clara, que jazia doente em seu pobre catre.
— Ah! Soror Clara, alcança-me de Deus alívio para as minhas dores. Ou ao menos paciência para suportar tão atroz tormento.
Soror Clara esqueceu a própria doença. Er­gueu-se, ainda que com dificuldade, e pôs-se de joelhos. Terminada a prece, tomou do braço de soror Benvinda e fez sobre ele o sinal da cruz, Tirou, então, com todo o cuidado, as ataduras e tocou, uma a uma, as chagas dolorosas.
E no mesmo instante, as feridas desaparece­ram como por encanto. A cútis do braço apareceu clara e rosada, como se nunca tivesse sofrido o mais leve arranhão.
O que médicos e remédios não conseguiram, conseguiu-o a prece e a fé de Soror Clara. Sim, a fé opera milagres.

A LUTA PELA POBREZA

A sociedade está acostumada com uma divi­são que existe em seu seio e olha-a como coisa natural: há ricos e há pobres. E a luta de tantos séculos não conseguiu um nivelamento absoluto.
Sob este aspecto, que um pobre de um mo­mento para outro, por um golpe da sorte, se tor­ne rico, ninguém se admira e nem se dá o traba­lho de analisar a liceidade de um tal golpe de sorte. E se um rico, da noite para o dia, cai na miséria, é outro fato que não surpreende, porque freqüente.
Mas que uma pessoa abandone as riquezas e se torne pobre, voluntariàmente, e ainda chegue a amar esta pobreza voluntária com verdadeira paixão, é um fato que não só causa estranheza, mas estupefação.
E' este o caso de Soror Clara. Filha de nobre­za, senhora de palácios, herdeira de grandes rique­zas, ricamente dotada pela natureza, que mais po­deria desejar para ser feliz? E, no entanto, deixa tudo.
Foge do palácio paterno, troca os seus broca­dos e sedas por um hábito grosseiro e pobre, re­colhe-se num convento sem recurso algum. Vive de esmolas que a caridade lhe leva à porta e não se inquieta pelo dia de amanhã. Realmente, ali em São Damião podia-se falar em pobreza!
           
Continua no informativo – Ano VIII -            FEVEREIRO DE 2017  -  Nº  08
  
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SANTOS FRANCISCANOS
MES DE JANEIRO 

2 — S. Martinho da Ascensão, 1ª Ordem, mártir do Japão..
4 — B. Angela de Folinho, 3ª Ordem.
5 — B. Rogério de Todi, 1ª Ordem.
6 — S. Carlos de Sezze, 1ª Ordem.
7 — B. Mateus de Agrigento, 1ª Ordem.
8 — S. Francisco Blanco,  1ª Ordem, mártir  no Japão.
9 — S. Filipe de Jesus, 1ª Ordem,mártir no Japão
10 — B. Egídio de Laurenzana, 1ª Ordem.
11  —B. Tomás de Cori, 1ª Ordem.
12 — B. Bernardo de Corleone, 1ª Ordem.
13 — S. Francisco de S. Miguel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
14 — B. Odorico de Pordenone, 1ª Ordem.
15 — S. Berardo, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
16 — S. Pedro, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
17 — S. Acúrsio, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
18 — S. Otão, 1ª Ordem, mártir em Marrocos
19 — S. Eustóquia de Messina, 2ª Ordem.
20 — S. Adjuto, 1ª Ordem, mártir em  Marrocos
21 — B. João Baptista Triquerie, 1ª Ordem, Mártir
22 — S. Vicente Pallotti,  3ª Ordem.
23 — S. Gonçalo Garcia, 1ª Ordem, mártir no Japão
24 — B. Paula Cambara Costa, 3ª Ordem.
25 — S. Paulo Ibarki, 3ª Ordem, mártir no Japão
26 — S.Gabriel de Duisco, 3ª Ordem, mártir no Japão.
27 — S. Angela Merici, 3ª Ordem. Fundadora das Ursulinas.
28 — S. João Kisaka, 3ª Ordem, mártir no Japão.      
29 — B. Luísa Albertoni,  3ª Ordem.
30 — S. Jacinta Marescotti, 3ª Ordem Regular.
31 — S.João Bosco, III O., Fundador dos Salesianos e das Filhas de Maria   Auxiliadora

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