FRATERNIDADE
FRANCISCANA SECULAR DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS DE PETRÓPOLIS
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do Sagrado Coração de Jesus
INFORMATIVO
Ano IX OUTUBRO DE 2017 - Nº 04
SANTO ANTONIO
Frei Hugo D. Baggio,OFM
12 — CAPÍTULO DAS
ESTEIRAS
Esta
reunião convocada por Francisco de Assis é conhecida
na história com o nome de "Capítulo das Esteiras". Levou este nome
porque Francisco, na sua simplicidade e confiança filial na Providência, não
se preocupara com muitos preparativos, com acomodações e alimentações, com
equipes de recepção e demais exigências de reuniões populosas. Convocara os
frades e aguardara. Os assissenses e vizinhos vieram-lhe em socorro: na
esplanada da igrejinha da Porciúncula, a sede da Ordem, construíram um grande
número de cabanas, com ramos entrelaçados e colmos para cobertura, além de
esteiras para os grupos dos frades se acomodarem, segundo as várias províncias
ou regiões, ou países. Daí o nome do evento.
A data
da abertura fora marcada para 29 de maio de 1221. Segundo as crônicas, mais de três mil frades se reuniram, em Assis, nesta oportunidade,
numa eloquente demonstração da pujança da Ordem, com pouco mais de dez anos de
existência. Lá estava Frei Francisco e os companheiros da primeira hora. Lá
estavam homens de tamanhos e estaturas variadas, de línguas diferentes, de
climas e regiões diversas, vestidos com o mesmo hábito, aquentados pelo mesmo
ideal. Entre eles, o grupo da Sicília que trazia em sua companhia um frade português, que, de olhos bem abertos, a tudo observava.
Santa
fraternidade, colóquios e orações, reuniões e
grupos, e, no final, os problemas foram resolvidos, a Ordem foi estruturada
mais solida-mente, Frei Francisco recebeu um Vigário substi-tuto na pessoa de
Frei Elias, todos se encheram de santa solicitude e puro entusiasmo, bebido
nas fontes cristalinas da fundação. E ali ficaram até 8 de junho, quando em
grupos prepararam as despedidas, para buscarem suas terras e, com redobrado
ardor, viver o ideal franciscano... ,
13 — UM FRADE
SOBRANDO
Terminado
o Capítulo das Esteiras, recebi-da a bênção do Pai,
os grupos se recompuseram e, com a felicidade a lhes cantar nas almas,
retomaram os caminhos do mundo, corações aliviados, convicções robustecidas, os
pés descalços e a esperança mais moça. Dentro de poucas horas, a algazarra, que
enchera a esplanada de Santa Maria dos Anjos foi sendo substituída pelo miúdo
canto das cotovias. Apenas um que outro frade por ali ficou, num trabalho de
última hora. Entre eles estava Frei Antônio.
Mas não ficara para ultimar trabalhos ou encerrar alguma missão. É que
ninguém o havia escolhido para compor a comitiva para alguma Província, seja
da Itália, seja de outra terra distante. Olharam-no e o descobriram-no tão
fraco e de aparência doentia que não oferecia garantias para longas caminhadas
a pé, ao sol e às intem-péries. Ao parecer de todos, melhor seria quedar-se em
Assis, junto ao Fundador. O Provincial da Espanha e Portugal, Frei João
Parente, não viera para o grande encontro, caso contrário o teria levado
consigo, pois o conhecia.
Então, Frei Antônio, na sua
humildade achegou-se a Frei Graciano, Provincial da Romanha, que não ficava
longe, e pediu que o ajuntasse à sua comitiva. Não pediu Frei Graciano nenhuma credencial, nem atestado de bons antecedentes, nem
Frei Antônio, na sua humildade, lhos deu. Não falou de
sua origem, nem de seus estudos. Silenciou seus títulos e conhecimentos.
Apenas pediu um cantinho para louvar o Senhor. Frei Graciano, compadecido,
levou-o consigo até a Romanha e ali lhe concedeu a licença para retirar-se à
solidão de Montepaolo, onde parecia que Frei Antônio iria sepultar todo seu
saber e todo seu sonho missionário.
Na verdade, estava aprofundando um e outro, porque
seu dia estava para nascer e ele necessitava de uma reserva de luz muito
grande, pois as trevas que o aguardavam tinham goelas enormes. . .
14 — INÉRCIA FECUNDA
Montepaolo
era um pequeno eremitério que os frades haviam
erguido numa encosta, em meio ao arvoredo, mas aberto para uma paisagem larga e
convidativa, nos contrafortes dos Apeninos, cordilheira central da Itália. Os
frades companheiros de Francisco tinham um forte veio poético para escolher
seus locais de habitação, onde o ambiente de oração se casava com a beleza,
através da qual Frei Francisco lhes ensinara chegar até Deus e até o coração
dos mistérios. Assim brotaram, por toda parte, casas maravi-lhosas, cujos nomes
evocam um canto que os frades escreveram ao longo dos séculos, como Gréccio,
onde nasceu o presépio, Cárceri, plantada como um ninho no meio da floresta,
Fonte Colombo e tantos outros,
conservados pela Itália franciscana cheios de lembranças heróicas.
Assim era
Montepaolo, onde Frei Antônio se acolheu,
no verão de 1221. A primeira coisa que
abraçou com entusiasmo foi o
retiro e o silêncio que ele povoava com suas orações e meditações, aproveitando os conteúdos
auridos em Coimbra. Exemplifica-o o fato seguinte: um irmão havia transformado
uma gruta austera, junto aos rochedos, em cela de oração. Frei Antônio,
humildemente, lha pediu e a recebeu e ali se instalou. Para lá se dirigia, diariamente,
após os exercícios comunitários matinais, levando consigo um pedaço de pão e uma bilha de água. Acrescentava, assim, à oração e à contemplação,
o jejum. Biógrafos contam que tais foram as penitências que seu corpo
enfraqueceu a ponto de precisar, em certa altura, arrimar-se a algum confrade
para poder locomover-se da gruta ao ermitério e de volta a esta. Pois,
desejava participar, rigorosamente, dos exercícios comunitários.
E
assim passou meses neste exercício de purificação
e preparação espiritual, aguardando, na tranquilidade dos santos, a hora de
Deus, colocando alimentos em seu alforje de peregrino, pois pressentia a
viagem longa. . .
Continua no informativo – Ano IX - NOVEMBRO DE 2017 -
Nº 05
Oração Para pedir a luz na escolha da vocação
Meu glorioso S. Antônio, vós que seguistes imediatamente o chamado do Senhor, deixando tudo,
ajudai-me a distinguir, no meio dos mil caminhos que me são oferecidos, aquele
que mais corresponde à vontade de Deus na minha vida, pois desejo sinceramente
fazer esta vontade. Que eu saiba superar os problemas e as dificuldades, as
promessas e os riscos, e acabe abraçando aquele estado de vida, no qual eu
possa ser mais útil ao próximo e melhor me possa realizar como ser humano e
filho Deus e por ele alcance minha eterna salvação. Assim seja!
SANTOS FRANCISCANOS
MES DE OUTUBRO
1 — B. Nicolau da Forca Palena, 3ª Ordem.
2 — BB. Miguel Jamada e Lourenço Jamada,
3ª Ordem, mártires do Japão.
3 — TRÂNSITO
DE S. FRANCISCO DE ASSIS
4 — SOLENIDADE DE S. FRANCISCO DE ASSIS
5 — BB. Luís
Maki e João Maki, 3ª Ordem, mártires no
Japão.
6 — S. Maria das Cinco Chagas, 3ª Ordem.
7 — NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
8 — B. Martinho Gomez,
3ª Ordem, mártir no Japão.
9 — BB. Gaspar Vaz e Maria Vaz, 3ª Ordem, Mártires do
Japão.
10 — S. Daniel, 1ª Ordem, mártir em Ceuta.
11 — B. Luísa, 3ª Ordem, mártir no Japão
12 — S. Serafim de Montegranário, 1ª Ordem.
13 — BB. João Tomachi e seus filhos Domingos, Miguel,
Tomás e Paulo, 3ª Ordem, mártires do Japão.
14 — BB. Ludovico Mihachi e seus filhos Fran-
cisco
e Domingos, 3ª Ordem, mártires do Japão.
15 — B.Francisco de S. Boaventura, 1ª Ordem, mártir do
Japão.
16 — B. Tomás Tzugi, 3ª Ordem, mártir no Japão
17 — B. Baldassarre
de Chiavari, 1ª Ordem.
18 — B. Bartolomeu Laurel, 1ª Ordem, mártir no Japão.
19 — S. Pedro de Alcântara, 1ª Ordem.
20 — B.
Contardo Ferrini, 3ª
Ordem.
21 — S. Angelo, mártir de Ceuta, 1ª Ordem.
22 — B.Tiago de Strepa, 1ª Ordem.
23 — S. João de Capistrano, 1ª Ordem.
24 — B. Josefina
Leroux, 2ª Ordem, mártir.
25 — B. Domingos de S. Francisco, 1ª Ordem, mártir no
Japão.
26 — B. Boaventura
de Potenza, 1ª Ordem.
27 — B. Ludovico Baba, 3ª Ordem, mártir do Japão.
28 — B. Lúcia Fleites, 3ª Ordem, mártir do Japão
29 — B.Tomás de Florença, 1ª Ordem.
30— B. Angelo de Acri, 1ª Ordem.
31— B. Cristóvão de
Romagna, 1ª Ordem
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