quarta-feira, 16 de julho de 2014

FOLDER DISTRIBUIDO NA MISSA DAS 16:15 HORAS DO DIA 05 DE JULHO DE 2014 NA IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

INFORMATIVO

Ano VI  -  JULHO DE 2014 -  Nº  02

ESPIRITUALIDADE  FRANCISCANA

SANTA ROSA DE VITERBO

Padroeira da Juventude Franciscana – JUF

CAPITULO  I

AMBIÇÕES DE JOVEM

"Causa-me estranheza ver terra amar terra e de
ver  terra suar e fatigar-se por causa da terra"
 (Poeta inglês anônimo da Idade Média).

Num dia do mês de março de 1212, o rei da Sicília, Frederico Rogério, deixava seu palácio, insensível aos rogos da esposa Constança de Aragão. Temia ela ficar desprotegida em meio a um mundo cruel, onde o filho lhe poderia ser brutalmente arrebatado. Talvez o amor demasiado que votava ao companheiro, jovem de 17 anos, fazia-a esquecer de que ele era um neto de Barbarroxa e incapaz, portanto, de dominar uma ambição insaciável.
À hora da despedida, com o fim de retê-lo, pôs-lhe mais uma vez, diante dos olhos, o pequeno Henrique, mas Frederico afastou-se indiferente, enquanto ela entregava a criança a uma aia e soluçava: "Que será desta criança se o pai, expondo-se ao perigo, tombar na batalha?"

Ao caráter altivo e audacioso e à mocidade alia­va Frederico Rogério a sagacidade e a prudência dos homens traquejados nas ciências políticas. Poderia co­lher grandes vitórias, sem expor-se a graves riscos, sob a estrela de Inocêncio III. E a ele se dirigia, antes de se lançar à conquista do mundo. A bênção do Pa­pa ser-lhe-ia penhor de ventura.
Em Roma, prestou a homenagem de vassalagem ao Pontífice, que o mirou com olhar perspicaz. Inocêncio compreendeu, num relance, que seu vassalo pos­suía o estofo de um imperador. Conferiu-lhe solene­mente o título de imperador, com todas as faculdades necessárias para defender a causa da Igreja e tam­bém seus interesses pessoais.
Começava, assim, a grande aventura. O jovem cor­tou a Itália com a celeridade de um raio, transpôs os Alpes e atingiu a Alemanha, sob o  cetro de Otão IV, o excomungado. As cidades se abriam como por encanto, as fortalezas tombavam ante aquele príncipe de cabe­los louros, afável e cortês, pródigo em distribuir bene­fícios. Em sua honra celebravam-se magníficas festas os trovadores lhe decantavam os feitos ao som da harpa.
Constança acolheu o triunfo do esposo com um mis­to de felicidade e inquietação. Não obstante sua pou­ca idade, já presenciara muitas mortes e atrocidades cometidas por homens animados pelo mesmo ardor que o do esposo. Como o sucesso se lhe apresenta­va temível! O que se ergue por um golpe prodigioso se afunda, por vezes, miseravelmente.
Reclusa em seu palácio, na Sicília, ouvia a rainha as novidades vindas da Alemanha e os cantos dos menestréis. Ouviu contar também de um novo can­to que ascendia aos céus da Itália, canto que nunca tinha como tema os poderosos da terra.
No alto de um monte, entre as penhas, Francisco se dirigia a seu Mestre: "...Meu bem amado Se­nhor, quanto te quisera eu amar! Meu Senhor e meu Deus, a ti entrego meu coração e meu corpo; com imenso prazer, muito mais ainda faria, por amor de ti, se soubesse como".1
Ele também era um  ambicioso.
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l)   Joergensen,   Vida de São  Francisco  de Assis

CAPITULO   II 

A   CRUZADA   DIFERIDA

                                                                                                                               "...   e  muitos se  alistaram  nas  Cruzadas, porque
                                                                                                                               grande   era  o  perdão"   (Villehardouin).

Naqueles tempos contemplavam-se espetáculos im­possíveis de se imaginar em nossos dias. Um jovem abastado, distribuía, no portal de uma igreja, todos os seus bens aos pobres. Um frade menor, tendo uma pedra por púlpito, cantava, em praça pública, os lou­vores de Deus, enquanto guerreiros dos quatro can­tos da Europa, ao apelo do Papa, se reuniam sob a mesma bandeira.
Pelos caminhos entulhados de carros e cavaleiros, desfilavam peões, velhos, crianças e senhoras, osten­tando em seus mantos uma cruz em relevo. Não se tinham posto em marcha, impelidos pela necessidade ou pelo terror, nem fugiam de algum inimigo ou da peste; iam, sim, em busca do Paraíso.
Em busca do Paraíso? Inocêncio III declarara que todos quantos se alistassem na Cruzada e cumpris-sem "por  um ano  o serviço no  exército, alcançariam  com­pleto perdão  de todos os seus pecados".1 Tal novi­vidade revolucionou a Cristandade. Os homens cul­pados acorriam com entusiasmo no desejo de purifi­car-se. O ambicioso Frederico II gostava de passar por santo. E no dia seguinte à rendição de Colônia e de Tréveris, depois de coroado rei da Alemanha, alistou-se solenemente na Cruzada, na basílica de Carlos Magno. Pretendia, assim, manifestar seu re­conhecimento ao Papa e sua fidelidade aos cristãos. Mas, realizado este no-bre gesto, nada o apressava a partir. Tinha muitas altercações a resolver e mui­tas metas a atingir.
Entrementes, deu ordens à esposa Constança de trocar a Sicília pela Alemanha. Ali poderia conferir ao filho Henrique o ducado da Suábia. Os ventos pare­ciam soprar-lhe favoráveis. Em lugar de Inocêncio III, que ele temia, Frederico via agora no trono pontifí­cio ao seu antigo tutor, o bondoso cardeal Cênsio Savelli, que tomara o nome de Honório III. A prorrogação impetrada por Frederico foi imediatamente concedida. Os príncipes da Europa partiam em defesa da Cristandade do Oriente sem Frederico.
Dois anos após, isto é, em 1219, Honório recor­dava ao Imperador a promessa e este prometia partir na festa de São Miguel. Chegada a festa de S. Mi­guel, protelou a partida para o mês de Março e de­pois para o de Maio. Estava ocupado em preparar as dietas de Nuremberg e de Augsburgo,  além das grandes dificuldades em que se encontrava para man­ter a paz.
Finalmente, em Setembro de 1220, transpunha o Brenner e se dirigia a Honório nestes termos: "Não vos havereis de arrepender por vos terdes afei­çoado e por terdes educado um tal filho. Prostramo-nos aos pés de Vossa Santidade e, breve, colhereis o fruto desejado da árvore que plantastes".
Em Roma, retomou a cruz, sob a promessa de par­tir no próximo mês de Agosto. Mas tudo em vão. Ante a ameaça de excomunhão do Papa, solicitou uma entrevista. E assim, em Veruli, no dia 25 de Abril de 1223, o Pontífice e o Imperador entravam em acordo. No ano seguinte, no congresso de Ferentino, Frederico renovava seu juramento. Partiria para a Terra Santa na festa de São João Batista de 1225.
                                    1)       Villehardouin

Continua no informativo – Ano V -            AGOSTO DE 2013  -  Nº  03

                                                                                                              .x.x.x.x.x.x.x.x.x.

SANTOS FRANCISCANOS

MES DE JULHO

l —  S. Teodorico Emdem, 1ª Ordem, mártir em Gorkum
2 — S. Jerônimo de Werten, 1ª Ordem,  mártir em Gorkum
3 — B. Carmelo Volta, 1ª Ordem, mártir.
4 — S. Isabel, Rainha de Portugal, 3ª Ordem
5 — B. Francisco  Fogolla, 1ª Ordem, mártir  da China.
6 — B. Antonino Fantosati, 1ª Ordem, mártir da China
7 — B. Manuel Ruiz  1ª Ordem, mártir
8 — B. Gregório Grassi, 1ª Ordem, mártir da China. 
9 — S.Nicolau Pick, 1ª Ordem, mártir em Gorkum.
10 — S. Verônica Giuliani, 2ª Ordem.
11 — S. João Wall, 1ª Ordem, mártir.
12 — S. João Jones, 1ª Ordem, mártir.
13 — B. Angelina  de   Marsciano, 3ª Ordem.
14 — S. Francisco   Solano,  1ª Ordem.
15 — S. Boaventura de Bagnoregio, 1ª Ordem.
16 — ANIVERSÁRIO DA CANONIZAÇÃO DE  S. FRANCISCO DE ASSIS
17 — S. Maria Madalena Postel,  3ª Ordem.
18 — B. Simão de Lipnica, 1ª Ordem.
19 — B. Nicanor  Ascanio, 1ª Ordem, mártir.
20 — B. Nicolau Maria Alberca e Torres, 1ª Ordem, mártir.
21 — S. Lourenço de Brindes, 1ª Ordem.
22 — B. Cunegundes, Rainha da Polônia, 2ª Ordem.
23 — S. Brigida da Suécia, 3ª Ordem.
24 — B. Luísa de  Saboia, 2ª Ordem.
25 — B. Pedro de Mogliano, 1ª Ordem.
26 — B. Arcângelo   de   Calatafini, 1ª Ordem.
27 — B. Maria  Madalena  Martinengo, 2ª Ordem.
28 — B. Matia de Nazarei, 2ª Ordem.
29 — B. Novelone de Faenza, 3ª Ordem.
30 — S. Leopoldo  Mandic, 1ª Ordem.
31  —B. Pedro Soler, 1ª Ordem, mártir.Gorkum

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